segunda-feira, 30 de novembro de 2009

O Planeta Terra respirando



Deixemos a nossa Terra respirar. Imagens valem mais que mil palavras.

Produtos da Caatinga e do Cerrado ganharão destaque nos próximos anos



Organizações produtivas do interior do Nordeste estão acessando o mercado a partir da construção da Rede Bodega
de Produtos Sustentáveis do Bioma Caatinga; sabores exóticos de frutas regionais estarão em breve em picolés, sorvetes e sucos
Foto: Óleo de babaçu (Sebrae)



Por Regina Xeyla

Picolé de açaí, ou de açaí com banana, além de sucos de maracujá da caatinga e de açaí com guaraná. Esses são algumas das novidades que turistas do mundo inteiro vão encontrar ao chegar no Brasil em 2014 e 2016, anos de Copa do Mundo e da Olimpíada, respectivamente.
Por trás desses produtos de sabores exóticos está um importante e amplo trabalho da Rede Bodega de Produtos Sustentáveis do Bioma Caatinga que beneficia 2.500 famílias do Cerrado, da Caatinga e da Amazônia.
A organização não-governamental Agendha é responsável por tecer os fios dessa rede, que trabalha com base nos princípios do comércio justo e solidário. A ONG foi criada em 2003 para a realização de serviços de assessoria e gestão em estudos da natureza, desenvolvimento e agroecologia.
Sua atuação prioritária é na Zona Semi-Árida e Sub-Úmida Seca do Nordeste, mais precisamente no Bioma da Caatinga. Ela busca construir uma estratégia permanente de comercialização dos produtos da sociobiodiversidade e simultaneamente a divulgação, sensibilização e efetivação das potencialidades das caatingas e de seus agentes.
Recentemente a Rede Bodega assinou convênio com a Associação Brasileira das Indústrias de Sorvete (Abis) e com a empresa Atrium Ingredients Business, e obteve apoio do Acordo de Cooperação entre a República Federativa do Brasil e a República Federal da Alemanha. A parceria via possibilitar a criação de sorvetes e sucos tendo como matéria-prima os frutos da Caatinga, do Cerrado e da Amazônia.
“Os eventos previstos para os próximos anos no Brasil - entre eles, a Expo Mundo em 2016 - serão uma chance única para divulgar esses sabores diferenciados, tão pouco conhecidos em nível nacional e internacional”, afirma Maurício Lins Arocha, responsável pelos produtos da sócio-biodiversidade na Agendha.
O convênio visa promover a qualidade e sustentabilidade dos empreendimentos da agricultura familiar, que têm como base a responsabilidade sócio-ambiental, o comércio ético, justo e responsável. Serão produzidos picolés, sorvetes, polpas e sucos de 30 frutas do Cerrado, da Caatinga e da Amazônia. “Os primeiros produtos já criados são os picolés nos sabores de açaí, açaí com banana, além de sucos de maracujá da caatinga e de açaí com guaraná”, conta. Como estratégia de divulgação, esses produtos terão suas informações traduzidas em 20 idiomas.
Maurício Lins Arocha, a Caatinga e o Cerrado não têm recebido a devida valorização e divulgação que merecem. “O Capitulo VI, § 4º da Constituição Federal não prevê esses importantes biomas como patrimônio nacional, abrangendo apenas a Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira”, lamenta. Segundo ele, as famílias que vivem nesses ecossistemas conseguem extrair matérias-primas para produzir mais de 800 produtos. “Dos 28 milhões de brasileiros que habitam o Bioma Caatinga, estima-se que 38% vivam em áreas rurais”.
A Rede Bodega de Produtos Sustentáveis do Bioma Caatinga nasceu em 2005. Trata-se de uma rede de organizações sociais que coletam, cultivam, criam e beneficiam produtos da Caatinga. Ela também busca comercializar os produtos na perspectiva de relação justa e solidária, incentivando o consumo saudável e sustentável. A Rede é tecida por 30 organizações ecoprodutivas dos estados do Rio Grande do Norte, Bahia, Ceará, Pernambuco e Alagoas, que formam o Bioma da Caatinga/Nordeste.
Os produtos dessas organizações, formadas por cooperativas, associações, grupos e entrepostos, são comercializados de forma itinerante em de feiras, rodadas de negócios e exposições locais, nacionais e internacionais. Também há vendas no mercado institucional, por meio de parcerias público-privadas e pelo blog da Rede. Ao todo são 682 produtos, entre alimentos, bebidas, artesanato e serviços. As bodegueiras, como são chamadas as mulheres que lideram as redes, são responsáveis por dar apoio às organizações da sua localidade.
“O nome Bodega trás à luz a denominação histórica e cultural de pequenos e diversificados estabelecimentos comerciais”, explica Maurício. A Rede também aproxima, por meio de palestras de orientação, as organizações e os programas institucionais do Governo Federal, como o Programa Aquisição de Alimento (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Maurício explica que alguns grupos da rede já fornecem para a rede de lojas da Tok Stok e para o Pão de Açúcar.




sábado, 28 de novembro de 2009

Da Dinamarca para a Caatinga


 
Por Alexandrina Sobreira de Moura
 (Publicado no JC Edição 28.11.2009)

A poucos dias do início da 15ª Conferência das Partes sobre o Clima (COP 15), a, que será realizada de 7 a 18 de dezembro em Copenhague, reunindo 192 membros das Nações Unidas, a expectativa mundial é de que se firme um acordo para reduzir as emissões de gases que provocam o efeito estufa substituindo o Protocolo de Kioto.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda precisa falar mais alto para chegar a um acordo sobre a proposta brasileira. O Ministério do Meio Ambiente (MMA) propõe uma meta ambiciosa pela qual o Brasil reduziria em 40% a emissão de gases poluentes. Aguardamos, no entanto a última palavra que será dada pela ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. De concreto, fica a expectativa de que as articulações do presidente Lula com outros líderes mundiais como o presidente, Barack Obama, possam trazer um inovador compromisso ambiental de verdadeiro impacto global.
Até lá, o presidente lançará um pacote ambiental que promete dirimir 70% dos problemas entre produtores e ambientalistas com a reforma do Código Florestal Brasileiro. Criado em 1965, há muito que demanda ser revitalizado a fim de adequar o desenvolvimento econômico à preservação ambiental - convergência ainda rara no Brasil, apesar dos consensos firmados na Agenda 21 Global e Brasileira.
Supõe-se que permaneça na memória do presidente Lula a paisagem árida da caatinga de onde saiu, com destino a São Paulo, e reavivada, recentemente, pelas visitas ao Semiárido onde inspeciona obras como a da Transposição do São Francisco, ou mesmo pelo lançamento do filme Lula, o filho do Brasil.
A caatinga, único bioma tipicamente brasileiro, está distribuída em 1.280 municípios do País e ocupa 1.037.517,80 km² ou 60% da área do Nordeste e 13% do território nacional. Na caatinga, a maior floresta tropical seca da América Latina, vivem 28 milhões de pessoas, entretanto, 80% dos parques e reservas do Nordeste protegem outros biomas. Apenas um de cada cinco hectares de caatinga está em áreas protegidas. A melhoria desse quadro passa por ações como a criação de Reservas Particulares de Proteção ao Patrimônio Natural (RPPN) e a integração da sociedade ao meio ambiente como é a proposta do Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da caatinga, vinculado ao programa Man and the Biosphere, (MaB), da Unesco.
Apesar da sua abrangência, a caatinga ainda não está sequer na relação dos biomas considerados patrimônio nacional da Constituição Federal. Várias PECs defendem a inclusão da caatinga nesta relação constitucional. A PEC original, a 115-A/95, do deputado federal Gervásio Oliveira (PSB/AP), é de 1995 e a ela foram apensadas inúmeras PECs, com o mesmo conteúdo. Incluída na pauta do Plenário da Câmara dos Deputados no último dia 24 de junho, a PEC 115-A/95 não chegou a ser apreciada. Difícil imaginar que uma proposta, aparentemente tão simples, passe 14 anos para ser executada e o bioma tenha sido lembrado só quando o presidente Lula, em 20 de agosto de 2003, assinou decreto instituindo o dia 28 de abril como Dia Nacional da caatinga, data de nascimento do ecólogo pernambucano Vasconcelos Sobrinho.
Mais difícil ainda é lembrarmos que permanece, sem muitos avanços, o eterno embate entre a preservação e a necessidade de sobreviver na caatinga. Órgãos ambientais oficiais, produtores, ambientalistas, moradores do bioma pouco conhecem dos recursos para o manejo ambiental que favorece a economia e a natureza. O engenheiro florestal Francisco Barreto Campelo, incansável defensor da sustentabilidade econômica da caatinga, relembra a importância de se discutir as mudanças no Código Florestal Brasileiro do ponto de vista do nosso bioma.
Jornais do Sul e o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, sequer citam a caatinga quando falam no pacote ambiental a ser lançado. O típico bioma brasileiro não tem a visibilidade do cerrado, de onde saem as riquezas do Brasil agrícola, nem o encanto da Amazônia, alvo de disputas internacionais por sua riqueza. Poucos sabem da rara biodiversidade da caatinga. Esquecem a região, quando deveria ser trabalhado um equilíbrio das agendas socioambientais de todos os biomas.
Em Copenhague serão reafirmados princípios da Rio 92 que ampliaram a noção de sustentabilidade progressiva, em que se focaliza o processo que busca substituir um círculo vicioso de produção, destruição e exclusão por um círculo virtuoso de produção, conservação e inclusão social.

» Alexandrina Sobreira de Moura é pesquisadora da Fundação Joaquim Nabuco e membro da delegação brasileira da COP 15

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Mostra de Cinema "Bela Caatinga" chega ao final


População de vários municípios pernambucanos assistindo aos filmes

Prezados Parceiros


Alguns resultados da mostra de cinema Bela Caatinga. Fico muito feliz, que cerca de 10 000 pessoas tenham assistido filmes, aprendido e se deliciado com o mundo fantástico do cinema. Atingimos nossos objetivos, com dificuldades.
Gostaria que me enviassem o nome das pessoas que trabalharam na produção local da mostra, para emitir certificados. Muito bom conhecer voces e contar com o apoio em cada municipio, sem o qual não seria possivel ter esses resultados. Aguardo noticias.
Grande abraço

Cléa Lúcia Presbytero de Brito

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

O Comitê da Caatinga participa de Seminário em Araripina e Reunião em Serra Talhada.



Foto: IPA


No último dia 19, deste mês de novembro o Coordenador Geral do CERBCAA/PE, Elcio Alves Barros, participou do Seminário Estadual sobre Impactos Ambientais na Área Gesseira , promovido pelo Ministério Público de Pernambuco - MPPE,  proferindo palestra intitulada: "Bioma Caatinga e Desenvolvimento Sustentável". O Seminário ocorreu nos dias 19 e 20 deste mês, no município de Araripina (PE). O encontro, reuniu especialistas de diversas instituições, sendo realizado no Auditório do Centro Tecnológico do Araripe, na Vila Santa Isabel . O público alvo foi  integrantes da atividade, servidores, estagiários, auxiliares do MPPE e representantes dos poderes executivo, legislativo e judiciário, além de pessoas ligadas a Organizações Não Governamentais (ONG’s).

Durante o evento foram discutidos, principalmente, as causas, os agentes externos e as atividades desenvolvidas na região como fator de risco, de trabalho e de desenvolvimento para a população. A Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente (SECTMA) apresentou as propostas que o Estado elaborou para enfrentamento às mudanças climáticas. Dentro das propostas existem recomendações para o setor produtivo da região gesseira, entre elas a revisão da matriz energética, quanto ao uso da lenha e carvão, incorporando aspectos ligados ao manejo florestal sustentável como alternativa ao desmatamento autorizado.

Após o evento o coordenador do CERBCAA/PE conversou com o Secretário Executivo de Meio Ambiente da SECTMA-PE, Dr. Hélvio Polito ficando acertada uma audiência com o mesmo e a direção do CERBCAA/PE para a primeira semana de dezembro quando serão tratados assuntos de interesse do CERBCAA/PE, como: alteração na lei do ICMS Sócioambiental de Pernambuco, criação de UCs na Caatinga pernambucana e o projeto de valorização da Caatinga.

No dia seguinte, Elcio Barros, reuniu-se na cidade de Serra Talhada com o Lourinalda Luiza e Homembom Magalhães(bonzinho) que são membros do CERBCAA/PE e participou de uma entrevista numa emissora de rádio local quando além de esclarecer/divulgar as ações do CERBCAA/PE foi informado pelo apresentador do programa que a mesma fará uma pesquisa para saber a opinião dos ouvintes sobre a criação de uma Unidade de Conservação na área que da nome a cidade (Serra Talhada).
Elcio Barros, falou ainda sobre o projeto Bela Caatinga e a próxima reunião do CERBCAA/PE que será realizada na cidade de Floresta/PE nos próximos dias 03 e o4 de dezembro.

Impacto global: Piauí e Pernambuco podem perder até 70% da agricultura. Vai custar mais caro não fazer nada.



Efeitos do aquecimento na agricultura brasileira serão dramáticos. O Ceará pode perder 80% da área fértil. Já Piauí e Pernambuco podem perder entre 60% e 70% da agricultura. Um estudo mostra os efeitos do aquecimento global na economia brasileira. Na agricultura, a água deixou de ser gratuita e passou a ser cobrada.

domingo, 15 de novembro de 2009

XVII Reunião Ordinária do CERBCAA e I Seminário Ecoambiental do Pajeú será em Floresta (PE)




O Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Caatinga - CERBCAA/PE e a ONG EMA, realizam a XVII Reunião Ordinária e o I Seminário Ecoambiental do Pajeú nos dias 03 e 04 de dezembro de 2009 na cidade de Floresta (PE). O evento tem o patrocínio da Prefeitura Municipal  e da Câmara de Vereadores de Floresta e apoio do Clube de Diretores Lojistas – CDL, Compare LOGÍSTICA, Supermercado Preço Justo e MAXIMUS Supermercado. O evento será realizado no Auditório da Câmara de Vereadores situado na Praça Cel. Fausto Ferraz em Floresta-PE.
Confiram abaixo a programação completa dos dias do evento.

QUINTA – 03.12.2009


14h00 - Abertura.
14h10 - Leitura da Ata da última Reunião.
14h30 - Exposição sobre a EMA
Dr. Alípio Carvalho Filho.
15h30 - Intervalo.
15h45 - Palestra: Árvores da Caatinga
Dra. Rita de Cássia Araújo Galindo - IPA (Doutora em Botânica)
16h45 - Debates.
17h00 – Encerramento das atividades do dia.

SEXTA – 04.12.2009

08h30 - Palestra: Bioma Caatinga: Desenvolvimento Sustentável.
Dr. Élcio Alves Barros e Silva - IPA (Mestre em Meio Ambiente e Coordenador Geral do CERBCAA)
09h30 - Debates.
09h45 - Exibição dos Filmes:
1. Patativa do Assaré.
2. Árvore Sagrada.
10h45 – Encerramento do Evento.
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Abaixo apresentamos as fotos  da I Mostra de Cinema da Caatinga, nas cidades de Custódia, Ibimirim, Inajá, sob a coordenação da cienasta Cléa Lúcia.




sexta-feira, 13 de novembro de 2009

O Ministério Público de Pernambuco realiza o Seminário Estadual sobre os Impactos Ambientais na Área Gesseira



Em quinze anos, de 1989 a 2004, 17% da caatinga (168.752 hectares) foram desmatados para abastecer os fornos das calcinadoras do Araripe, que transformam o minério gipsita em gesso, segundo levantamento de 2005 da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente (SECTMA).
Os impactos causados pela atividade serão tema do Seminário sobre impactos ambientais na área gesseira, no Sertão, dias 19 e 20, das 18h às 22h, com 180 vagas. Será no auditório do Centro Tecnológico do Araripe, em Araripina. A carga horária, de oito horas, inclui visitas de campo, pois no segundo dia, pela manhã, haverá visitas a mineradora, calcinadora e fábrica de pré-moldados. Inscrições até dia 17 pelo telefone 3182-7348. Veja programação completa abaixo. (Foto de Beto Figueiroa/JC Imagem, 16/02/2006) - Fonte: Verônica Falcão.

PROGRAMAÇÃO (Clique aqui)

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

ICMBio quer criar corredores ecológicos para salvar macacos ameaçados de extinção



Macaco Prego - Foto Crédito: RuySalaverry

A criação de corredores ecológicos no Nordeste é a melhor opção para impedir o desaparecimento do macaco-prego-galego (Cebus flavius) e do guariba-de-mãos-ruivas (Alouatta belzebul), duas espécies de primatas originários da Mata Atlântica nordestina ameaçados de extinção pela crescente redução de seu habitat.

O analista ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e coordenador de uma pesquisa sobre o tema, Marcos Fialho, informa que a proposta deverá ser incluída no plano de ação para preservação dessas espécies, a ser apresentado em breve pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros (CPB) e pela Diretoria de Conservação de Biodiversidade (Dibio) do Instituto Chico Mendes.
A sugestão de criação dos corredores é resultado de um estudo, realizado entre 2006 e 2009, no qual pesquisadores do CPB, com apoio do Ibama da Paraíba e de Alagoas, mapearam as populações de macacos-prego-galego e de guaribas-de-mãos-ruivas em vários estados brasileiros situados ao norte do Rio São Francisco a fim de identificar a situação desses animais, descobrir as causas que os têm levado à extinção e propor sugestões de políticas de conservação para as espécies.
A devastação e a fragmentação do habitat é o principal motivo, segundo o estudo, da redução do número de primatas no Nordeste. As informações coletadas em campo sustentam também uma série de outras sugestões para preservação dos macacos, incluindo aí um projeto que visa a promover um forte trabalho de educação ambiental entre as populações da região da zona da mata e do agreste nordestino, muitas das quais caçam macacos para se alimentar deles.
Apesar de o estudo com um diagnóstico preliminar sobre a situação dessas espécies ter sido apresentado no I Seminário de Pesquisa e Iniciação Científica do ICMBio – realizado em Brasília, entre os dias 26 e 28 de agosto, com o título “Pesquisa em conservação da biodiversidade: experiências e desafios” –, os dados do trabalho ainda estão em fase de sistematização e sua conclusão depende da realização da 14ª expedição, prevista para ocorrer ainda este ano.
A expedição, segundo Fialho, servirá para os pesquisadores confirmarem a ocorrência das duas espécies de primatas em três remanescentes de Mata Atlântica no Estado de Alagoas. “Temos o relato de que eles estão lá, mas queremos confirmá-lo visualmente”, disse. A pesquisa evidenciou a existência de vários empecilhos à sobrevivência dos macacos, dentre os quais, em primeiro e em segundo lugares, respectivamente, destacam-se o desmatamento e a caça de filhotes para serem vendidos como animais de estimação ou usados como alimento.
O mapeamento das espécies faz parte de um projeto maior, em curso no CPB, intitulado “Primatas do Norte da Mata Atlântica e Caatinga”, o qual inclui também estudos sobre a espécie guigó (Callicebus) nos Estados de Sergipe e da Bahia.

sábado, 7 de novembro de 2009

Flora da caatinga



Nesta reportagem é mostrada a grande diversidade no bioma caatinga e os estudos sendo realizados com as plantas e animais. O semi-árido brasileiro é uma das regiões semi-áridas mais populosas do mundo. Estima-se que 28 milhões de brasileiros habitam o bioma Caatinga, das quais 38% vivem em áreas rurais. Abriga a população mais pobre do Nordeste e uma das mais pobres do Brasil. Cerca de 51% da população nordestina ou 22,9 milhões de pessoas são pobres, comportando 42% da população pobre do Brasil. Na maioria dos municípios a renda média per capita não excede meio salário mínimo. Em apenas 4,6% dos municípios da região o IDH é igual ou superior a 0,5 e a taxa de analfabetismo para maiores de 15 anos é bastante elevada, sendo entre 40 e 60 % em quase todos os municípios. A pressão sobre os recursos naturais é muito grande principalmente devido à pobreza e a falta de alternativas da população da região. A vegetação é a principal fonte de renda de uma parcela substancial da população nordestina do Brasil, pois esta, direta ou indiretamente, precisa explorar os seus recursos naturais para sobreviver. A caça, a captura de animais silvestres e as queimadas vem reduzindo de forma acelerada o hábitat e processo de degradação e desertificação do semi-árido representam as maiores ameaças para a conservação de sua biodiversidade. Apesar de ser um bioma frágil e sob forte pressão, é o menos protegido dos biomas brasileiros. Menos de 1% de sua área está protegida em Unidades de Conservação (UCs) de uso indireto e é o bioma com o menor numero de Unidades de Conservação de proteção integral. É também o menos estudado e conhecido dos biomas brasileiros e um dos mais antropisados, ultrapassado apenas pela Mata Atlântica e Cerrado.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Bioma Caatinga: Fazendas de uva recebem selo por preservar a natureza



Certificação vale por dois anos e valoriza o produto. 
Proprietários ainda investem no bem-estar dos funcionários.

Nove fazendas de uva do Vale do São Francisco, na divisa de Pernambuco com a Bahia, receberam um selo de certificação internacional por adotarem práticas socioambientais responsáveis. Além de cuidar da preservação da natureza, os proprietários também investem no bem-estar dos funcionários.

Uma placa indica que, na área de 19 hectares, o bioma caatinga está protegido. Pode não parecer comum, mas a fazenda que fica no Vale do São Francisco tem uma área de 30 hectares onde são cultivadas uvas sem sementes para exportação. Além da área de reserva, a coleta do lixo é seletiva e placas indicam o perigo das embalagens de defensivos.
Por causa desses cuidados, pela primeira vez no Brasil, nove propriedades de uva da região foram certificadas pela rede de agricultura sustentável, que indica o cultivo de produtos agrícolas a partir de práticas socioambientais responsáveis.
“A gente fica credenciado a ter acesso a um mercado específico, reconhecido no exterior, principalmente nos Estados Unidos e na Europa, que reconhece esse certificado como uma fruta feita de uma maneira responsável tanto ambiental como social, o que nos garante, teoricamente, um preço um pouco diferenciado”, falou o agricultor Edis Ken Matsumoto.
Para conseguir a certificação, não foram adotadas apenas práticas de preservação ambiental. As nove fazendas que formam a cooperativa tiveram de investir em ações voltadas para o bem-estar social dos funcionários. “Se a gente quiser fazer exame de vista ou precisar ir ao dentista, eles têm um convênio”, contou o trabalhador rural Joaquim Severino.
Com o selo, os agricultores esperam conseguir vender a caixa da uva por um preço 5% acima do valor de mercado. A certificação vale por dois anos.
(Fonte: G1.globo.com )

A Universidade Federal Rural de Pernambuco e o Comitê Estadual celebram o Dia Nacional da Caatinga

Marcelo, Suassuna, Rita, Ednilza e Márcio (CERBCAA/PE) João Suassuna (Fundaj) Márcia Vanusa (UFPE) Francis Lacerda (IPA) e Jo...