Com criatividade, as riquezas encontradas no bioma servem de bandeira para
preservar o meio ambiente e são fonte de renda para as comunidades da região.
Há mais na Caatinga que só seca. Há ali um mix de sabedoria popular com noções de sustentabilidade, frutas viram saborosas geleias e a palha do licuri ou do babaçu, da espiga de milho ou da bananeira se transformam em peças de artesanato. Com criatividade, as riquezas encontradas no bioma que cobre, principalmente, o Nordeste brasileiro servem de bandeira para preservar o meio ambiente e fonte de renda às comunidades da região.
Há seis anos, quando foi criada a Bodega de Produtos Sustentáveis do Bioma Caatinga, mais conhecida como Bodega da Caatinga, apenas oito grupos se articulavam na coleta e beneficiamento de produtos florestais não-madeireiros. A corrente cresceu e hoje são 40 organizações ecoprodutivas que possuem a força dos braços para mexer tachos de doce e a habilidade de mãos para fazer tapeçarias e biojoias de mais de três mil famílias.
Os grupos estão espalhados entre os Estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte e fabricam, além de alimentos e peças de artesanato, bebidas, fitocosméticos e mobiliários, usando como matéria-prima fibras e frutas características do bioma.
Criada pela ONG Agendha, a Bodega da Caatinga produz hoje cerca de 700 produtos. Os trabalhos com fibras e palhas, como carnaúba, caroá e sisal, superam os 100 artigos e as participações em feiras e exposições atingem uma média anual de 19 eventos.
A iniciativa tem apoio do Ministério do Meio Ambiente, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e do Fundo Mundial para o Meio Ambiente (GEF), no Projeto Conservação e Uso Sustentável da Caatinga (GEF- Caatinga).
Copa e olimpíadas
Quando o Brasil receber atletas e turistas de todo o mundo nos próximos eventos esportivos de grande porte, eles terão a oportunidade de experimentar as delícias da terra em sorvetes, picolés, sucos e bebidas lácteas. Os produtos das associações bodegueiras, bem como de grupos que seguem a mesma linha nos biomas do Cerrado e da Amazônia, serão destaque durante a Copa das Confederações de 2013, a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas e ParaOlimpíadas de 2016.
(Fonte: Andres Bruzzone Comunicação - Meio Ambiente)
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