Estação Ecológica de Serra da Canoa, em Floresta (PE)
Em comemoração ao Dia da Caatinga, o governador Eduardo Campos lançou o programa Caatinga Sustentável e assinou o decreto que cria a segunda Unidade de Conservação (UC) do bioma. As iniciativas têm como principal objetivo preservar a biodiversidade existente na Caatinga que hoje ocupa apenas cerca de 50% de sua área original.
SERRA DA CANOA – O município de Floresta foi o escolhido para receber a segunda UC da Caatinga. A Estação Ecológica (ESE) de Serra da Canoa ocupará uma área de cerca de 6.600 mil hectares. A unidade foi adquirida como passivo ambiental pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e será repassada ao Estado.
A implantação da UC também é uma resposta à solicitação feita pelo Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Caatinga (CERBCAA/PE) e pela organização não-governamental SOS Caatinga, que tem sede no município. “A Caatinga é um bioma que toca cerca de 90% do nosso território e 135 municípios do estado tem uma realidade de semiárido sob ameaça de desertificação. E entre tantas outras políticas precisamos de uma que implante unidades de conservação para que essas áreas sejam realmente preservadas”, afirmou o governador, durante a cerimônia no Palácio do Campo das Princesas.
Gestora das Unidades de Conservação, Giannina Cysneiros comemorou os resultados obtidos com a criação, em 2011, do Comitê Executivo para Criação e Implantação de Unidades de Conservação de Pernambuco. “Em menos de um ano de trabalho do comitê partimos do zero para a implantação de oito mil hectares de área preservação na Caatinga”.
Serra da Canoa será uma unidade de proteção integral. Estudos técnicos desenvolvidos pelas equipes da CPRH e da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade confirmaram as boas condições da biodiversidade na área. “A vegetação existente na Caatinga sobrevive às estiagens e a todo tipo de adversidade. Por tudo isso temos a possibilidade de encontrar riquezas que possam mudar a economia”, disse Eduardo.
Ao longo de 25 anos Pernambuco criou 66 Unidades de Conservação, mas nenhuma na Caatinga. Diante deste cenário, o Governo do Estado estabeleceu como meta prioritária implantar, até 2014, mais de 270 mil hectares de UCs em áreas suscetíveis à desertificação. Serão implantadas 81 unidades, desse total 68 ficarão na Mata Atlântica - bioma mais ameaçado do Brasil, com apenas 1% da cobertura original em Pernambuco -, e 13 na Caatinga. Além das unidades, 22 conselhos gestores estão em fase de consolidação.
(Fonte: Imprensa PE)
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