quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Caatinga se reune na Fundaj para discutir a revisão dos limites da Reserva da Biosfera da Caatinga

                                          Parque Nacional Cavernas do Peruaçu - Crédito: Adriano Gambarini / MMA


Recife - Conselheiros, técnicos do MMA e de várias instituições do Nordeste e Norte de Minas, além de professores de Universidades e especialistas  no Bioma Caatinga se reuniram nos dias 8 e 9 de novembro de 2018   sob a coordenação da Dra. Alexandrina Sobreira, presidente do CNRBCAA - Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Caatinga,  na Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) para discussão sobre a revisão dos limites da Biosfera da Caatinga, entre outros assuntos previstos em pauta.  Na oportunidade foi lembrado que o governo federal retomou as atividades da Comissão Brasileira do Programa Homem e Biosfera – Cobramab no ano de 2016 tendo aquela  Comissão se reunido em Brasília, pela primeira vez em oito anos, para avaliar o histórico de ações realizadas e discutir desafios futuros, a partir de relatos sobre as sete Reservas da Biosfera nacionais.
 
RETROSPECTIVA
Reservas da Biosfera (RBs) são áreas de ecossistemas terrestres e marinhos reconhecidas internacionalmente como importantes para a conservação da biodiversidade e para o desenvolvimento sustentável. Existem 669 Reservas da Biosfera, em 120 países. No Brasil, elas são: Mata Atlântica (a primeira a ser criada, em 1991), Amazônia Central, Caatinga, Cerrado, Cinturão Verde da Cidade de São Paulo, Pantanal e Serra do Espinhaço.

 Essa Comissão tem a finalidade de planejar, coordenar e supervisionar as atividades ligadas à participação brasileira no MaB – Programa Homem e Biosfera (Man and the Biosphere), criado como resultado da Conferência sobre a Biosfera, realizada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em Paris, em setembro de 1968. É a instância que define as Reservas da Biosfera em todo o mundo.
 
As RBs são o principal instrumento do Programa MaB e compõem uma rede mundial de áreas voltadas à pesquisa cooperativa, conservação do patrimônio natural e cultural e promoção do desenvolvimento sustentável. Para tanto, devem ter dimensões suficientes, zoneamento apropriado, políticas e planos de ação definidos e um sistema de gestão que seja participativo, envolvendo os vários segmentos do governo e da sociedade.

ESFORÇOS
No Brasil, a Cobramab foi instituída pelo Decreto 74.685, de 14 de outubro de 1974, alterado pelo Decreto de 21 de setembro de 1999, e sua presidência cabe a um representante do Ministério do Meio Ambiente.
 
TÍTULOS AMEAÇADOS
No retorno aos trabalhos, coube à Comissão aprovar os Planos de Ação e a estrutura de gestão das Reservas da Biosfera do Cerrado e do Pantanal, cujos títulos estavam ameaçados, de acordo com a avaliação da Unesco para o Relatório de Revisão Periódica, instrumento enviado pelas RBs a cada dez anos.
Naquele ano a Comissão aprovou, também, moções de apoio à criação do mosaico do Boqueirão da Onça-BA e à ampliação do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros.
 
Ofício Circular nº 09/2016 da Secretaria de Biodiversidades e Florestas - MMA
 
Neste Ofício a Secretaria de Biodiversidade Florestal do MMA encaminhou para as Secretarias de Meio Ambiente do Nordeste e Norte de Minas as recomendações do Comitê Internacional de Aconselhamento das RBs. No tocante à Caatinga existe a necessidade de Reestruturação do Comitê de Gestão e o reforço do Conselho Nacional e Sistema de Gestão utilizado e os estados que não possuem Comitês Estaduais funcionando como Alagoas, Sergipe, Piauí, Paraíba e Rio Grande do Norte devem ser estruturados bem como avaliar a necessidade de criação em Minas Gerais e Maranhão. Os Comitês existentes na Bahia, Ceará e Pernambuco devem manter sua sinergia.
 


quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Sensoriamento Remoto e Transformações nos Biomas são debatidos no Workshop Caatingas e Mudanças Climáticas
07.11.2018
No primeiro dia do Workshop Caatingas e Mudanças Climáticas, ocorrido na Fundaj/Derby, pesquisadores da Fundaj que integram o projeto CLIMAP (Mudanças Climáticas no Bioma Caatinga: Sensoriamento Remoto, Meio Ambiente e Políticas Públicas) e representantes de instituições, como Cláudio Almeida do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), estiveram reunidos com o público para compartilhar e debater resultados de pesquisas sobre o uso do sensoriamento remoto para monitoramento do solo, infraestrutura social e econômica. Além das transformações nos biomas, em especial na caatinga.

Neison Freire, pesquisador e supervisor do projeto CLIMAP, apresentou o Mapeamento e Análise Espectro-Temporal das UC Caatinga, uma pesquisa concluída em 2017 e conduzida pela Fundaj e a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Os resultados demonstraram a degradação de 2.546,86 km2 em 14 unidades de conservação de proteção integral da Administração Federal no Bioma Caatinga. Além de conflitos socioambientais entre as populações tradicionais e do entorno, foi também constatada a pouca integração com as escolas públicas dos municípios do entorno para conscientização, falta de recursos humanos e financeiros, infraestrutura local, manutenção das instalações e de agentes de fiscalização para os gestores das unidades, entre outros problemas.

Como proposta de intervenção, Neison apontou uma série de medidas, como a realização de mais estudos com novas metodologias de Sensoriamento Remoto sobre as mudanças climáticas no bioma Caatinga, contratação de especialistas (antropólogos, sociólogos) para auxiliar nos conflitos étnicos e culturais, aumento de fiscalização ambiental e maior apoio aos pesquisadores, professores e estudantes. O livro “Atlas Das Caatingas”, que também resultou do Mapeamento, está programado para ser lançado hoje, durante o evento, às 16h30.

Durante o primeiro painel “Uso do Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento para Modelagem Dinâmica de Processos Sociais e Ambientais”, Cláudio Almeida, representante do INPE, apresentou as tecnologias usadas nos programas de monitoramento realizados pela instituição. São sistemas de sensoriamento remoto, usados para coletar dados científicos dos biomas brasileiros, como desmatamento, queimadas e incêndios florestais, que podem ser usados para criação de políticas públicas de preservação e conservação.

Ainda segundo Claúdio, todos os dados e imagens coletados serão disponibilizados através da plataforma online do Instituto Terra Brasilis. “Estamos procurando entender as demandas de consumo desses dados para os aperfeiçoar. A gente espera que eles auxiliem diversos pesquisadores, estudantes e professores”, afirmou.

No segundo e terceiro dia do evento, respectivamente, 8 e 9 de novembro, acontecerá uma reunião restrita aos membros do Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Caatinga (CNRBCaat), que está sediado na Fundação Joaquim Nabuco, desde 2016, visando o acompanhamento dos estudos do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU).

A Universidade Federal Rural de Pernambuco e o Comitê Estadual celebram o Dia Nacional da Caatinga

Marcelo, Suassuna, Rita, Ednilza e Márcio (CERBCAA/PE) João Suassuna (Fundaj) Márcia Vanusa (UFPE) Francis Lacerda (IPA) e Jo...