quinta-feira, 30 de abril de 2009

Aventura pela caatinga em Salgueiro










Seja em qualquer época do ano, o calor do Sertão pernambucano é mais que humano. Não podia ser diferente com a cidade de Salgueiro, no Sertão Central (a 518 quilômetros do Recife) que acorda hoje em festa pela passagem dos seus 145 anos de emancipação. A data será comemorada com uma série de atrativos, a começar pelo 1º Festival da Sanfona, que acontece até amanhã no espaço do Memorial do Couro, reunindo instrumentistas de toda a região. Na rota do turismo sertanejo, Salgueiro abre suas portas para o visitante que queira descobrir a simplicidade de suas belezas na área urbana e rural. Com as últimas chuvas que caíram no interior, o que não faltam são atrativos para quem aprecia uma trilha na caatinga verdejante do Sertão. Águas nos reservatórios, revoada de pássaros cantando, clima agradável, sítios arqueológicos e pinturas rupestres dão o tom ao cenário rural de Salgueiro. Vez ou outra, nesse período, um arco-íris rabisca o céu sertanejo, colorindo belezas ainda pouco exploradas. O visitante pode seguir em roteiro de ecoturismo, com direito a trilhas, escaladas e à observação da arte pré-histórica. A primeira parada pode ser a Serra das Letras, no Sítio Letras, a 25 quilômetros da cidade.Os vestígios da civilização antiga se espalham com as itaquatiaras – gravuras em pedras provavelmente feitas por povos que habitaram a comunidade há milhares de anos. O formato geológico da serra permite que se faça escalada ou rapel com segurança. Os visitantes despertam a curiosidade pelo lugarejo por ele remontar a um dos capítulos da história do Padre Cícero do Juazeiro (CE). Perto dessa serra, o religioso chegou a se refugiar numa fazenda ao sofrer perseguições no Ceará. Foi lá também onde Padre Cícero atraiu admiradores que lhe deram dinheiro para cumprir sua viagem com destino a Roma na tentativa de se defender perante o Papa. Outro atrativo é a Pedra das Abelhas, ao lado da estrada que dá acesso à comunidade quilombola de Conceição das Crioulas. A 40 quilômetros da área urbana, mais uma surpresa: a imensurável Pedra Preta, também conhecida por Pedra da Mão, um gigantesco bloco granítico com mais de 20 metros de altura e uma infinidade de fendas repletas de água cristalina que mais parecem espelhos em vários formatos geométricos. Do alto, os jovens que costumam fazer trilhas acompanham a velocidade de calangos esverdeados correndo em torno da pedra, ao mesmo tempo em que apreciam todo um panorama da região. Saindo dali por uma estrada de pedras, a vegetação diversificada revela as belezas da flora que surge da caatinga. O roteiro pode se dar por completo ao chegar à comunidade de Conceição das Crioulas. É lá que a cultura afro-brasileira se abre em arte, cores e dança, com o trabalho feito pelos artesãos que integram a Associação Quilombola de Conceição (AQCC). São bolsas, jogos americanos, além de colares e pulseiras – feitas principalmente de caroá, planta nativa da região. Os produtos já atravessaram o oceano e foram comercializados para a Itália.
(Fonte: JC - Emanuel Andrade)

A Universidade Federal Rural de Pernambuco e o Comitê Estadual celebram o Dia Nacional da Caatinga

Marcelo, Suassuna, Rita, Ednilza e Márcio (CERBCAA/PE) João Suassuna (Fundaj) Márcia Vanusa (UFPE) Francis Lacerda (IPA) e Jo...