Um projeto ajuda o meio ambiente e a vida de muitas agricultoras do sertão de Pernambuco. Elas deixaram de tirar da caatinga a lenha para cozinhar porque passaram a produzir as próprias mudas.
Maria das Dores cuida com muito carinho do viveiro de plantas em Monte Alegre, município de Afogados da Ingazeira, sertão pernambucano. Ela cultiva de tudo, manga, graviola, umbu, mas boa parte da atenção é para as mudas de nim e sabiá. É com o toco dessas plantas, que crescem rápido e pertinho de casa, que ela acende o fogão para cozinhar. “Eu carregava muita lenha. Depois comprei carvão e agora melhorou muito porque eu mesma planto as mudas para tirar madeira e cozinhar no meu fogão ecológico”, disse orgulhosa a agricultora.
Com a lenha sendo colhida no quintal de casa, a agricultora que antes cortava madeira na caatinga, agora ajuda a preservar o bioma.
Hoje são mais de 20 mil mudas de nim e sabiá plantadas ao redor das casas, nos quintais e em roças na comunidade de Pereiros, no município de Flores. A ideia se disseminou com a atuação de várias organizações e das próprias mulheres, que fazem questão de repassar o conhecimento. “Quando alguém me pergunta, é uma coisa nova, têm pessoas que nem conhecem, mas eu estou passando e todos aderindo à ideia”, contou a agricultora Cosma Silva.
O projeto "Mãos Femininas Preservando a Vida da Caatinga" existe desde 2008 e já plantou 20 mil mudas de árvores na região.
(Fonte: Globo.com)
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