Fonte: Portal da FISEPE
O projeto de lei que autoriza o Governo de Pernambuco a suprimir 516 hectares de vegetação de preservação permanente no Sertão do Estado foi aprovado, em primeira discussão, na reunião plenária de ontem (06.05) da Alepe. O deputado Pedro Eurico (PSDB) levantou o debate. Não existe relatório de impacto ambiental. A matéria não deveria ser apreciada pela Casa sem a devida cautela legal, ponderou. Além de Eurico, votaram contrários à proposição os deputados Augusto Coutinho (DEM), Terezinha Nunes (PSDB) e Jacilda Urquisa (PMDB). O deputado André Campos (PT) rebateu, alegando que o texto encaminhado pelo Governo assegura, no artigo segundo, que a execução de qualquer obra ou serviço no local onde haverá supressão de vegetação somente será iniciada depois de ultimado o licenciamento do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Dessa forma, todas as exigências serão cumpridas ou não haverá a execução da obra, acrescentou o petista.O deputado Geraldo Coelho (PTB), que mantém base eleitoral na Região do São Francisco, também se pronunciou. Ele afirmou que Pernambuco está agindo de forma correta, porque é dono da propriedade e deve ser o primeiro a autorizar o desmatamento para, depois, ouvir órgãos como o Ibama. O petebista também citou a geração de emprego e renda que resultará das obras da transposição. O projeto federal é fabuloso e levará água e vida para milhares de pessoas. Vamos trabalhar em benefício do povo, ressaltou. Antônio Moraes (PSDB) votou favoravelmente à supressão da caatinga, mas disse que o fez por não acreditar na transposição e, consequentemente, no desmatamento.
Leia mais em: Plenário aprova supressão da Caatinga
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