A Caatinga será um dos biomas estudados em Pernambuco.
O Inventário terá como objetivo a análise dos tipos de árvores, idade e saúde, além da capacidade de armazenamento de biomassa e carbono. Convênio com governo do Estado deve ser firmado este mês
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) vai realizar este ano um censo florestal em todos os Estados do País. O inventário terá como objetivo a análise dos tipos de árvores, idade e saúde, além da capacidade de armazenamento de biomassa e carbono. Um projeto-piloto começou a ser desenvolvido em dezembro no Distrito Federal. No Nordeste, já foram firmados convênios com o Ceará e Sergipe. De acordo com Antônio Carlos Hummel, diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro, órgão do MMA responsável pelo projeto, o convênio com o governo do Estado deverá ser firmado este mês. A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) também deverá participar da equipe técnica. No Estado, serão analisadas a mata atlântica e a caatinga.
“O trabalho será importante para sabermos o que acontece com as florestas de todo o País. Estados e municípios terão informações para o desenvolvimento de políticas públicas, principalmente voltadas para preservação, manejo e sustentabilidade. Também teremos informações precisas para apresentar em fóruns internacionais de meio ambiente”, explica Antônio Carlos Hummel. Além disso, o inventário poderá contribuir para a capacitação de profissionais da área de engenharia florestal. O MMA quer repetir o mapeamento a cada cinco anos. O último censo florestal realizado no País, no fim da década de 70, nunca chegou a ser concluído.
O Brasil tem hoje 516 milhões de hectares de área de floresta, o que equivale a 60% do território. O inventário florestal vai analisar cerca de 20 mil pontos de florestas em todo o País, distantes 20 quilômetros um do outro.
Serão coletadas informações como número, altura, diâmetro e espécies de árvores, tipo de solo, estoque de carbono e biomassa, condição fitossanitária (saúde) das árvores, quantidade de matéria orgânica morta e vestígios de exploração florestal. Também será feito um levantamento socioambiental para conhecer a relação das populações locais com a floresta.
“Geralmente, vemos apenas dados negativos sobre as nossas florestas, como áreas de desmatamento. O inventário poderá trazer boas notícias, como o descobrimento de novas espécies ou o ressurgimento de outras que eram consideradas extintas”, acrescenta Hummel. Atualmente, o monitoramento das florestas brasileiras é feito por satélites.
(Fonte: Jornal do Commercio - Mariana Araújo)
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