Camaleão - Foto: Rosilândia Melo feita no açude Cajazeiras em Pio IX-PI.
O Comitê da Reserva da Biosfera da Caatinga no Estado de Pernambuco - CERBCAA/PE, tem por objetivo apoiar e coordenar a implantação da Reserva da Biosfera da Caatinga, priorizando a conservação da biodiversidade, o desenvolvimento sustentável e o conhecimento científico. Divulgar questões relacionadas ao bioma caatinga, atuando em ações ligadas à educação ambiental, exercendo os princípios da Reserva da Biosfera da Caatinga. Vinculado ao Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Caatinga.
quarta-feira, 29 de julho de 2009
Por dentro da caatinga: o camaleão
Camaleão - Foto: Rosilândia Melo feita no açude Cajazeiras em Pio IX-PI.
terça-feira, 28 de julho de 2009
População de arara-azul-de-lear cresce 18% em apenas um ano
A contagem foi realizada na região do Raso da Catarina, na caatinga baiana, entre os municípios de Jeremoabo e Canudos. Foram feitas três contagens técnicas, o que significa dizer que as aves foram contadas seis vezes, uma de manhã e outra à tarde em cada um dos três dias. "Tiramos a média e o número final é de 1.060", explica o biólogo Kleber de Oliveira, um dos responsáveis pelo censo. A incursão em campo foi a primeira deste ano. Outra deve ocorrer em novembro, para confirmar os dados colhidos até agora.
A arara-azul-de-lear é citada no Livro Vermelho da Fauna Ameaçada de Extinção, editado pelo Ministério do Meio Ambiente, e na lista da União Internacional para a Conservação da Natureza. Segundo os pesquisadores, com os novos números, ela pode passar, ainda neste ano, do status de 'criticamente ameaçada' para o de 'ameaçada'. Isso significa que a situação melhorou, mas o animal ainda corre risco de desaparecer.
(Fonte: DiárioNet - P.Carvalho)
domingo, 26 de julho de 2009
Caatinga: Mudas de espécies em extinção são reproduzidas
A partir de estudos da fisiologia das sementes das quatro árvores, a equipe identificou qual a melhor forma de estimular a germinação, se apenas umedecendo-as ou também fazendo um pequeno corte na casca. É o que se chama de quebrar a dormência. Na natureza, isso se dá pela ação da chuva ou do tempo, mas no laboratório é preciso recorrer a métodos artificiais.
Enquanto a aroeira e a umburana precisam apenas ser embebidas num papel com água para germinar, a baraúna e a quixabeira necessitam de um corte na casca do lado oposto ao do embrião. “Também verificamos a temperatura mais adequada e o melhor substrato, que pode ser areia, solo ou ainda uma mistura dos dois com a adição de esterco”, explica Bárbara França Dantas, que coordena o trabalho.
Os pesquisadores monitoram até a quantidade de luz que a muda recebe. Ao avaliar o crescimento da planta, eles verificam em que combinação de fatores ela se desenvolve melhor.
A agrônoma, com pós-graduação em fisiologia de sementes, explica que decidiu pesquisar a aroeira-do-sertão, a baraúna, a imburana-de-cheiro e a quixabeira para contribuir com a conservação dessas espécies. “Embora estejam ameaçadas, há pouca gente trabalhando com elas”, justifica. Segundo Bárbara, as quatro são exploradas para fins medicinais. “Da aroeira se usa a casca e a madeira, das outras três, as sementes. A baraúna também tem uso madeireiro”, esclarece.
Das quatro, a que mais Bárbara teve dificuldades de encontrar foi a quixabeira. “As outras a gente ainda acha fácil na caatinga, mas ela aparece apenas numa região chamada Salitre, aqui em Petrolina”, conta. A pesquisadora calcula que já produziu pelo menos 100 mudas das espécies. “Foram usadas nos experimentos. Mas o mais importante é que agora pudemos dizer como são produzidas essas mudas.” A equipe de Bárbara realizou dois cursos, este ano, sobre produção de mudas das quatro espécies.
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Caatinga: o maior e mais importante ecossistema existente na Região Nordeste do Brasil
O bioma Caatinga é o maior e mais importante ecossistema existente na Região Nordeste do Brasil, ocupando praticamente 60% de sua área. A caatinga ocupa os estados da Bahia, Ceará, Alagoas, Sergipe, Piauí, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba, Maranhão e o norte de Minas Gerais. Cerca de 20 milhões de pessoas vivem na região da Caatinga, em quase 800 mil km² de área. A irregularidade climática é um dos fatores que mais interferem na vida do nativo da caatinga, o chamado sertanejo.A palavra Caatinga é originária do tupi-guarani e significa mata branca (CAA-TINGA: MATA CLARA ou CAA-TINGA: MATA ABERTA).A caatinga é um bioma rico em recursos genéticos dada à sua alta biodiversidade, apresenta grande variedade de paisagens, certa riqueza biológica e endemismo. Em quase toda a área da caatinga está presente o clima quente e semi-árido. Algumas espécies procuram defender-se da seca armazenando água em seus tecidos. São predominantes o pereiro, a faveleira, a baraúna, a aroeira, o angico, a quixabeira, a oiticica, o juazeiro, o mandacaru, o facheiro, o xiquexique, o quipá, a coroa-de-frade e a macambira.Quando chega o mês de agosto, parece que a natureza morreu. Não se vêem nuvens no céu, a umidade do ar é mínima, a água chega a evaporar 7mm por dia e a temperatura do solo pode atingir 60º C. As folhas da maioria das árvores já caíram e assim, o gado e os animais nativos, como a ema, o preá, o mocó e o camaleão, começam a emagrecer. As únicas cores vivas estão nas flores douradas do cajueiro, nos cactos e juazeiros. A maioria dos rios pára de correr e as lagoas começam a secar.
A folhagem das plantas volta a brotar e fica verde nos curtos períodos de chuvas. O inverno é uma estação com chuva irregular. A paisagem muda muito rapidamente. As árvores cobrem-se de folhas e o solo fica forrado de pequenas plantas. A fauna volta a engordar. Os ecossistemas do bioma Caatinga encontram-se bastante alterados, com a substituição de espécies vegetais nativas por cultivos e pastagens. O desmatamento e as queimadas são ainda práticas comuns no preparo da terra para a agropecuária que, além de destruir a cobertura vegetal, prejudica a manutenção de populações da fauna silvestre, a qualidade da água, e o equilíbrio do clima e do solo.
quinta-feira, 23 de julho de 2009
Cai pela metade participação do carvão da Bacia do Rio São Francisco na matriz energética do país
Por: Thais Leitão - Repórter da Agência Brasil
A participação do carvão vegetal produzido nos municípios que compõem a Bacia do Rio São Francisco na matriz energética brasileira caiu pela metade entre os anos de 2000 e 2007, passando de 26,17% para 13,79%. Apesar disso, em termos de volume, a redução foi pequena, tendo passado de 374 mil para 349 mil toneladas por ano no período.A atividade, realizada sem os cuidados de manejo ambiental, é um dos principais fatores de degradação do São Francisco. A avaliação é da geógrafa Adma Hamam, coordenadora do estudo Vetores Estruturantes da Dimensão Socioeconômica da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, divulgado hoje (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento traça uma radiografia da região enfocando aspectos como configuração demográfica, usos dos recursos hídricos, além da governança socioambiental. O objetivo é subsidiar políticas de revitalização da área, desenvolvidas pelo Ministério do Meio Ambiente.“Grande parte da matriz energética do São Francisco é proveniente do carvão vegetal. Isso causa danos sérios, porque, com a retirada da vegetação do Cerrado e do Semiárido, que ajuda a proteger o solo, quando ocorrem chuvas tudo é arrastado diretamente para o rio, gerando assoreamento do São Francisco, prejudicando a qualidade da água e promovendo diminuição da vazão”, destacou a pesquisadora.O levantamento indica que os seguintes municípios lideravam, em 2007, o ranking da produção de carvão vegetal na bacia: Buritizeiro, João Pinheiro, Pompeu, Felixlândia e Corinto, todos no estado de Minas Gerais.Segundo o pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) no Semiárido, Iedo Bezerra, essa produção é absorvida principalmente pelas indústrias siderúrgicas mineiras.Ele destacou ainda que em outra região da bacia, no chamado SubMédio São Francisco, que engloba parte dos estados de Pernambuco, do Piauí e do Ceará, o maior problema em termos ambientais é a retirada de vegetação da Caatinga para produzir lenha que abastece principalmente a indústria de gesso. Essa região concentra 95% da produção gesseira de todo o Brasil.De acordo com um levantamento realizado pela Embrapa em 15 municípios pernambucanos, que abrangem uma área de 2 milhões de hectares, quase metade já está desmatada em função dessa atividade.“Esse é um problema muito grave na nossa região. Por isso, trabalhamos para conscientizar a classe empresarial de que é possível manter a indústria a pleno vapor adotando práticas sustentáveis”, afirmou.Entre essas medidas, Bezerra destacou a divisão das propriedades rurais em zonas de produção alternada para evitar o esgotamento do solo; a recuperação de áreas degradadas; o plantio de florestas utilizando espécies de crescimento rápido com o objetivo específico de extração; e ainda a observância dos limites de preservação previstos pela reserva legal em cada região.O engenheiro florestal da Embrapa citou ainda o uso da lenha para abastecer pizzarias e restaurantes em todo o país e a utilização domiciliar para produção de energia, embora este último, segundo ele, tenha menor impacto ambiental por ser, em geral, fruto de atividade de coleta.“Essa modalidade é menos predatória porque, embora a lenha ainda seja largamente utilizada especialmente pelas populações mais pobres dos municípios da bacia, em geral elas [as famílias] retiram troncos já caídos e mortos”, enfatizou.
quarta-feira, 22 de julho de 2009
Manejo Florestal aumenta renda em assentados da Caatinga
A agricultora familiar Sandra Maria Souza, 34 anos, recebeu a visita dos técnicos e mudou a forma de adquirir lenha. “Antes, como não era manejado, a gente tirava em qualquer canto da fazenda. Agora, sai de um lugar medido, calculado”, afirma. Ela também aprendeu a cortar os pedaços de lenha no mesmo tamanho e a deixá-los sem pontas ou galhas. As mudanças ajudam a negociar o preço do produto. “A madeira sai com nota; com isso, a gente pode bater o pé e vender por R$ 11 o metro cúbico”, acrescenta. Na ilegalidade, a mesma madeira é comercializada por R$ 5.
Sandra, que também é presidente da Associação dos Trabalhadores Rurais do Assentamento Vila Bela, em Serra Talhada, a 345 km de Recife diz que, sem o esclarecimento de técnicos, a tendência é de retirar toda a cobertura florestal. “Existem pessoas que pensam apenas em desmatar, criar vaca ou tocar fogo. Mas fomos informados de que, se continuasse o desmatamento, um dia a gente não ia ter lenha”, afirma.
Para o engenheiro florestal Franz Pareyn (ex-Coordenador do Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Caatinga - CERBCAA/PE) que lidera a iniciativa por meio da Associação Plantas do Nordeste, o manejo da Caatinga é ainda uma forma de proteger os recursos naturais. Se juntarmos, dentro de uma propriedade, a área passível de manejo sustentável, a reserva legal – que em Pernambuco não pode ser manejada, mais as áreas de proteção permanente, chegamos a cerca de 60% de cobertura florestal protegida.
“O manejo tem um papel muito grande para a conservação da biodiversidade e combate à desertificação com custo zero para o estado”, diz. Em Pernambuco existem cerca de 500 assentamentos, dos quais, estima Pareyn, 100 deles teriam tecnicamente potencial para fazer manejo.
Além de ser uma forma de complementar a renda – em geral, os assentados praticam agricultura para a própria subsistência e criam pequenos animais – o engenheiro florestal diz que o manejo traz mais perspectivas para os agricultores. “O manejo é uma forma alternativa para fixar o homem no campo. O assentado consegue viver da propriedade e, assim, cumprir o objetivo para o qual foi feita a reforma agrária.”
Manejo florestal sustentável – Trata-se de uma forma de explorar a vegetação de forma a manter sempre uma parcela de cobertura vegetal para uso posterior, ao invés de derrubar todas as árvores. Na Caatinga, o manejo acontece de forma peculiar. A área, em geral de 20% a 25% da propriedade, é divida em talhões, cada um para uso em um ano, em seqüencia. Quando acaba o ciclo, volta-se ao primeiro talhão, que já estará recuperado.
Energy Globe Award – As técnicas de manejo sustentável da Caatinga renderam reconhecimento internacional. A Associação Plantas do Nordeste ganhou em abril o Prêmio Energy Globe Award, devido às atividades com os assentados no semi-árido, realizadas desde 2006. Esse prêmio é um dos mais importantes do planeta no tema.
Expansão – A experiência bem-sucedida em Pernambuco será estendida à Paraíba. Ainda este ano, mais oito assentamentos receberão apoio técnico, mas a intenção do chefe da Unidade Regional do Nordeste, do Serviço Florestal, Newton Barcellos, é ampliar a iniciativa. “Nossa prioridade absoluta é dar continuidade e expandir o manejo florestal comunitário para os demais estados”, diz ele, que assumiu o cargo em junho.
À frente da entidade, Barcellos, que formou-se mestre em Extensão Rural na Grã-Bretanha, pretende ainda aumentar a atividade de pesquisa sobre a Caatinga com a elevação do número de parcelas permanentes do bioma, objeto de estudo pela Rede de Manejo Florestal da Caatinga.
Hoje, existem 70 dessas parcelas, onde a vegetação não sofre interferência do homem, concentradas na Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará. “A Caatinga da Bahia é diferente da do Rio Grande do Norte. Queremos ampliar o número de parcelas e estudar a dinâmica de recuperação e regeneração da caatinga”, diz.
A Unidade Regional do Nordeste vai também buscar as informações florestais da Região com as superintendências do Ibama e órgãos ambientais dos estados para alimentar o Portal de Gestão Florestal do Serviço Florestal Brasileiro. “Podermos conhecer qual a área manejada, quantos planos de manejo foram aprovados e ter dados sobre a supressão de vegetação.”
terça-feira, 21 de julho de 2009
O raro soldadinho-do-araripe é 'adotado' por observadores
O soldadinho-do-araripe (Antilophia bokermanni) está entre as aves mais ameaçadas de extinção do Planeta, classificado na Lista Vermelha brasileira, desde 2003, na categoria ‘criticamente em perigo’. Com o mesmo status, desde 2004, a espécie figura na lista mundial elaborada pela União Internacional para a Conservação da Natureza e BirdLife International. É justamente por estar em situação tão crítica – e por ser tão apreciado por observadores – que esse pequeno ‘combatente’ acaba de virar símbolo de conservação.
Em Barbalha, no último dia 2 de junho, durante um festejo religioso tradicional da cidade, o soldadinho-do-araripe foi declarado ave-símbolo por uma lei municipal. No mesmo dia ainda foram criados o Conselho Municipal do Meio Ambiente e o prêmio ambiental Soldadinho-do-Araripe, que incentiva ações voltadas à conservação da natureza.
O hábitat da ave, no extremo Sul do Estado, é a terra do padre Cícero Romão Batista, prestigiado santo milagreiro. Cravada na planície, com uma vegetação de transição entre a Caatinga e o Cerrado, a chapada do Araripe destaca-se com seus paredões de arenito. No topo, uma mata mais densa guarda o berço das águas, vital numa região onde as condições de clima e solo podem levar à desertificação.
Desembarcamos em Juazeiro do Norte para ver o pequeno ‘milagre’ de perto. Pegamos a estrada até Barbalha, cidade vizinha, e seguimos direto para o Parque Arajara, uma reserva particular na base da chapada, onde vive o morador ilustre da região. Ele ainda não arrasta multidões como o conterrâneo padre Cícero, mas já desperta o interesse de observadores de aves dentro e fora do Brasil e pode se tornar um atrativo turístico ‘redentor’ para aquela comunidade sertaneja. A região já recebe grupos de observadores de aves – especialmente ingleses, canadenses e norteamericanos – para ver o soldadinho de perto. “Esse interesse que vem de fora desperta a curiosidade dos moradores, que querem saber porque uma ave atrai gente de tão longe”, comenta o ornitólogo e fotógrafo Ciro Albano, da Associação de Pesquisa e Preservação de Ecossistemas Aquáticos (Aquasis), organização não-governamental responsável pelo plano de conservação da espécie.
E se você também ficou curioso, saiba que só visitando a chapada para contemplar sua exuberância, pois esse soldadinho é endêmico (ou seja, só existe ali) e tem uma área de distribuição muito restrita, de apenas 28 quilômetros quadrados, bordejando o sopé da serra.
Mas não é para todo lado que se olha que se encontra um, não! De acordo com a Aquasis, existem apenas 800 indivíduos em vida livre e nenhum em cativeiro. E tem mais! Só se conhece mais uma ave do mesmo gênero, o soldadinho-do-cerrado (Antilophia galeata). As características morfológicas – tamanho e proporções – são semelhantes, porém a cor da plumagem dos machos é diferente, sendo o soldadinho-do-cerrado negro com manto carmim, sem o branco do soldadinho-do-araripe. As fêmeas das duas espécies são bem parecidas, com a plumagem totalmente verde, embora as fêmeas do Araripe sejam mais claras.
Os dois soldadinhos pertencem à família dos tangarás e dos uirapurus dançarinos – a Pipridae – cuja característica comum é a exibição nupcial. Diversos machos exibem as penas coloridas e executam passos, saltos ou até acrobacias, procurando atrair a atenção de uma fêmea, em geral de cor esverdeada e discreta. A ela cabe a seleção do melhor dançarino, com o qual vai acasalar.
O soldadinho-do-araripe macho também fica com a incumbência de se exibir aos eventuais intrusos, tratando de defender seu território. Durante o período de incubação dos ovos e de cuidados com os filhotes pequenos – tarefa exclusiva das fêmeas – os soldadinhos montam guarda por perto, sempre prontos a avançar sobre quem se aproximar demais. Os machos mais fortes acabam por escolher as melhores áreas para a procriação onde estão os córregos e há mais alimento.
quarta-feira, 15 de julho de 2009
Missa homenageia saga do vaqueiro nordestino
O Governo, por meio da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco - Fundarpe e da Secretaria de Turismo, incluiu a missa ao calendário de eventos turísticos do Estado. A programação começa no próximo dia 22, estendendo-se até o dia 26. Agregando o sagrado e o profano, a celebração tem início com o desfile de mil vaqueiros da região. Eles saem em procissão em seus cavalos, levando oferendas ao altar, local do grande encontro.
A cada ano, nesta época, Serrita recebe em média 50 mil pessoas, entre religiosos, vaqueiros, cineastas, turistas e pesquisadores brasileiros e estrangeiros. Com isto, há um impulso na economia local, gerando renda para os artesãos da região. De acordo com Helena Câncio, presidente da Fundação Padre Câncio, “com o grande fluxo de pessoas circulando pela cidade, os artesãos aproveitam a época para comercializar seus produtos confeccionados a partir do couro, material da indumentária típica do vaqueiro”.
Nos cinco dias do evento, o público confere, sempre a partir das 21h, atrações musicais da região. Este ano, a programação inclui aboiadores, trios pé-de-serra, shows de artistas e pega do boi. A ação integra ainda a Rota do Vaqueiro (ver box).
Além dos espetáculos, o evento promove palestras: na sexta-feira, 24, o tema é “Tradições Nordestinas”. No sábado, 25, “O Papel do Vaqueiro na Colonização dos Sertões do Nordeste”. O programa começa na quinta-feira, 23, com aula-espetáculo do escritor Ariano Suassuna.
História - O homenageado na Missa do Vaqueiro, Raimundo Jacó, ao sair, numa noite, em 1954, à procura de um touro que havia fugido da fazenda do patrão, foi assassinado no meio da caatinga. A história diz que seu cachorro, companheiro fiel, velou o corpo dia e noite, até morrer de fome e sede. O corpo de Raimundo Jacó só foi encontrado alguns dias depois e o enterro foi seguido por toda a gente das redondezas.
O caso foi cantado em versos por Luiz Gonzaga: “Numa tarde bem tristonha/Gado muge sem parar/Lamentando seu vaqueiro/ Que não vem mais aboiar. Sacudido numa cova/Desprezado do Senhor/Só lembrado do cachorro/Que inda chora sua dor/É demais tanta dor...”. O próprio Rei do Baião foi um dos idealizadores da Missa do Vaqueiro, celebrada pela primeira em 1970 pelo Padre João Câncio. (Fonte: Noticiário Executivo Fisepe)
terça-feira, 14 de julho de 2009
Brasil desperdiça potencial econômico da biodiversidade
"Muito pouco" até agora, segundo especialistas consultados pelo Estado às vésperas da 61ª reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que começa hoje à noite em Manaus. As estatísticas mostram que o tão alardeado e cobiçado potencial econômico da biodiversidade brasileira ainda está longe de ser capitalizado a contento.
O Estado que serve de anfitrião para o evento ilustra bem isso - com um território gigantesco e 98% de sua cobertura vegetal original preservada, o Amazonas tem mais de 1,5 milhão de quilômetros quadrados de floresta tropical intacta, habitada por uma riqueza incalculável de espécies. Mas qual é a importância dessa biodiversidade na economia do Estado?
terça-feira, 7 de julho de 2009
Vem aí a "Mostra de Cinema Bela Caatinga"
“Mostra de Cinema Bela Caatinga” acontece nos meses de setembro e outubro nos municípios de: Custódia, Flores, Triunfo,Serra Talhada, São Jose Belmonte, Salgueiro, Mirandiba , Tabira, São José do Egito, Afogados da Ingazeira, Sertânia, Inajá, Ibimirim, Arcoverde , Pedra, Buique, São Caetano.A pré-produção se realizará entre 10 e 20 de agosto, nos referidos municípios, para verificar locais de exibição e apoio local. Precisamos identificar pessoas interessadas em trabalhar na produção para receber treinamento, neste período e apoiar nos dias de exibição no seu município de origem . A Mostra permanece 2 dias em cada municípios com 3 exibições diárias:pela manha e a tarde em escolas, sindicatos e associações e a noite telão na praça. Os participantes da Mostra recebe certificado de produtor cultural. Os interessados deverão escrever para: cleapresbytero@hotmail.com Fone para contato: (81) 88677660. Esta é uma promoção do Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Caatinga/PE- CERBCAA, com o importante patrocínio do Banco do Nordeste - BNB .
sábado, 4 de julho de 2009
Desertificação (Passaredo de Chico Buarque)
Este é um belo poema de Chico denunciando a ação humana que coloca em perigo a existência de inúmeras espécies. Um hino à Natureza! Temos que agir logo, antes que seja tarde demais.
Na terra do Sol
quarta-feira, 1 de julho de 2009
Apoio aos agricultores da Caatinga e do Cerrado
Os participantes devem preencher um questionário que está disponível no site http://www.caatingacerrado.com.br/ e encaminhá-lo para o endereço articulacao@caatingacerrado.com.br. Está prevista a seleção de 24 empreendimentos, sendo 16 da Caatinga e 8 do Cerrado.
A Sala consiste em um estande coletivo realizado em feiras e eventos comerciais. Neste espaço, empreendimentos e redes da Iniciativa Caatinga Cerrado apresentam seus produtos e seus projetos visando à construção de parcerias e a realização de negócios.
Para 2009, na sua 4ª edição, a Sala Caatinga Cerrado pretende se consolidar como um espaço de negócios para viabilização dos empreendimentos e fortalecimento das redes que compõem o projeto.
A ExpoSustentat é uma feira de bens e serviços voltados para o mercado sustentável. Acontece paralelamente à BioFach América Latina – princi pal evento de agricultura orgânica internacional da América Latina e pretende expor organizações e produtos que têm na sua filosofia o conceito da sustentabilidade.
(Fonte:24HorasNews - Notícias 24 Horas www.24horasnews.com.br)
A Universidade Federal Rural de Pernambuco e o Comitê Estadual celebram o Dia Nacional da Caatinga
Marcelo, Suassuna, Rita, Ednilza e Márcio (CERBCAA/PE) João Suassuna (Fundaj) Márcia Vanusa (UFPE) Francis Lacerda (IPA) e Jo...
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