RPPN - Foto: SOS mata Atlântica
O Instituto Ecofuturo, criado no Brasil em 1999, lança, em parceria com a organização não governamental internacional The Nature Conservancy (TNC), o Programa de Incentivo à Criação de Reservas Corporativas.
A iniciativa visa estimular empresas brasileiras a criarem áreas protegidas em terras privadas, dentro do conceito das Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN), reconhecidas pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Snuc). Com isso, as companhias assumem o compromisso de conservar a natureza, garantindo sua proteção.
– Além da isenção do Imposto Territorial Rural (ITR) da área, a empresa está trazendo a conservação daquele remanescente de área natural, seja na Mata Atlântica, no Cerrado, na Caatinga, em todos os biomas – informa a coordenadora de Terras Privadas da TNC, Giovana Baggio de Bruns.
Cada RPPN tem um plano de manejo que pode envolver a comunidade do entorno.
– É importante que, no plano de gestão dessa área, o proprietário faça algo que insira a comunidade, porque o primeiro objetivo da RPPN é a conservação. O fim comunitário depende de cada caso – explica Bruns.
A experiência de mais de dez anos do Instituto Ecofuturo na gestão do Parque das Neblinas (SP) e de projetos socioambientais servirá de apoio às empresas privadas que quiserem participar do programa, mostrando como administrar uma área de RPPN.
– Que não seja apenas uma área de preservação. Ela pode até ser autosustentável no futuro, recebendo visitantes, por exemplo – diz a coordenadora.
O analista de projetos ambientais do Ecofuturo, Diego Gonzáles, destaca que o programa de incentivo é gratuito e de adesão voluntária. As companhias participantes ganham destaque no portal do instituto. Além disso, funcionários designados pelas empresas participarão do Programa de Vivência do instituto, visitando a reserva do Parque das Neblinas para acompanhar a operação na área. Técnicos do Ecofuturo também podem visitar as empresas para indicar o potencial da reserva para visitação, pesquisa ou manejo.
– O objetivo é que as empresas passem a ter o gerenciamento dessas áreas como um compromisso ambiental. A gente quer que as empresas abram os olhos para que tenham áreas corporativas privadas como estratégia de conservação. Foi para isso que a gente criou esse programa – relata Gonzáles.
Segundo a coordenadora de Terras Privadas da TNC, a iniciativa também é positiva para o meio ambiente porque incentiva a responsabilidade socioambiental das empresas:
– Muitas vezes, as empresas investem muito em marketing verde, em certificação, para ter uma visão mais ambiental para a comunidade, só que efetivamente não investem na preservação do que restou dos ecossistemas brasileiros.
Bruns afirma que, ao investir em uma RPPN, as companhias passam a conservar de fato uma porção de floresta, beneficiando a região e a comunidade que vive naquela área. As empresas interessadas podem obter mais informações sobre a iniciativa pelo e-mail reservas@ecofuturo.org.br.
Esse é o primeiro programa de parceria entre o Instituto Ecofuturo e a TNC para estímulo à criação de reservas naturais pelas grandes corporações. Em um segundo momento, a intenção é lançar nova iniciativa, abrangendo também pequenos e médios empresários.
(Fonte: Agência Brasil)
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