terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Consema debate questões ambientais em Petrolina

Foto: Ricardo Torres

O Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema) chegou ao Vale do São Francisco. Nos dias 16 e 17 de dezembro, os conselheiros reuniram-se no Hotel do Grande Rio, em Petrolina (Avenida das Nações, s/n, Centro, Petrolina). No encontro, constou em pauta o debate acerca dos problemas ambientais nos sertões do São Francisco e Araripe. Entre as questões, destaque para a descarga de efluentes no Rio São Francisco e a derrubada de árvores para uso da lenha na calcinação da gipsita, utilizada na produção do gesso. O secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente, Aristides Monteiro, fez a abertura da reunião na terça-feira (16), às 8h. Esta é a terceira reunião ordinária do Consema fora da Região Metropolitana do Recife. Outras duas foram realizadas em Caruaru, em outubro, e Salgueiro, em novembro. A iniciativa, coordenada pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente, atende a proposta do Governador Eduardo Campos de interiorizar o desenvolvimento das ações. Assuntos como O Programa de Combate a Desertificação, Programa Florestal da Região do Araripe e apreciação do projeto de lei que institui o Sistema de Unidade de Conservação da Natureza, foram discutido durante o evento, este último foi aprovado pelo colegiado. O Consema voltará se reunir em Petrolina em novembro de 2009.
No mês de novembro foram apresentados os oito projetos de combate à desertificação que receberão financiamento do Fundo Estadual de Meio Ambiente (Fema) , durante a LIV Reunião do Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema), realizada em Salgueiro (PE). Os projetos receberão R$ 600 mil e favorecerão os municípios de Sagueiro, Terra Nova, Itacuruba, Cabrobó, Orobó, Bodocó, Belém do São Francisco, Ouricuri, Santa Cruz, Parnamirim, Araripina, Afrânio, Petrolina, Floresta, Granito, Ipubi, Moreilândia, Santa Filomena, Santa Maria do Cambucá e Trindade. (Foto: Evane Manço)
Segundo o secretário executivo de Meio Ambiente da Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente (Sectma), Aloysio Costa Júnior, R$ 600 mil ainda é pouco para o combate à problemática. “Mas se compararmos com os R$ 180 mil que o Governo Federal está destinando para projetos em diversos estados brasileiros, veremos que realmente em Pernambuco temos a intenção de enfrentar o problema”, disse. Os 20 municípios pernambucanos para os quais o edital de R$ 600 mil foi direcionado têm em seus territórios áreas suscetíveis à desertificação. Foram contemplados projetos que variam de R$ 40 mil a R$ 87 mil ligados ao monitoramento e controle ambiental; preservação e conservação dos recursos naturais renováveis; recuperação de áreas degradadas ou em processo de degradação; educação ambiental e divulgação; elaboração e implantação da Agenda 21; e pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias para o desenvolvimento sustentável.
Veja aqui a lista dos Projetos aprovados: Resumo dos Projetos
(Fonte: Sectma)

Um comentário:

  1. Uma das capacidades impressionantes dos brasileiros é a vontade de empreeeder. No entanto, apenas se constrói negócios sobre desafios conhecidos. A mídia tem como papel oferecer o cenário sobre o qual a sociedade realiza suas iniciativas. É preciso uma mídia que pare de olhar a realidade pelo retrovisor. Nesta linha há algumas experiências interessantes. No Ceará a Fundação Konrad Adenauer juntou uma turma de estudantes e jornalistas do Norte e Nordeste e levou para Santarém para conversar sobre e conhecer a Amazônia. Desta experiência, em parceria com uma ONG local, o Saúde & Alegria, emergiu um trabalho interessante de reportagens feitas pelos participantes. Juntaram, também, jornalistas experientes, como Marcelo Leite e eu para oferecer nossa visão da equação jornalismo/Amazônia. O resultado é uma revista de reportagens muito interessantes.
    http://www.kas.de/wf/doc/kas_15054-544-5-30.pdf

    Na cidade de Inhumas, próxima a Goiânia, um jovem secretário de Saúde, Fernando Gadia, mostra todos os dias como o serviço público pode ser exercido com dignidade. O atendimento de saúde da infância e a ala pediátrica do principal hospital público são referências no Estado de Goiás. Assim como no Rio Grande do Norte a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos conseguiu estabelecer o compromisso de 120 comunidades para a preservação e uso racional da água, um insumo escasso na região.

    Em Cáceres, no Mato Grosso, a maior empresa da cidade é um grupo empresarial que atua na venda de motocicletas, automóveis e tem fazendas com atividade pecuária. Até ai normal. O surpreendente é que a gestão do Grupo Cometa é baseada em modernos princípios de tecnologia da informação, com integração on line de unidades em cinco estados da Amazônia, em localidades tão distantes como Tefé e Tabatinga, no Amazonas, e Belém, no Pará.

    Poucas são as iniciativas em grandes centros que estão realmente alinhadas com práticas sustentáveis. Idéias, estas certamente são muitas. Ainda no Mato Grosso, recentemente aconteceu a Expo 2008, um evento que levou cerca de 9 mil pessoas ao Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá. Lá, centenas de iniciativas em desenvolvimento local formaram um cenário de possibilidades.

    O que o Brasil do Século XXI vai oferecer como contribuição à transição de modelo de desenvolvimento certamente não virá da “Avenida Paulista”. O que São Paulo ou Rio podem oferecer é similar ao que outras metrópoles podem dar. No entanto, o Brasil que vai além disso, que tem uma imensa riqueza de biomas e culturas, pode dar uma contribuição definitiva para esta transição. Amazônia, Pantanal, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica e Pampas são fatores decisivos para uma economia forte e rica baseada na capacidade de produzir e agregar valor à biomassa. (Envolverde)

    Fonte: Dal Marcondes que é diretor de redação da Envolverde, recebeu por duas vezes o Prêmio Ethos de Jornalismo e é Jornalista Amigo da Infância da Agência ANDI.

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