sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Comitê da Caatinga se reúne em Serra Talhada e Triunfo

Elcio Barros e membros do Comitê em reunião com o Prefeito e Vice de Serra Talhada(PE)

Na última terça-feira, 17.02 o CERBCAA-PE esteve nos municípios de Serra Talhada e Triunfo, dando continuidade as ações iniciadas no mês de outubro de 2009 quando da realização do "I Seminário sobre Criação de RPPNs -Reserva Particular do Patrimônio Natural". A primeira atividade realizou-se na prefeitura local, com a presença do coordenador Elcio Barros e membros do CERBCAA-PE: Guaracy Cardoso do GDMA- Grupo de Defesa do Meio Ambiente, Rivaneide Almeida do CECOR - Centro de Comunicação Rural, Homem Bom Magalhães da Central das Associações Rurais e Urbanas de Serra Talhada - CENTRASS, e o Prefeito e o vice-prefeito de Serra Talhada, respectivamente: Carlos Evandro e Luciano Duque. Inicialmente, o coordenador do Comitê, falou sobre as atividades do CERBCAA-PE, seus objetivos, sua composição e a intenção do comitê de incentivar e apoiar a criação de Unidades de Conservação na Caatinga, especificamente a criação de RPPNs que após a realização do Seminário sobre este tema em Serra Talhada, seis proprietários rurais locais demonstraram interesse na criação de RPPNS. A intenção do Comitê de realizar gestões junto ao órgão ambiental de Pernambuco, a CPRH, para que a Serra que dá nome a cidade, e que está em acelerado processo de degradação seja transformada em Unidade de Conservação, seja por iniciativa de qualquer nível de governo: federal, estadual e municipal. O prefeito Carlos Evandro, disse que tem preocupação semelhante a do Comitê, sobre processo acelerado de degradação da Caatinga e a importância de conservá-la. O Prefeito Evandro disse que tem uma propriedade com caracteristicas representativas da caatinga e que tem interesse em protegê-la através da criação de uma RPPN. Quanto a criação de uma Unidade de Conservação na Serra Talhada, concorda com a sugestão do Comitê e que inclusive o Plano Diretor do município prevê a criação desta unidade. O Prefeito colocou-se à disposição para apoiar a implantação deste objetivo. O prefeito recebeu das mãos do Coordenador do Comitê um formulário de requerimento da CPRH para a criação de RPPN e as informações sobre que documentos a mais são exigidos dos interessados em criarem RPPN. Quanto a criação da Unidade de Conservação da Serra Talhada, ficou o vice-prefeito de marcar uma audiência com o presidente da CPRH, para que este assunto seja discutido, inclusive com a presença de representantes do CERBCAA-PE. Outra reunião foi realizada na sede do CECOR, com a participação de proprietários rurais interessados em criarem RPPN, em que dois destes proprietários receberam os formulários de requerimento da CPRH e as informações sobre os procedimentos para obterem o título de reserva particular do patrimônio natural No mesmo dia, o coordenador do Comitê e o Sr. Guaracy Cardoso, estiveram no município de Triunfo, onde se reuniram com o Sr. João Diniz e seu filho Felipe, que têm interesse em transformarem parte da propriedade deles, chamada Carro Quebrado, em RPPN. Esta propriedade foi visitada no último mês de outubro, quando da realização do Seminário em Serra Talhada, pelos membros do CERBCAA-PE citados acima e por professores e alunos da UFRPE/UAST. Estas atividades realizaram-se contando com o apoio do IPA, que forneceu veículo com combustível para realização desta viagem.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Projeto São Francisco e a proteção da biodiversidade da caatinga


O bioma caatinga tem uma surpreendente diversidade de vida animal, que está sendo desvendada e conservada por meio do Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional. “O Projeto São Francisco está dando a oportunidade de revelar o que é realmente a caatinga. Nós temos aqui mais de 30 espécies de formigas, entre 280 e 300 de aves e outras 48 de répteis, só para dar alguns exemplos”, avalia o professor Luiz Cezar Machado Pereira, pesquisador da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), cuja equipe trabalha para conservar espécies da Fauna e da Flora nativas, protegendo-as durante a construção do canal. No total, o Projeto inclui 36 Programas Básicos Ambientais foram criados para minimizar os impactos ambientais da construção dos canais do Eixo Norte, projetado para rasgar 426 quilômetros da caatinga, e do Eixo Leste, de 287 quilômetros. O resgate de centenas de espécies com vida só é possível graças ao apuro do critério técnico. Com ele vêm as surpresas. A própria comunidade científica sempre achou que a caatinga era pobre, por exemplo, em anfíbios. Não é. Um exemplo é a presença da perereca verde, da espécie Phyllomedusa nordestina, não esperada na caatinga. Num só dia de trabalho, os técnicos encontraram 30 exemplares dela. Mais uma demonstração de que as informações da comunidade científica sobre a caatinga são “escassas”, na avaliação do professor Luiz Pereira. “A conservação da natureza acontece quando se protege e se leva desenvolvimento à comunidade. Isso é desenvolvimento sustentável”, defende Pereira. A expectativa em torno da publicação de trabalhos sobre esse bioma, daqui para frente, é grande, principalmente no campo da zoologia. Em breve surgirão trabalhos científicos informando com riqueza de detalhes técnicos, por exemplo, que a caatinga é similar ao cerrado brasileiro em relação à diversidade das espécies de mamíferos que ocorrem em cada um desses biomas. Multidisciplinar – Biólogos, arqueólogos, botânicos, engenheiros vêm colecionando surpresas no canteiro de obras. Há trechos de caatinga que parecem danificados pela ação humana, mas isso não é verdade. O rareamento da vida selvagem é natural. “Para entender isso é preciso entender de solo, de geologia, de relevo, fauna, flora, arqueologia e a comunidade humana atual. É preciso interação de conhecimentos. Não dá para separar”, explica Pereira. Primeiro, os técnicos dividem a área em talhões (lotes) e precisam seguir uma escala cronológica para suprimir a vegetação nesses talhões. Antes do corte da vegetação, porém, a equipe de fauna afugenta principalmente os animais vertebrados (mamíferos de médio e grande porte como veado caatingueiro, e o tamanduá- mirim). “A passagem dos arqueólogos antes da equipe de fauna e flora é importante para avaliar o que havia no local há 10 mil, 20 mil anos.
Assim, o Ministério da Integração Nacional segue as instruções do Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que concedeu a licença para a implantação do projeto, a chamada LI (Licença de Instalação). A LI determina que toda a supressão da vegetação no canal e reservatórios tem que ser acompanhada de resgate da fauna e do germoplasma (recursos genéticos de uma espécie). Para acontecer o resgate é preciso haver um bom plano de supressão vegetal. “As duas ações têm que ser muito concatenadas”, enfatiza o pesquisador da Univasf.
Univasf localiza nova serpente
Uma equipe da Universidade do Vale do São Francisco (Univasf) localizou, na última segunda-feira, uma nova ocorrência de serpente do gênero thamnodynastes. O animal foi encontrado no município de Salgueiro, Sertão pernambucano. “O bicho coletado em área por onde passa o Projeto de Integração do Rio São Francisco pode ser uma nova espécie ou uma ocorrência nova. Mas já sabemos que é, no mínimo, uma ocorrência nova”, explica o professor Luiz Cezar Machado Pereira no site do Ministério da Integração. Com o projeto, a Univasf está implantando o primeiro centro de recuperação de animais silvestres da região. Trata-se do Centro de Manejo de Fauna da Caatinga, com sede em Petrolina, na mesma região.
(Fonte: JC - 18.02.09)

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Governador assina decreto e altera o CERBCAA/PE

Governador Eduardo Campos (Foto: Luciano Hamilton - SEI)

O Governador do Estado de Pernambuco, através do Decreto nº 32.993, de 06 de fevereiro de 2009, publicado no Diário Oficial do Estado em 07.02.2009, alterou o Decreto nº 27.934 de 18.05.2005 que criou o Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Caatinga no Estado de Pernambuco. Leia abaixo a íntegra do Decreto.

DECRETO Nº 32.993 , DE 06 DE Fevereiro DE 2009.

Altera o Decreto nº. 27.934 de 18 de maio de 2005, que cria o Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Caatinga no Estado de Pernambuco, e dá outras providências.

O GOVERNADOR DO ESTADO, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 37, incisos II e IV, da Constituição Estadual,

DECRETA:

Art. 1º Os artigos 4º, 5º e 9º do Decreto 27.934, de 18 de maio de 2005, que cria o Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Caatinga no Estado de Pernambuco CRBCAA/PE, passam a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 4º O Comitê da Reserva da Biosfera da Caatinga no Estado de Pernambuco - CRBCAA/PE tem a seguinte estrutura:

I - 01 (um) Coordenador;

II - 01 (um) Vice-Coordenador;

III - 01 (um) Secretário Executivo; e

IV – Plenário.

§ 1º O Plenário será constituído pelos membros representantes dos órgãos e entidades indicados no art.5º deste Decreto.

§ 2º O Coordenador, o Vice-Coordenador e o Secretário Executivo do CRBCAA/PE serão escolhidos pelo Plenário, através de eleição, por maioria simples dos votos dos membros presentes.”

“Art. 5º O CRBCAA/PE será composto, paritariamente, por 34 (trinta e quatro) membros, abaixo relacionados, sendo 17 (dezessete) representantes de órgãos e entidades governamentais e, 17 (dezessete), representantes da sociedade civil:

I – 01 (um) representante da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente do Estado de Pernambuco;

II – 01 (um) representante da Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco;

III – 01 (um) representante da Secretaria Especial de Cultura do Estado de Pernambuco;

IV –01 (um) representante do Instituto Agronômico de Pernambuco - IPA;

V – 01 (um) representante da Universidade de Pernambuco - UPE;

VI - 01 (um) representante da Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos - CPRH;

VII – 01 (um) representante do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA;

VIII - 01 (um) representante da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba - CODEVASF;

IX – 01 (um) representante da Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias - EMBRAPA SEMI-ÁRIDO;

X – 01 (um) representante da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste - SUDENE ;

XI – 01 (um) representante da Universidade Federal de Pernambuco - UFPE;

XII – 01 (um) representante da Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE;

XIII – 01 (um) representante da Universidade Federal do Vale do São Francisco -UNIVASF;

XIV – 01 (um) representante do Centro Federal de Educação Tecnológica de Petrolina - CEFET;

XV – 01 (um) representante das Prefeituras Municipais na área da Reserva da Biosfera da Caatinga, indicado pela Associação Municipalista de Pernambuco - AMUPE;

XVI – 01 (um) representante do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMbio;

XXVII – 01 (um) representante do Instituto de Tecnologia de Pernambuco - ITEP;

XVIII - 01 (um) representante da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Pernambuco - FETAPE;

XIX – 01 (um) representante da Comunidade Científica, indicado pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Regional Pernambuco;

XX – 01 (um) representante da Universidade Católica de Pernambuco - UNICAP;

XXI - 01 (um) representante da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco - FIEPE;

XXII – 01 (um) representante da Associação dos Amigos do Meio Ambiente de Gravatá – AMAGRAVATÁ;

XXIII – 01 (um) representante da Federação de Associações de Produtores de Caprinos e Ovinos do Estado de Pernambuco – FAPCOEP;

XXIV – 01 (um) representante da organização não-governamental Associação Plantas do Nordeste - APNE;

XXV - 01 (um) representante da organização não-governamental Eco-Nordeste, do Município de Garanhuns;

XXVI – 01(um) representante da organização não-governamental Centro de Educação Comunitária Rural - CECOR, do Município de Serra Talhada;

XXVII – 01 (um) representante da organização não-governamental EMA - Ecologia e Meio Ambiente, do Município de Floresta;

XXVIII – 01(um) representante da organização não-governamental Central das Associações Rurais e Urbanas de Serra Talhada - CENTRASS;

XXXIV – 01 (um) representante da organização não-governamental Caatinga, do Município de Ouricuri.

XXX – 01 (um) representante do Grupo de Defesa do Meio Ambiente – GDMA, do Município de São Caetano;

XXXI – 01 (um) representante da Associação Umburanas do Vale do Moxotó, do Município de Ibimirim;

XXXII – 01 (um) representante da Associação S.O.S Caatinga, do Município de Floresta;

XXXIII – 01 (um) representante da Organização das Cooperativas Brasileiras - OCB;

XXXIV – 01 (um) representante da Associação dos Proprietários de Reservas Particulares do Patrimônio Natural – RPPN/PE;

§ 1º...............................................................................................................................

§ 2º...............................................................................................................................

§ 3º Em caso de extinção de qualquer entidade civil representada no CRBCAA/PE, sua substituição será procedida na forma prevista em seu Regimento Interno.”

“Art. 9º O Plenário do CRBCAA/PE reunir-se-á e deliberará na forma estabelecida em seu Regimento Interno.”

Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário.

PALÁCIO DO CAMPO DAS PRINCESAS, em 06 de fevereiro de 2009.

EDUARDO HENRIQUE ACCIOLY CAMPOS
Governador do Estado

Aristides Monteiro Neto

Ângelo Rafael Ferreira dos Santos

Luiz Ricardo Leite de Castro Leitão

Lincoln dos Santos Cruz Oliveira Filho

Danilo Jorge de Barros Cabral

Paulo Henrique Saraiva Câmara

Francisco Tadeu Barbosa de Alencar

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Serra das Almas: Um Santuário na Caatinga

Numa transição entre o cinza e o verde, a paisagem da Serra das Almas
prova a viabilidade da conservação natural


Não há somente locais esquecidos ou desprovidos de serviços básicos na área de litígio do Ceará com o Piauí. No município de Crateús, a 354km de Fortaleza, a Reserva Natural Serra das Almas, mantida pela Associação Caatinga, é um verdadeiro paraíso de conservação do bioma Caatinga, historicamente agredido e devastado em todo o Nordeste. Com 20% do território de 6.146 hectares situado na área litigiosa e o restante em solos cearense e piauiense — ainda assim, em meio a dúvidas acerca da localização geográfica — a reserva abriga 193 espécies de aves, 42 tipos de mamíferos, 38 de répteis e 20 de anfíbios, além de 419 espécies de plantas.Neste começo de ano, a paisagem da reserva transita do cinza para o verde, resultado das primeiras chuvas que caem na região dos Inhamuns. Logo no caminho de chegada, é possível se encantar com diversas espécies de pássaros, de cantos e cores variados. Ao adentrar na reserva, não é preciso muita sorte para ver um soim ou um macaco correndo entre os galhos secos. Os mais corajosos podem esperar a aparição da onça parda, ameaçada de extinção. Entre outras espécies que correm o risco de serem extintas podem ser citadas o gato maracajá e aves como o paturi-preto, o pica-pau anão e o bico-virado, além de plantas endêmicas da Caatinga.Em alguns trechos da reserva, há vegetações de primeira natureza, que nunca foram devastadas. Mais uma paisagem rara é a mata seca, variação da Caatinga com plantas de grande porte que se desenvolvem em áreas acima de 700 metros de altitude. Outro bem natural que nasce na área de litígio e atravessa a reserva é o Rio Poti, cujo curso segue em direção ao Ceará. Quatro trilhas são opção de lazer para os turistas, que podem agendar uma visita por telefone ou por e-mail. Em 2005, foi reconhecida pela Unesco como primeiro posto avançado da reserva da biosfera da Caatinga.


Reserva particular: O espaço foi criado em 2000 pela Associação Caatinga, que recebeu doação da ONG internacional The Nature Conservancy. As terras integram uma Reserva Particular do Patrimônio Nacional (RPPN) adquirida pelo norte-americano Samuel Johnson. A sede da reserva, no topo, possui centro ecológico de pesquisa e conservação e estrutura para hospedagem. O Centro Ecológico Samuel Johson, na parte de baixo, tem estrutura para cursos de capacitação e visitas educativas. Segundo o gerente da reserva, Ewerton Torres, a serra leva o nome de “Almas” com base no folclore: décadas atrás, moradores do Piauí seguiam para Crateús caminhando, levando doentes em redes. Quando os enfermos faleciam, os corpos eram enterrados ali mesmo, na serra. Vez por outra, os quatro guardas que ajudam na manutenção e na segurança da reserva encontram cruzes no chão. Além de conservar o bioma, a Associação Caatinga desenvolve projetos de ecodesenvolvimento nas comunidades localizadas no entorno da Serra das Almas, algumas delas na região de litígio do Ceará com o Piauí. Entre as iniciativas, estão a meliponicultura — criação de abelhas nativas para produção de jandaíra, a produção de sabonetes artesanais a partir de plantas nativas como aroeira e malva e a construção de cisternas de placa. Outra ação importante visa combater o desmatamento na área, muito comum entre as famílias que vivem da agricultura. Para isso, a Associação Caatinga produz mudas de plantas nativas para o reflorestamento de áreas degradadas e realiza encontros com as comunidades para demonstrar que, com o uso de técnicas sustentáveis, é possível preservar o meio ambiente e garantir renda a partir da natureza — como provam as vendas de mel e sabonete. Sustentabilidade : “É muito difícil você convencer os agricultores a preservar a Caatinga. No começo, eles olharam com certa desconfiança, pois eram acostumados a explorar demasiadamente as florestas, tirar lenha, queimar, plantar e procurar outras áreas para derrubar. Mas, aos poucos, a gente vai passando os conceitos de desenvolvimento sustentável”, explica o gerente. Ele lembra que algumas áreas próximas à reserva enfrentam um processo acelerado de degradação e desertificação, daí a necessidade de preservar.
(Fonte: Diário do Nordeste)
Leia mais em: Biodiversidade no Semi-árido

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Parque Nacional das Sete Cidades

Foto Ibama
De acordo com vários historiadores brasileiros, as formações encontradas no Parque Nacional de Sete Cidades abrigaram a nação indígena Tabarana, formada pelas tribos dos Quirirus e dos Jenipapos. A área dominada por este grupo se limitava ao norte pela região costeira, a oeste pelo rio Parnaíba, ao sul pelo rio Poty e a Leste pela Serra da Ibiapaba. O Parque foi criado em 1961, para contribuir no processo de preservação local.Fauna: As espécies mais comuns no parque são suçuarana, veado-mateiro, tatu verdadeiro, mocó, jacu, iguana, paca, tamanduá-mirim, cutias e várias répteis. É uma área de transição entre cerrado e caatinga, onde as espécies do primeiro tipo dominam, acompanhadas de manchas de campos abertos Inundáveis e matas ciliares. Atrações: Não deixe de visitar as piscinas naturais e cachoeiras, além dos monumentos geológicos e pinturas rupestres. O Parque é aberto à visitação o ano inteiro, sendo que as visitas podem ser feitas durante toda a semana, entre as 8h e às 17h. Localização e acessos: Fica no norte do Estado do Piauí, nos municípios de Brasileira e Piracuruca. Há duas formas de se chegar ao Parque. Uma delas é através do trecho Piripiri-Fortaleza, da BR-222, e a outra é através da BR-343, estrada que liga Teresina a Paranaíba. Área7,7 mil ha Temperatura Média AnualEntre 24 e 26°Infra-estruturaO Parque conta com alojamento para pesquisadores e Centro de Visitantes (com sala para exposição e sala de áudio-visual). A época mais indicada para visitação vai de dezembro a junho, quando o clima é mais ameno. A entrada no Parque custa R$ 3 por pessoa. As visitas são preferencialmente guiadas, e os preços dos serviços dos guias são afixados pelo Ibama. (Fonte:Ecoturismo Autor: Ana Karla Rodrigues)
Mais informaçõesFone: (86) 343-1342

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Sectma apresenta Plano de Combate à Desertificação




A Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente de Pernambuco apresentou, na manhã da última terça-feira, 03, ao Conselho Estadual de Desenvolvimento Sustentável de Pernambuco (CDS-PE), o Plano Estadual para Combate à Desertificação. A apresentação ocorreu na sede da Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária. O Plano apresentado por Maurício Aroucha, articulador governamental do Plano de Combate à Desertificação, destacou a importância para políticas públicas e articulação com outras secretarias e órgãos estaduais. “Através da integração de diversos segmentos e instituições, por meio de um processo participativo, podemos mobilizar a sociedade civil, a iniciativa privada, conselhos municipais, sindicatos e ONGs para colaborar com a formação do programa”, comenta. Aroucha também destacou a vulnerabilidade da região quanto ao problema da desertificação. “A desertificação é global e 1/3 das terras do planeta se encontram degradadas. Só no Nordeste Brasileiro, cerca de 86% das áreas são suscetíveis à desertificação” finalizou. Dentro do planejamento do Plano de Combate à Desertificação, a Sectma vai promover cinco oficinas (duas no Agreste e três no Sertão) até junho desse ano. O objetivo é colher contribuições para a construção do Programa. As reuniões acontecerão nos municípios de Taquaritinga, Garanhuns, Triunfo, Salgueiro e Petrolina, e contam com a participação de representantes de todas as mesorregiões do Sertão e Agreste Pernambucano.

A Universidade Federal Rural de Pernambuco e o Comitê Estadual celebram o Dia Nacional da Caatinga

Marcelo, Suassuna, Rita, Ednilza e Márcio (CERBCAA/PE) João Suassuna (Fundaj) Márcia Vanusa (UFPE) Francis Lacerda (IPA) e Jo...