sábado, 5 de fevereiro de 2011

Na Caatinga em Pernambuco, o extrativismo do umbu garante renda para agricultores.


O extrativismo do umbu (ou imbu), fruta nativa do Semiárido brasileiro,
 gera renda para famílias de agricultores - Foto: Umbu - http://www.midiaville.com.br/

O extrativismo do umbu (ou imbu), fruta nativa do Semiárido brasileiro, está gerando renda para diversas famílias de agricultores na comunidade de Icozeiro, zona rural de Petrolina (PE). Cerca de 20 mulheres foram qualificadas pela Codevasf para comercializar o umbu na forma de polpa, doce, geleia e a fruta in natura. O beneficiamento do umbu é uma das ações do Projeto Pontal Sequeiro, programa oferecido pela Codevasf e desenvolvido pela empresa Projetec, para capacitação e treinamento das famílias desapropriadas pelo projeto irrigado.
O umbu colhido na área de sequeiro do Projeto Pontal é vendido para a Associação Comunitária dos Produtores Rurais do Icozeiro por preços que variam conforme a destinação da fruta: mesa ou processamento. De acordo com a vice-presidente da Acopri, Eliete de Souza Rodrigues, a produção de polpa, doce e geleia de umbu, da marca Vale do Pontal, já está disponível para compra em Petrolina, além de fazerem parte do cardápio de 20 entidades mantidas pela prefeitura municipal.
Eliete Rodrigues conta que, em 16 anos de existência, a Acopri nunca teve uma atividade rentável para seus associados e só agora, com a existência do Projeto Pontal Sequeiro, estão conseguindo levantar fundos de forma simples e barata. Com as primeiras vendas das guloseimas derivadas do umbu, a Associação já adquiriu equipamentos como freezers, balança eletrônica, fogões e contentores. A agricultora aposentada Maria das Graças relata que a extração e o beneficiamento do umbu, em menos de 15 dias, praticamente dobrou sua renda familiar. “Parece que é melhor que plantar feijão”, afirma.
Segundo dados da Projetec, seis toneladas de umbu já foram colhidas no Pontal. A expectativa é que 25 toneladas da fruta sejam extraídas até março quando termina a safra. De acordo com o coordenador da Assistência Técnica e Extensão Rural do Projeto Pontal Sequeiro pela Projetec, Clóvis Guimarães, mais de dez mil pés de umbu foram mapeados no Pontal, contudo, até agora, as frutas estão sendo colhidas em menos de ¼ dos umbuzeiros, chamada de “a árvore sagrada do sertão”, segundo o escritor Euclides da Cunha, autor do livro “Os Sertões” (1902).
(Fonte: Codevasf)

A Universidade Federal Rural de Pernambuco e o Comitê Estadual celebram o Dia Nacional da Caatinga

Marcelo, Suassuna, Rita, Ednilza e Márcio (CERBCAA/PE) João Suassuna (Fundaj) Márcia Vanusa (UFPE) Francis Lacerda (IPA) e Jo...