quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Comitê realiza a XV Reunião Ordinária no IPA

Fotos da XV Reunião Ordinária realizada no IPA em Recife

O Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Caatinga (CERBCAA-PE) realizou hoeje (26.08), na sede do Instituto Agronômico de Pernambuco -IPA, sua XV reunião ordinária. Na ocasião, o presidente do instituto, Júlio Zoé de Brito, destacou a existência de um herbário no IPA com mais de 83 mil espécies do bioma catalogadas. Ele afirmou que recursos do Plano de Aceleração do Crescimento / PAC- Pesquisa serão alocados na criação de um laboratório vivo, garantindo a segurança da diversidade de espécies típicas da região, assim como eliminará possíveis riscos de extinção. O encontro serviu, ainda, para a apresentação das ações na caatinga feita pelo Presidente da Agência Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos - CPRH, Hélio Gurgel, e também a apresentação da minuta do projeto de valorização do bioma caatinga, realizada pelo Diretor da OCB/PE, William Janssen. Participaram da reunião representantes da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) , Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Universidade de Pernambuco (UPE) , Codevasf, IBAMA, Ministério do Meio Ambiente, Secretaria de Cultura, Coordenação do Programa Água Doce, Deputado Nelson Pereira (Comissão de Meio Ambiente da Assembléia Legislativa), Alexandrina Sobreira (Presidente do Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Caatinga - CNRBCAA) e líderes de organizações não governamentais (APNE, GDMA, ASSUVAM) ligadas à preservação de um dos mais ricos ecossistemas do Nordeste brasileiro. O comitê tem a coordenação geral do engenheiro agrônomo do IPA Élcio Barros.
Leia mais sobre a Reunião em:

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Famílias da zona rural do Ceará recebem fogões ecológicos

Cerca de 22 mil fogões ecológicos serão entregues a famílias do Interior.
O equipamento não precisa de tanta lenha e evita que paredes e telhas fiquem manchadas


Até o fim do ano, a previsão é de que mais 15 mil famílias da zona rural do Interior sejam beneficiadas com o fogão ecologicamente correto. Produzido pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável & Energias Renováveis (Ider), o equipamento não deixa a fumaça ficar dentro de casa, o que diminui o risco de doenças para as pessoas, além de evitar que as paredes e as telhas da casa fiquem sujas. Outro ponto positivo para o novo fogão, que funciona a lenha, é que ele não utiliza grande quantidade de madeira. São necessários alguns gravetos para que o fogão trabalhe. No ano passado, quatro mil fogões foram entregues. Neste ano, já são 6.244 já construídos nas residências. Outros 1.256 ainda estão em construção. Até o fim do ano, 15 mil, no total, devem ser entregues, explica Sérgio Barbosa, coordenador de Habitação da Secretaria das Cidades, órgão que está executando o projeto. A expectativa é de sejam 22 mil fogões ecológicos entregues para as famílias cearenses da zona rural. Neste ano, houve atraso na entrega por conta das fortes chuvas, que provocaram estragos nas cidades e dificultaram o acesso a algumas localidades. “Os objetivos são preservar e recuperar a caatinga, reduzir doenças cardiorrespiratórias das famílias rurais e geração de emprego e renda”, enumera o coordenador. De acordo com Sérgio Barbosa, a entrega dos fogões é feita de acordo com os pedidos dos municípios à Secretaria e à Casa Civil, que são, então, analisados. “O fogão ecológica usa muito pouca lenha e as pessoas gostam muito. É uma aceitação incrível”, descreve Sérgio. Ele cita que, antes de os fogões serem construídos nas residências, técnicos do Ider fazem uma reunião se sensibilização, em que mostram as melhorias para a população e treinam a comunidade. Cada fogão, já montado, sai por R$ 328,05. Um valor baixo, segundo Sérgio Barbosa. “É um fogão para o resto da vida”, acrescenta. (Colaborou Amaury Alencar) - Fonte: O Povo - Reportagem de Daniela Nogueira. sobre o Instituto de Desenvolvimento Sustentável & Energias Renováveis (Ider) no site: www.ider.org.br

sábado, 22 de agosto de 2009

BLOG DA CAATINGA ENTRE OS 100 MAIS VOTADOS NO PRÊMIO TOP BLOG. O COMITÊ PROMOVERÁ A SUA XV RO NO PRÓXIMO DIA 26.08 (QUARTA-FEIRA)



O Blog da Caatinga foi um dos blogs mais votados na primeira fase do Prêmio Top Blog. Este site terminou entre os 100 mais votados na categoria Sustentabilidade na votação popular e avançou para a segunda fase, onde os vencedores do Prêmio serão escolhidos pelo júri técnico. Além de disputar o prêmio na categoria sustentabilidade, o Blog da Caatinga busca vencer também na categoria geral.
O site recebeu da organização do Top Blog, um selo especial pelo desempenho na votação popular. Os três melhores colocados de cada categoria na segunda fase, ganharão um selo e um certificado. O resultado final do concurso será divulgado no dia 31 de agosto em uma cerimônia em São Paulo. Obrigado a todos que votaram neste Blog!
Na oportunidade informamos abaixo a Pauta da XV Reunião Ordinária do Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Caatinga - CERBCAA/PE, esperando contar com participação de todos pela importância dos temas que serão abordados:
PAUTA DA XV REUNIÃO ORDINÁRIA
Data: 26 de agosto de 2009 (quarta-feira)
Horário: 08:30h às 12:30 h
Local: IPA – Instituto Agronômico de PernambucoAv. General San Martin, 1371 - San Martin - Recife - PE
Assuntos:
1. Abertura: Elcio Barros – Coordenador Geral do CERBCAA/PE;Júlio Zoé de Brito - Diretor Presidente do IPA;
2. Leitura da Ata da XIV Reunião Ordinária – Marcelo Luiz C. Teixeira - Sec. Executivo;
3. Informes – Participantes;
4. Palestra: Ações da CPRH na Caatinga em Pernambuco – Dr. Hélio Gurgel Cavalcanti Presidente da Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos - CPRH;
5. Projeto Bela Caatinga – Cléa Lúcia Presbítero;
6. Projeto de Valorização da Caatinga – Elcio Barros/Wilame Jansen;
7. Eleição do Vice-coordenador do CERBCAA-PE;
8. Encaminhamentos;
9. Encerramento.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Emissão de CO2 na Caatinga será medido por Torre

Torre - Foto: Dennis Barbosa/Globo
Equipamento será instalado em Araripina, no Sertão,
até o fim do ano. É o segundo do Estado.
Quando se fala em mercado de carbono, a caatinga perde espaço para a Amazônia e a mata atlântica em venda de créditos. É que, ao contrário das florestas tropicais, não se sabe ao certo quanto o bioma sequestra de CO2 da atmosfera. Esse cenário deve mudar em breve, com a instalação, no Sertão de Pernambuco, de uma torre para medição do fluxo de gás carbônico e vapor d’água, entre outros parâmetros.
O equipamento está em fase de importação dos Estados Unidos, com recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), ligada ao Ministério de Ciência e Tecnologia. São R$ 230 mil para a aquisição da torre e a modernização de uma semelhante, existente em Petrolina. O prazo para a instalação é de três meses. “Até o fim do ano estaremos fazendo o monitoramento”, adianta a meteorologista Francis Lacerda, coordenadora do projeto, intitulado Estudo das Mudanças Climáticas e seus Impactos em Pernambuco (Muclipe).
A instalação da torre nova permitirá ainda comparar dados de captação do CO2 do ar entre áreas de caatinga preservada (Petrolina) e degradada (Araripina). A torre de Petrolina, em operação desde agosto de 2003, é do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e é operada em cooperação com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
“Alguns equipamentos, como os sensores de CO2, não estão funcionando”, revela a agrometeorologista da unidade da Embrapa em Petrolina, Magna Selma. A torre tem 11 metros, dois a mais que a altura média das árvores e arbustos da caatinga no local. A de Araripina também ficará acima da copa das árvores.
A altura exata da torre, bem como o local onde será instalada, serão decididos em reuniões na próxima semana. No dia 25, o grupo de pesquisadores que integram o Muclipe estará em Petrolina. Na manhã seguinte, o encontro será em Araripina.
Além das trocas gasosas entre a caatinga e a atmosfera, os sensores registrarão o índice de chuvas, a quantidade de energia que a vegetação transmite ao solo, a transpiração, a evapotranspiração e o albedo (fração da radiação solar que é refletida pela Terra). “Com isso, poderemos gerar modelos de previsão do tempo mais precisos para a região semiárida”, diz Magna.
Francis Lacerda, coordenadora do Laboratório de Meteorologia de Pernambuco (Lamete-Itep), explica que o crédito de carbono é um tipo de moeda entre países ricos e pobres. Ou seja, as nações desenvolvidas complementam suas cotas de redução de gases do efeito estufa, comprando de países emergentes créditos equivalentes ao carbono retirado da atmosfera pelas suas florestas. Isso porque nos países mais ricos há menos florestas que retiram CO2 da atmosfera e mais indústrias que lançam.
(Fonte: JC 19.08.2009 - Blog Ciência & Meio Ambiente (com link para http://jc3.uol.com.br/blogs/blogcma/)

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Projetos sobre meio ambiente estão parados no Congresso.

Fotos: Cerrado e Caatinga
Propostas defendidas por preservacionistas ficam fora
das prioridades dos líderes no parlamento
Os congressistas deixam fora das prioridades do Legislativo propostas fundamentais para a melhoria da qualidade de vida e para a preservação do meio ambiente. Os temas ecológicos ganharam espaço nos debates na sociedade, mas dentro do Congresso as matérias que criam políticas básicas para a gestão pública estão paradas ou tramitam com lentidão.
Um exemplo da morosidade em votação de propostas estrategicamente importantes para o país é projeto de lei que cria a Política Nacional de Resíduos Sólidos, PL 203/1991, que há 18 anos tramita no Congresso. A proposta, que dispõe sobre a gestão do lixo urbano, está parada na Câmara desde setembro de 2007. A última tramitação foi quando o Executivo encaminhou ao Congresso um outro projeto de resíduos sólidos (PL 1991/2007). Na época, a expectativa era de que a proposta fosse priorizada, pelo caráter de urgência da matéria, mas até hoje ela permanece na pauta do plenário da Câmara sem previsão para ser votada.
Há outros exemplos da falta de interesse dos parlamentares pela agenda ecológica. A PEC do Cerrado e da Caatinga (PEC 115-150/1995) se encontra há 14 anos na Casa. Trata-se de uma proposta de emenda constitucional que transforma esses dois biomas em patrimônios naturais. Atualmente, a proposta tramita em caráter de urgência, mas enfrenta resistência de grupos que alegam que ela irá engessar a ocupação e as atividades econômicas.“Nós temos um boicote da bancada ruralista que realmente não permite avançar na pauta ambiental. Com o problema estrutural do Congresso, devido ao trancamento de pauta por causa das medidas provisórias, a maioria das propostas que são votadas, são apreciadas consensualmente, escolhidas em reunião de lideranças, onde qualquer líder tem direito de retirar o que ele acha que não deve ser votado. Então sempre um representante do segmento ruralista está lá para retirar essas propostas de lei de âmbito ambiental”, acusa Sarney Filho.O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado Valdir Colatto (PMDB-SC), nega a movimentação da bancada ruralista no sentido de impedir votações de matérias ligadas ao meio ambiente e afirma que ocorre uma radicalização das discussões por parte dos ambientalistas, interessados em impor uma “ditadura ambiental”.“Ninguém desconhece que queremos discutir tecnicamente a legislação ambiental. Existem mais de 16 mil leis, normas, resoluções, atos que criam esse imbrólio que está aí. Precisamos resolver isso. Mas o que acontece é que os ambientalistas se negam a discutir tecnicamente o assunto e querem impor o que pensam na ditadura ambiental”, afirma Colatto.O impasse entre ruralistas e ambientalistas dentro do Congresso é visto pelo coordenador de Políticas Públicas do Greenpeace, Nilo D’ávila como uma briga de “Alices” sem lógica. Nilo afirma que numa análise sobre mudanças no Código Florestal – tendo essa lei “como um grande ponto de tensão” entre os dois grupos –, percebe-se que nenhuma alteração significativa foi feita desde 2001, quando foi aprovada a medida provisória que alterou partes do código.“Temos aí três legislaturas e tem um código valendo como MP, que não é cumprido no campo, mas enquanto lei não teve nenhuma alteração. Tiveram tentativas, mas nenhuma realmente levada a sério. Em questões relativas ao Código Florestal, o Congresso tem a postura de Grêmio Estudantil, de ‘nós contra eles’, em que não se consegue estabelecer lógica no diálogo e isso vai de um lado ao outro”, alfineta Nilo.Independente de interesses específicos de bancadas no Congresso, a falta de prioridade de propostas fundamentais para a melhoria da qualidade de vida e a preservação do meio ambiente tem causado impactos significativos na sociedade brasileira. A falta da Política Nacional de Resíduos Sólidos, por exemplo, mantém um cenário crítico no país.De acordo com relatório da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), das cerca de 170 mil toneladas diárias de resíduos sólidos gerados nas cidades brasileiras, pouco mais de 140 mil são coletadas, das quais 60% não tem destino final adequado. (leia o relatório de 2007 – até o fechamento da matéria o relatório de 2008 ainda não havia sido divulgado).“Como pode em um Brasil que destina a maior parte de seus resíduos à lixões desapropriados, um Congresso levar tantos anos para votar uma matéria? Como se explica o Brasil não ter até hoje uma lei de resíduos sólidos? Não tem explicação. E agora querem aprovar uma lei que não contempla o lixo eletrônico, que é cheio de metal pesado. Isso é um absurdo”, concluiu o ex-deputado Fábio Feldmann, autor do primeiro projeto de lei que trata do assunto (PL 203/1991).

domingo, 16 de agosto de 2009

Lançado plano para a onça-pintada

(Foto: Rúbio Guimarães- Jornal Coletivo)
Chamada de detetive da paisagem, a Panthera onça
é um dos nossos mais belos animais


O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) acaba de lançar o Plano Nacional de Conservação que tem por finalidade defender a onça-pintada (Panthera onca) que está ameaçada de extinção. O plano será coordenado pelo Centro Nacional de Pesquisas para a Conservação dos Predadores Naturais, segundo informou o chefe do Cenap, o doutor em medicina veterinária, Ronaldo Morato.
Para ele, a espécie é considerada essencial para a manutenção da diversidade biológica e da integridade dos ecossistemas em que está inserida. A partir da análise de seu comportamento, hábitat e biologia, será possível ter referências de planejamento e manejo de Unidades de Conservação, bem como de grandes ecorregiões interconectadas. “As exigências para a onça-pintada sobreviver incluem fatores importantes para manter ambientes ecologicamente saudáveis”, destacou.Espécie detetive da paisagem, a onça-pintada pode auxiliar no planejamento ou criação de corredores ecológicos, além de servir de base para a avaliação dos mosaicos de Unidades de Conservação já criados.
Um dos projetos em fase de montagem é o Corredor Ecológico Caatinga-Onças, que terá como objetivo interligar áreas importantes de proteção desse bioma. Com isso serão evitados a fragmentação dos ecossistemas e os prejuízos para a troca genética entre indivíduos da espécie, além de outras espécies da fauna e da flora.
O Grupo de Trabalho designado para elaborar e implementar o corredor Caatinga-Onças sugere que unidades de conservação federais e estaduais sejam interligadas desde a Floresta Nacional Contendas do Sincorá e do Parque Nacional da Chapada Diamantina, no centro da Bahia, até o Parna da Serra das Confusões, no sul do Piauí. A união contemplaria, ainda, o Parque Nacional da Serra da Capivara (PI), o Parque Estadual do Morro do Chapéu (BA) e as Áreas de Proteção Ambiental (APAs), Dunas, Veredas do Baixo e Médio São Francisco e Lagoa de Itaparica, entre outras unidades.
Plano Nacional prevê estudo de três biomas
Serão estudadas cinco áreas em três diferentes biomas – a Caatinga, o Cerrado e a Mata Atlântica –, sendo que os locais escolhidos referem-se a áreas fundamentais para a conservação, de acordo com mapa de áreas prioritárias do Ministério do Meio Ambiente. Na reunião que deu início aos trabalhos, foram definidas metodologias de pesquisa que servirão de padrão em todas as áreas estudadas. “O objetivo é obter dados comparativos entre elas. A amostragem será repetida anualmente, em sintonia com o programa de monitoramento da biodiversidade sob coordenação do ICMBio. Com o tempo será possível saber as flutuações da população e que fatores estão associados a isso”.
Na área do Parque Nacional do Iguaçu, unidade de conservação gerida pelo ICMBio no Paraná, já há um mapa de uso do solo que servirá de base para levantamentos acerca da densidade populacional de onças-pintadas no parque. “Como esta estimativa vai ser repetida todos os anos, por no mínimo, dez anos, poderá ser relacionado o uso do solo com variações no tamanho da população, auxiliando em estratégias de manejo da espécie e do próprio Plano de Manejo da unidade”, acrescentou.
Fonte: Créditos para Redação Jornal Coletivo

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

XV Reunião Ordinária do CERBCAA/PE será dia 26 de agosto



Caros membros do CERBCAA/PE,


No próximo dia 26 deste mês de agosto (quarta-feira) realizaremos a XV Reunião Ordinária do Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Caatinga/PE. O local, será a sala de reunião do IPA - Instituto Agronômico de Pernambuco, a partir das 08:30 h. O endereço do IPA é Av. Gal. San Martin, 1371 - Bonji, ao lado do quartel da cavalaria da PM. Nesta reunião pretendemos receber sugestões para um projeto que estamos elaborando e que denominamos de Valorização do Bioma Caatinga, que entre seus objetivos está a instalação dos nosso sub-comitês em todas as microrregiões incluidas na caatinga do nosso Estado. Teremos também uma palestra do presidente da CPRH, Dr. Hélio Gurgel, sobre a atuação do órgão que dirige, especialmente as ações desenvolvidas no bioma caatinga. Esperamos contar com a presença de todos, inclusive os novos membros do Comitê, lembrando mais uma vez que nossas reuniões são abertas ao público em geral. Confira abaixo a Pauta da Reunião:
PAUTA DA XV REUNIÃO ORDINÁRIA


Data: 26 de agosto de 2009 (quarta-feira)
Horário: 08:30h às 12:30 h
Local: IPA – Instituto Agronômico de Pernambuco
Av. General San Martin, 1371 - San Martin - Recife - PE

Assuntos:

1. Abertura: Elcio Barros – Coordenador Geral do CERBCAA/PE;
Júlio Zoé de Brito - Diretor Presidente do IPA
2. Leitura da Ata da XIV Reunião Ordinária – Marcelo Luiz C. Teixeira - Sec. Executivo;
3. Informes – Participantes;
4. Palestra: Ações da CPRH na Caatinga em Pernambuco – Dr. Hélio Gurgel Cavalcanti Presidente da Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos - CPRH;
5. Projeto Bela Caatinga – Cléa Lúcia Presbítero
6. Projeto de Valorização da Caatinga – Elcio Barros/Wilame Jansen
7. Eleição do Vice-coordenador do CERBCAA-PE;
8. Encaminhamentos;
9. Encerramento.

Elcio Barros
Coordenador Geral do CERBCAA/PE

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Gás natural abastece Polo Gesseiro

Por enquanto a distribuição será feita por caminhões
até a conclusão do gasoduto.

A demanda energética do Polo Gesseiro do Araripe deve ser atendida em breve. Esta semana o Governo do Estado garantiu o fornecimento de gás natural para alimentar as calcinadoras de gesso do Sertão pernambucano. O anúncio, feito na semana passada, permitirá que as fábricas que sofriam com a indefinição de uma matriz energética sejam abastecidas pela central do gasoduto Recife/Caruaru, ainda em instalação na cidade do Agreste.
Apesar de o terminal não estar pronto, a distribuição de gás será feita por caminhões. O governador Eduardo Campos assegurou, ainda, isenção fiscal à circulação do combustível, desde que destinado à produção de gesso. “A notícia representa um avanço considerável para o segmento, que é responsável por aquecer a economia sertaneja, e um alívio para os ambientalistas – já que a principal fonte para a queima de gipsita tem sido a madeira da caatinga”, avaliou. A Companhia Pernambucana de Gás (Copergás) calcula investir R$ 3 milhões.
Além disso, foi confirmada a disponibilidade de três mil metros cúbicos de lenha extraídos para viabilizar a Transposição do Rio São Francisco. O volume será direcionado aos produtores de gesso.
O deputado Bringel (PSDB), representando o Araripe, defendeu a “urgência” na implementação das alternativas. “Exposta à ação da chuva e do sol, essa madeira começará a apodrecer e não poderá ser utilizada”, alertou.
O Deputado Raimundo Pimentel sugeriu outra audiência pública para discutir a problemática com os empresários do gesso.
(Fonte: Fisepe)

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Vem aí o Programa de manejo florestal comunitário e familiar


Coordenado pelos ministérios do Meio Ambiente e Desenvolvimento Agrário, o programa vai permitir que ribeirinhos, indígenas, quilombolas, assentados e agricultores familiares recebam capacitação, apoio técnico e recursos financeiros para trabalhar a floresta de forma sustentável a partir dos planos de manejo comunitário. Para se ter uma ideia do alcance da medida, dos 210 milhões de hectares de florestas públicas geridas pelo Serviço Florestal aproximadamente 60% são de uso de comunidades locais, que podem ser atendidas pelo Programa. A eles, somam-se agricultores familiares, 512 mil indígenas que vivem em 105 milhões de hectares de terras, 3.524 comunidades quilombolas já mapeadas pela Fundação Cultural Palmares e 545 mil famílias assentadas na Amazônia Legal. É por meio dos planos de manejo que os habitantes organizam a retirada de madeira e produtos chamados de não madeireiros - óleo, borracha, cascas e frutos - sem esgotar a floresta. O lançamento do programa pelo governo federal atende a uma demanda das próprias comunidades, que em 2007 se mobilizaram em um congresso internacional no Acre para pedir uma política para o setor. As comunidades enfrentam obstáculos que vão desde a baixa articulação social e falta de crédito para comprar equipamentos à dificuldades na aprovação de planos de manejo obrigatórios para esse tipo de exploração econômica. A ideia do programa é agir nesses gargalos. O engenheiro florestal da Associação Plantas do Nordeste, Frans Pareyn, que trabalha com assentados na caatinga, diz que o manejo florestal comunitário pode complementar os ganhos dos habitantes do bioma durante a época de seca. Nesses períodos, o cultivo agrícola não é tão produtivo quanto nos meses de chuva. Segundo ele, uma família pode tirar, em médi a, de dois a três salários mínimos por ano com o manejo. As ações, prazos e atividades do programa vão ser definidos periodicamente em planos anuais de manejo florestal comunitário e familiar. O Serviço Florestal já trabalha na articulação institucional do primeiro deles. A expectativa é que o programa também possa favorecer o fortalecimento da identidade das populações tradicionais, a valorização cultural, atender a toda a cadeia de produção e dar apoio ao escoamento da produção.
(Fonte: Edgar Patrício- O Povo)

sábado, 8 de agosto de 2009

Carvoarias degradam as pessoas e o meio ambiente

Cada caminhão carregado de carvão representa 150 m3
de mata nativa desmatada. (Foto: João Zinclar.)

Presença marcante nos municípios baianos de Barra, Buritirama, Morpará e Muquém do São Francisco, na região do Médio São Francisco, as carvoarias destroem o meio ambiente, exploram trabalhadores e põem em risco as comunidades tradicionais. O principal alvo é o bioma Caatinga, que está sendo devastado, com significativa perda da biodiversidade.

Esta devastação está sendo promovida por carvoeiros de outras regiões da Bahia, ou mesmo de outros estados como Minas Gerais, que é o destino final do carvão, cujo objetivo é alimentar as usinas siderúrgicas mineiras. Da mesma forma, os trabalhadores vêm de diferentes regiões e estão sujeitos a um trabalho superexplorado e, muitas vezes, análogo ao escravo. As atividades variam desde o desmatamento, a construção dos fornos, a carbonização (transformação da lenha em carvão), o ensacamento e o carregamento dos caminhões. Nos municípios citados são conhecidas, pelo menos, cinco grandes carvoarias com centenas de fornos cada uma. Uma das maiores da região possui oficialmente 540 fornos, mas está em processo de ampliação.

Existem também pessoas da própria região que vendem a sua força de trabalho para as carvoarias, a fim de promover uma complementação de renda. O pagamento por produção é uma regra geral na região, onde são fixados valores de referência subestimados para cada serviço, fazendo com que os trabalhadores pratiquem uma jornada mais longa em busca de maiores rendimentos. Em uma carvoaria de Morpará, por exemplo, paga-se R$ 5,00/m³ de lenha, sendo que um trabalhador consegue retirar, com muito esforço, 4 m³ por dia. Aqueles que trabalham na queima da lenha recebem R$ 15,00 para encher o forno e R$ 7,50 para esvaziar (retirar o carvão). Merece destaque o fato de que o carvão é retirado com os fornos ainda quentes, para que sejam imediatamente preenchidos novamente. Além disso, não existem equipamentos de proteção individual. A combinação destes fatos faz com que o trabalho nas carvoarias seja, antes de tudo, um problema de saúde pública.

A qualidade ambiental da região também está ameaçada por esta atividade, uma vez que os moradores já conseguem perceber as mudanças no clima, decorrida cerca de uma década de ação destas carvoarias. Considerando que cada caminhão comporta cerca de 50 m³ de carvão e que para produzir 1 m³ de carvão são necessários 3 m³ de lenha, uma única carga provoca uma destruição de 150m³ de lenha extraída das matas da região.

Estudos revelam que o volume médio de lenha retirado no processo de desmatamento no caso da caatinga arbustivo-arbórea fechada está em torno de 52,6 m³/ha. Desta forma, cada caminhão carregado de carvão provoca a destruição de uma área média de 2,85 ha de matas. Se cada uma das cinco carvoarias conhecidas na região carregar um caminhão por dia, o que está acontecendo segundo relatos de trabalhadores, haverá uma subtração anual superior a 6 milhões de árvores e arbustos, que correspondem a mais de 5.200 ha de caatinga nativa destruído em apenas um ano.

Diante de tal situação, moradores de comunidades tradicionais vizinhas a estas carvoarias temem sofrer outros efeitos, além dos que já são perceptíveis. Apesar de ocupar áreas muito grandes, como a fazenda Calumbi em Buritirama, que explora mais de 18.000 ha, a população da região avalia que no atual ritmo de uso das matas, não será possível manter uma regularidade no funcionamento das carvoarias sem extrapolar as áreas utilizadas atualmente.

Por isto, as comunidades que estão ao redor destas carvoarias se preocupam em ter suas terras cobiçadas. Esta possibilidade se amplia pela grande conservação das matas destas comunidades, que apresentam outra relação com o meio ambiente, cultivando alimentos e criando animais em pasto comum natural, nos chamados Fundos de Pasto. Existe um grande receio de que, na falta de madeira em suas terras, as carvoarias comecem a entrar nas matas das comunidades para a retirada de lenha.

Enfim, diante das atuais constatações dos pesquisadores sobre os efeitos das mudanças climáticas, que revelam um quadro extremamente preocupante e sugerem uma mudança de postura de todos os países na relação com o meio ambiente, é cada vez mais urgente uma fiscalização rígida destas carvoarias. Nesta região existem denúncias que precisam ser apuradas que variam desde o funcionamento clandestino de carvoarias, que compram “notas frias” de outras que são licenciadas, até mesmo tráfico de drogas e trabalho escravo.

Fonte: Informe da Comissão Pastoral da Terra – Regional Bahia, publicado pelo EcoDebate

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Burle Marx inovou nas praças e paisagens do Recife. A vegetação é típica de caatinga.

Praça Euclides da Cunha tem vegetação sertaneja no
bairro da Madalena, em pleno Recife. Foto: Carly Falcão/JC Online


Nesta terça-feira (4) foi comemorado o centenário de nascimento de um dos mais importantes arquitetos do Brasil, o paisagista Roberto Burle Marx. Nascido em São Paulo, a 4 de agosto de 1909, o filho de mãe pernambucana ficou conhecido mundialmente por incorporar em seus trabalhos o conceito da preservação ambiental.No Recife, Burle Marx fez questão de deixar seu legado em vários locais, assinando 24 jardins públicos e 32 privados. Pintor, designer, arquiteto, paisagista, artista plástico e tapeceiro, o também botânico autodidata era apaixonado pela flora brasileira. Em suas obras, procurava usar sempre plantas raras e exóticas. Na Praça Euclides da Cunha, localizada na Madalena, por exemplo, há um pequeno sertão dentro da cidade grande. A vegetação é típica da caatinga (mandacaru, palma, cactos e outros).
Construídas há anos, as praças enchem os olhos de quem passa por perto. Alguns são só elogios, mas, para outros, a situação poderia ser melhor. A Praça de Casa Forte, apesar de haver ganhado, por voto popular, o prêmio Adote o Verde em 2007 e 2008, promovido pela Prefeitura do Recife, é alvo de críticas dos moradores do entorno - eles reclamam da falta de uma fiscalização constante no local. Segundo eles, parte da área se transforma em um lava a jato a céu aberto de carros, roubando água e energia elétrica da praça diariamente.
(Fonte: Carly Falcão do JC Online)

terça-feira, 4 de agosto de 2009

APA das Onças: um belo roteiro do turismo ecológico da Paraíba

Onça pintada

Relevo e vegetação de regiões de caatinga guardam belezas naturais e uma fauna diversificada que pode ser encontrada no Cariri Paraibano. Esse é o cenário que moradores e visitantes acostumaram a ver na Área de Proteção Ambiental das Onças (APA das Onças), no município de São João do Tigre. O local é gerenciado pela Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) e, nesta quarta-feira (5), será o principal ponto de pauta de uma reunião que vai ocorrer na Câmara Municipal daquela cidade.
Foram convidados ambientalistas, políticos que atuam na região e a população em geral, com o propósito de traçar um plano emergencial para a preservação da APA.O lugar ocupa uma área de 400 mil hectares e constitui uma unidade de conservação do Governo do Estado, sob a tutela da Sudema. Lá, as pessoas podem encontrar uma variedade de espécies de vegetações típicas da caatinga, que decoram vales, planícies, topos de morro e uma cachoeira. Em harmonia com a natureza vivem onças, papagaios, macacos, lobos guarás, veado campeiro, tamanduás, raposas e uma infinidade de pássaros.
O assessor técnico da Sudema, Rogério Ferreira, entende que um plano de ação para divulgar e promover o turismo na região vai garantir a preservação das espécies e das plantas nativas. “Também queremos divulgar o trabalho das rendeiras, que ainda na infância aprendem o oficio de confeccionar as mais variadas peças. Para ver o trabalho da tradicional renda renascença basta caminhar pelas ruas da cidade”, informou.
Localizada na região da Serra da Borborema, a cidade de São João do Tigre fica a 243 quilômetros de João Pessoa e a 577 metros de altitude em relação ao nível do mar. A população foi estimada em 4.707 habitantes, conforme o Censo 2008 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ainda inexplorada como roteiro turístico ecológico, a APA das Onças guarda importantes sítios arqueológicos e paleontológicos. Cerca de 30 deles já foram encontrados e catalogados por pesquisadores. São inscrições rupestres, peças líticas e cemitérios indígenas.
Um dos cemitérios encontrados data de 700 anos atrás e foi catalogado pelo professor Juvandi Santos, da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Atualmente, o acervo histórico serve como roteiro turístico da região e fonte de renda para os moradores. Por exemplo, o visitante encontra gente que trocou a espingarda de caça por uma máquina digital e agora trabalha como guia.

domingo, 2 de agosto de 2009

DESTRUIDORES DA HISTÓRIA - O Parque Nacional do Catimbau em perigo.


Vândalos agem sem controle nos sítios arqueológicos.
O Parque Nacional do Catimbau em Pernambuco também está em perigo.


O Brasil é dono de um dos mais extensos e diversificados conjuntos de arte rupestre do mundo. Dele, conhece-se apenas uma pequena parte. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) registra a existência de 2 000 sítios arqueológicos com pinturas e inscrições pré-históricas, mas estima-se que esse número possa ser dez vezes maior. Esses registros gravados em rochas datam de até 40 000 anos atrás e constituem um patrimônio precioso e frágil por natureza, exposto que é à ação do tempo e das mudanças climáticas. No Brasil, a essa agressão inevitável soma-se uma praga vergonhosa. Aqui, o grande inimigo da conservação é o vandalismo. Pinturas milenares têm sido depredadas por pichações, fogueiras, gado – e até por cartazes de propaganda eleitoral. Em janeiro deste ano, no Parque Nacional do Catimbau, em Pernambuco, inscrições rupestres feitas há 6 000 anos foram destruídas depois de uma disputa entre guias que trabalhavam informalmente na região. Um deles sentiu-se lesado pelos colegas e jogou um balde de tinta vermelha sobre os desenhos. Até hoje ninguém foi indiciado.
Nos precários levantamentos do Iphan, a depredação atinge 3% do patrimônio. Levantamentos feitos por instituições estaduais dão uma ideia mais precisa do problema. A Universidade Estadual da Paraíba está fazendo o Mapa da Destruição no estado, cujo tesouro mais precioso é a Pedra do Ingá, um bloco de 24 metros de largura e 3 de altura coberto de grafismos misteriosos. Até agora, pesquisadores visitaram 44 sítios e encontraram marcas de vandalismo em 38 deles. Outra equipe, da Universidade Federal da Bahia, localizou dezoito casos de depredação em 120 sítios pesquisados no estado. País afora esse panorama desolador se repete, sem que se tome providência alguma para barrar a destruição.
O patrimônio rupestre conhecido até agora no Brasil não tem a mesma beleza dos desenhos de locais célebres como as grutas de Lascaux, na França, e de Altamira, na Espanha. Mas os cerca de 20 000 sítios formam uma das maiores concentrações do mundo de pinturas ainda não estudadas. Eles estão espalhados por todo o país e guardam desenhos de diferentes períodos. Alguns são inscrições geométricas, outros sugerem animais, rituais, cenas de luta. São uma ferramenta importante para os estudos sobre o processo de ocupação do continente americano, além de seu valor como registro artístico. Sua destruição é preocupante porque recai sobre material que ainda não foi sequer cadastrado e examinado. Desde 1961, o Iphan é responsável pela fiscalização desses sítios. Mas, até 2006, em seu quadro havia apenas seis arqueólogos. Atualmente há quarenta, um efetivo ainda ínfimo. "São milhares de sítios, muitas vezes em locais de difícil acesso, e pinturas isoladas, que ficam a centenas de quilômetros umas das outras. É impossível vigiar tudo", diz o diretor do Departamento de Patrimônio Material e Fiscalização do Iphan, Dalmo Vieira Filho.
(Fonte: Revista Veja - Marcelo Bortoloti - Edição 05/08/2009)






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