sexta-feira, 29 de abril de 2011

Está próxima a criação da 1ª reserva ecológica da Caatinga em Pernambuco. O Comitê Estadual tem participado ativamente desta criação.


O CERBCAA/PE vem se reunindo com a Secretária Executiva de Meio Ambiente, CPRH, Prefeitura de Serra de Talhada, Ministério de Meio Ambiente/Núcleo Caatinga e Ongs através de várias reuniões desde o ano de 2008. A Criação da 1ª Unidade de Conservação na Caatinga de Pernambuco representa o coroamento de nossas ações. (Foto: Semas).

Nesta quinta-feira (28), Dia Nacional da Caatinga, foi divulgado o cronograma para criação da primeira reserva florestal da Caatinga. A Unidade de Conservação da Mata da Pimenteira será criada na Fazenda Saco, a três quilômetros do centro de Serra Talhada, em uma área de 300 hectares.
O anúncio oficial da nova reserva foi feito na própria unidade, durante as comemorações promovidas pelo Núcleo de Estudos, Pesquisas e Práticas Agroecológicas do Semiárido (Neppas), da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), em parceria com o governo do Estado e organizações sociais que atuam na região.
O processo de inserção da Mata da Pimenteira no SEUC começa em maio, com o georeferenciamento do local, seguido pela elaboração da proposta técnica de criação, consulta pública, apresentação no Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema) e assinatura e publicação do decreto de criação pelo governador Eduardo Campos, prevista para junho.
Tal cronograma está condicionado ao georeferenciamento da área. O Instituto de Pesquisas Agronômicas de Pernambuco (IPA), proprietário da Fazenda Saco, fará o georeferenciamento, mas o Grupo de Trabalho responsável pelo trabalho é formado também pela Semas, Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), Codevasf, Ibama, ICMBio e Ministério do Meio Ambiente.
Este grupo também está identificando outras áreas prioritárias de conservação no Bioma de Caatinga estadual que podem se transformar em novas unidades de conservação.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Dia da Caatinga: Comitê Estadual participa de workshop no Recife, promovido pela UFPE.



O Coordenador do Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Caatinga (CERBCAA/PE), Elcio Barros, participou, hoje (28/04), da mesa de abertura do II Workshop Potencial Biotecnológico da Caatinga – Bioprospecção e Aplicação Biotecnológica da Biodiversidade da Caatinga, promovido pela Universidade Federal de Pernambuco UFPE , Patrocinado pelo IPA e com apoio do CERBCAA/PE.  Durante a solenidade, que contou com a participação do reitor eleito da UFPE, Anísio Brasileiro, foi anunciada a criação do Instituto de Prospecção do Bioma Caatinga, que pretende fortalecer o movimento para tornar a área Patrimônio da Humanidade. Na ocasião, Elcio Barros destacou a necessidade de preservar a caatinga e de estudar as mudanças nas relações culturais e sociais do homem com o bioma, uma exclusividade do nordeste brasileiro.
Com uma população de 28 milhões de pessoas, a Caatinga é a região semiárida mais populosa do mundo. No bioma, o único exclusivamente brasileiro, o grande desafio é promover o desenvolvimento da região com a proteção do meio ambiente. O bioma Caatinga tem uma área de 850 mil km², o que equivale a 11% do território nacional.
Além de estar presente nos nove estados nordestinos, a Caatinga também é encontrada no norte do Estado de Minas Gerais. Os dados do desmatamento do Projeto de Monitoramento do Desmatamento dos Biomas Brasileiros por Satélite mostram que o bioma ainda possui 55% de vegetação remanescente (dados do período entre 2002 e 2008).
(Fotos e Fonte: IPA)
Leia também: Atividades Sustentáveis para o Desenvolvimento da Caatinga - Caatinga: Há cheiro de fumaça e de descaso no ar - Comissão se mobiliza para votar PEC da Caatinga no início de junho - Embrapa defende titulação da caatinga como patrimônio nacional








quarta-feira, 27 de abril de 2011

28 de abril - Dia Nacional da Caatinga - Mensagem do Coordenador Estadual do CERBCAA/PE.


O Coordenador Geral do Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Caatinga - CERBCAA/PE, Elcio Alves de Barros, fala neste Dia Nacional da Caatinga, sobre a importância da preservação deste Bioma para o nosso Estado e para o Brasil, e destaca as ações que estão sendo implementadas pelo Comitê.


DIA NACIONAL DA CAATINGA

Instituído através de decreto presidencial, de 20 de agosto de 2003, o 28 de abril foi escolhido em homenagem ao primeiro ecólogo do Nordeste brasileiro e pioneiro em estudos da caatinga, o professor João Vasconcelos Sobrinho. Durante muito tempo pensou-se que a caatinga fosse um ecossistema pobre, por isso a escassez de estudos sobre ela.
O patrimônio biológico da caatinga não é encontrado em nenhum outro lugar do mundo além do Nordeste do Brasil. Inclui áreas do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e o Norte de Minas Gerais. São espécies nativas da caatinga ''barriguda'' (Cavanillesia arborea), amburana, aroeira, umbu, baraúna, maniçoba, macambira, mandacaru e juazeiro. A fauna nativa inclui o sapo-cururu, asa-branca, cotia, preá, veado-catingueiro, tatu-peba, sagüi-do-nordeste e cachorro-do-mato.
No entanto, o estudo minucioso da caatinga não trouxe boas notícias. Os pesquisadores constataram que esse é o terceiro ecossistema brasileiro mais degradado, atrás apenas da Mata Atlântica e do cerrado. 50% de sua área foram alterados pela ação humana, sendo que 18% de forma considerada grave por especialistas. A desertificação, encontrada principalmente em áreas onde antes se desenvolvia o plantio de algodão, apresenta-se bastante avançada.
Além do desmatamento, um sério problema enfrentado por esse domínio é a caça aos animais, única fonte de proteínas dos sertanejos que residem na área. A percentagem das áreas de caatinga protegidas por reservas e parques é ínfima: 0,002%, segundo o Ministério do Meio Ambiente. É Preciso mudar esse patamar de proteção para não perdermos espécies que ocorrem apenas na caatinga. O Ministério do Meio Ambiente já declarou seu interesse em transformar a caatinga em patrimônio nacional e assumir para si a responsabilidade da proteção. Que o gesto não sirva apenas como um reconhecimento tardio pelo governo do único bioma exclusivamente brasileiro. (Fonte: Noolhar)

O BIOMA CAATINGA é a região semiárida mais rica
em biodiversidade do mundo, e também uma das mais populosas do planeta.
Ações de conservação são necessárias.
Hoje se comemora o Dia Nacional da Caatinga, único bioma exclusivamente brasileiro. A data foi instituída em 2003, por decreto federal, em alusão ao nascimento do ecólogo pernambucano João Vasconcelos Sobrinho (1908-1989). Veja fotos abaixo (Fonte: Blog Ciência e Meio Ambiente)








Comitê da Caatinga participa da Semana Nacional do Bioma em Fortaleza.

O único bioma exclusivamente brasileiro engloba nove
estados e o norte de Minas, se tornará patrimônio nacional. (Foto: Cid Barbosa)

O CERBCAA/PE, através do seu Coordenador Geral, Elcio Barros, participou ontem (27.04) da Semana Nacional do Bioma Caatinga, realizada em Fortaleza (CE). O evento tem promoção do Ministério do Meio Ambiente, Governo do Ceará  e The Nature Conservancy.

Elcio Barros participou da mesa: "O Homem e a Biosfera", coordenada pela Presidente do Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Caatinga (CNRBCAA), Alexandrina Sobreira, com participação também de Indaiá Silva, representando o Comitê Estadual da Caatinga do Estado da Bahia, e de representante da Reserva da Biosfera, Bardenas Reales, da Espanha. A mesa debateu sobre a Interface entre o Programa o Homem e a Biosfera - Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Caatinga- COBRAMAB-UNESCO- 40 anos. Elcio também destacou as ações do Comitê de Pernambuco, fazendo referências ao nosso Blog da Caatinga e especialmente ao Projeto "Valorização do Bioma Caatinga" que está em execução pelo CERBCAA/PE.

Leia também: Semana Nacional da Caatinga começa hoje - Caatinga deve ser patrimônio nacional, diz ministra - Caatinga tem semana de comemoração - Câmara realiza sessão solene em comemoração do Dia da Caatinga




segunda-feira, 25 de abril de 2011

Dia Nacional da Caatinga ganha comemoração.

FOTO: MARIA NILCE



 "Nessa vida eu só preciso/de um sorriso pra florar/ Terra seca desse meu peito/ Dê um jeito de arrancar. Ca cá ta vento vento/ Catavento (...) Roda roda catavento traz o tempo de cantar". A canção "Catavento", de Oswald Barroso e Eugênio Leandro, jorra lirismo de um bioma cujo patrimônio biológico não é encontrado em outra parte do mundo além do Nordeste brasileiro: a Caatinga. Esse ´mundão´ do qual se olhando no horizonte é imenso verde na estação chuvosa e esbranquiçado nos meses secos. Longe de ser região pobre, compõe o cartão-postal biológico em nove Estados, de rica fauna e flora e cheia de cataventos conectados com o subterrâneo. Já iniciaram comemorações pelo Dia Nacional da Caatinga, em 28 de abril.
Uma vegetação singular, de uma fauna igualmente ímpar, que atravessa Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e o norte de Minas Gerais. Eis a Caatinga, um bioma essencialmente brasileiro. A palavra vem do Tupi, significa ´mata branca´. Tem uma imensa flora, com mais de mil espécies de plantas aqui encontradas, e centenas de espécies de aves e de mamíferos, e outras tantas dezenas de anfíbios e répteis.
No interior do Estado, professores e alunos se debruçam sobre o tema desse imenso bioma. É assim sempre que se aproxima o dia 28 de abril. A data é comemorada desde 2003, por decreto presidencial, ensejando homenagem ao ecólogo e professor João Vasconcelos Sobrinho, pioneiro nos estudos sobre o bioma.
A Caatinga ocupa cerca de 13% do território nacional, mas tem o terceiro ecossistema brasileiro mais degradado, atrás apenas da Mata Atlântica e do Cerrado. Suas riquezas naturais, quando não são desconhecidas, são exploradas exaustivamente ou subaproveitadas. "Há um estigma que a Caatinga não tem valor. É uma ideia que permeia ao longo de décadas, promovendo principalmente a baixa autoestima dos que nela habitam. Enquanto isso, cada vez mais vai-se dizimando a nossa ´mata branca´", lamenta ela. Mas o contentamento se dá pelas atividades de grupos ambientais, com apoio do Ministério do Meio Ambiente. Assim estão conseguindo desenvolver o Plano de Manejo em General Sampaio.

MAIS INFORMAÇÕES

Associação Francy Nunes

Município de General Sampaio

Telefones: (85) 9129.8277/ (85) 9945.7258


BIODIVERSIDADE COMPROMETIDA

Exploração causa perda do território


Não há dúvida de que a Caatinga é rica em biodiversidade. Das várias espécies encontradas nesse imenso território, muitas são exclusivas do semiárido, só aumentando a relevância do lugar. Mas é também a Caatinga vítima da exploração desenfreada. Perdeu 60% do seu território original, segundo pesquisa realizada por dez instituições nordestinas, incluindo a Universidade Federal do Ceará (UFC). No diagnóstico do mau uso, as queimadas, o desmatamento e o abuso da monocultura agrícola. Apenas 2% do bioma está protegido de forma legal.
O bioma Caatinga abriga 932 tipos de plantas. Desses, 380 são exclusivas desse território. Para especialistas, a expansão da fronteira agropecuária no semiárido e o uso da lenha como fonte de energia são grandes contribuintes para a destruição do ecossistema. Assim se deu com o desmatamento para a produção da cana-de-açúcar em larga escala.

Monocultura

Mesmo nos perímetros irrigados, o cultivo na monocultura sem manejo correto tem provocado vários problemas. Sempre no mês de janeiro, o Perímetro Irrigado da Chapada do Apodi, em Limoeiro do Norte, sofre com a incidência de fortes ventos. Os vendavais destroem principalmente as plantações de banana, gerando prejuízos milionários aos produtores do local. De acordo com geógrafos, um dos fatores para os estragos causados pelos ventos é justamente o grande desmatamento, com a destruição de árvores que, antes, funcionavam como quebra-ventos. Com o solo "limpo", o vento encontra espaço, e atinge justamente as plantações.
O levantamento que apontou a perda de 59,44% de área da Caatinga foi elaborado no ano de 2008 por 47 especialistas de várias instituições, dentre as quais: Associação Plantas do Nordeste (APNE), Embrapa, Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado da Bahia (Semarh), Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), na Bahia, e as universidades federais de Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Paraíba.






domingo, 24 de abril de 2011

As cisternas do semiárido nordestino.


À direita, a cisterna semienterrada para evitar a evaporação,  foto: Celso Calheiros




"As cisternas do semiárido nordestino"


Por Celso Calheiros
Em um país banhado por extenso litoral e costurado por rios, a falta de água ganha um significado dramático no semiárido nordestino. A média pluviométrica na região é de 750 mm anuais, menos da metade da média de Recife, com 1.800 mm. O período de chuvas se concentra nos primeiros meses do ano e, com frequência, não soma 20 dias. Para prover o consumo no resto do ano, surgiu uma ideia engenhosa e barata: a cisterna abastecida pela água da chuva. Durante a fase de abundância, ela pode acumular até 16 mil litros, quantidade suficiente para atender a uma família de cinco pessoas durante a época da estiagem. Cisternas instaladas principalmente em residências já beneficiam 1,6 milhão de pessoas e começam a ser difundidas nas escolas e postos de saúde.
O equipamento é simples e funcional. A instalação dispensa tubulação que não seja a doméstica. O reservatório propriamente dito fica parcialmente enterrado. Com isso, recebe menos sol e é resfriado pela terra ao seu redor, reduzindo a perda de água por evaporação. Para evitar a sujeira que se acumula no telhado, na base do cano que recebe a água da canaleta há uma garrafa PET fechada. Ela funciona como uma boia e bloqueia a primeira água. Em seguida, libera a passagem e apenas água limpa é armazenada.
Detalhe da canaleta que recebe a água da chuva e leva até o cano, foto: Celso Calheiros


As cisternas são construídas pela própria comunidade, com tecnologia repassada por uma rede de instituições assistenciais que atuam no semiárido. Fora o trabalho, o custo do material é de R$1,2 mil. Como até agora o projeto é um sucesso, planeja-se uma outra etapa: estimular os camponeses a construírem uma segunda cisterna destinada à criação de peixes e a matar a sede dos animais.
Outra ideia que se desdobrou do êxito inicial é usar variações dessas cisternas em áreas densamente habitadas, como São Paulo. Nesse caso, seu maior potencial seria evitar inundações.

Visão completa do sistema de captação, foto: Celso Calheiros


Abaixo, casa de família de agricultores em Afogados da Ingazeira, no Sertão do Pajeu pernambucano. A região é um exemplo agradável do semiárido, pois a paisagem é mais verde do que a que se encontra no sertão profundo.


Casa em Afogados da Ingazeira, Pernambuco - foto: Celso Calheiros


(Fonte: OECOCIDADES)









sexta-feira, 15 de abril de 2011

Caatinga ganha reserva estadual. Propriedade é rica em fauna e flora e já pertence ao governo do Estado.



Unidade de Conservação de Serra Talhada (PE) - Fotos: SEMAS

A Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) pretende transformar uma área de aproximadamente 300 hectares de caatinga numa unidade de conservação estadual. A reserva será na Fazenda Saco, em Serra Talhada. "Pernambuco tem 67 unidades de conservação estaduais, nenhuma delas nesse bioma", justifica o secretário, Sérgio Xavier. Todas as áreas protegidas estaduais são no domínio da Mata Atlântica.
A propriedade já pertence ao governo do Estado. Abriga uma estação experimental do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA). Fica próxima aos campi de duas universidades: a UFRPE e a UPE.
Na avaliação do secretário executivo de Meio Ambiente, Hélvio Polito Filho, a localização potencializa a vocação da área para a pesquisa científica. Há estudantes que já utilizam a propriedade para estudos.
A Semas ainda não sabe que tipo de unidade de conservação será criada. O Sistema Estadual de Unidades de Conservação da Natureza (Seuc) estabelece duas classes: de proteção integral e de uso sustentável.
A primeira, que prevê a preservação da natureza com uso indireto dos recursos naturais, conta com cinco categorias: reserva biológica, estação ecológica, parque estadual, monumento natural e refúgio de vida silvestre.
A segunda, que compatibiliza a conservação da natureza com o uso sustentável de parte de seus recursos naturais, tem oito tipos: área de proteção ambiental, área de relevante interesse ecológico, floresta estadual, reserva estadual de fauna, reserva de desenvolvimento sustentável, reserva de floresta urbana, reservas extrativistas e reserva particular do patrimônio natural.
Como a categoria reserva ecológica não está prevista no Seuc, instituído em 8 de junho de 2009, o governo deve reclassificar as 32 unidades de conservação desse tipo. A proposta será apresentada hoje, em reunião aberta ao público no auditório da Secretaria de Ciência e Tecnologia, no Bairro do Recife.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Metade das 672 espécies brasileiras ameaçadas está protegida.


Onça-pintada está entre os animais ameaçados que se
encontram em áreas de conservação brasileiras (Foto: marcus Obal/CC)


DA AGÊNCIA BRASIL


Metade das 627 espécies brasileiras ameaçadas de extinção vive em unidades de conservação federais, onde estão mais protegidas do risco de desaparecer da natureza. É o que mostra levantamento divulgado pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) na terça-feira.
Intitulado Atlas da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção em Unidades de Conservação Federais, o levantamento detalha quais são e onde estão as 314 espécies encontradas em unidades de conservação de todo o país, inclusive no bioma marinho.
Entre os animais ameaçados encontrados nas áreas de conservação, estão o peixe-boi-da-amazônia, a onça-pintada, o mico-leão-dourado e a arara-azul-de-lear, símbolos da fauna brasileira ameaçada.
Apesar da proteção de espécies emblemáticas, ainda não se sabe se a outra metade da lista de animais ameaçados está em territórios protegidos.
A maioria dos animais com risco de extinção registrados nas UCs é de aves e mamíferos, mais fáceis de identificar, segundo o coordenador geral de espécies ameaçadas do ICMBio, Ugo Vercillo. "Peixes e invertebrados são mais difíceis de serem encontrados e identificados."
A meta brasileira, assumida diante da Convenção da Organização das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica, é garantir que 100% dos animais ameaçados tenham exemplares em territórios protegidos. "O primeiro passo para conservar é saber onde elas estão, procurar cada espécie", avalia Vercillo.


MATA ATLÂNTICA

O bioma com maior número de registros de animais ameaçados encontrados em UCs é a Mata Atlântica, onde parques nacionais, estações ecológicas e outras unidades abrigam 168 espécies ameaçadas de extinção. Na Caatinga, das 43 espécies ameaçadas de extinção no bioma, 41 estão em unidades de conservação.
O presidente do ICMBio, Rômullo Melo, disse que o levantamento pode orientar a gestão das unidades espalhadas pelo país e ajudar a identificar lacunas de preservação.
"O atlas fez o cruzamento para saber que unidades de conservação protegem que espécies ameaçadas. Vai ser um instrumento importante para orientar a definição de áreas prioritárias para ampliação e criação de novas unidades de conservação", explica.
O ICMBio lançou uma revista eletrônica para divulgação de informações científicas sobre espécies brasileiras, incluindo as ameaçadas de extinção. A meta é avaliar 10 mil espécies nos próximos cinco anos.
O instituto também colocou no ar sua nova página na internet, com serviços e informações sobre as 310 unidades de conservação federais do país.
(Fonte: Folha.com)

sábado, 9 de abril de 2011

Conheça a história de Zabé da Loca, a rainha do pífano.


Zabé da Loca é uma brasileira que marcou as inúmeras histórias da Caatinga. Durante anos, ela morou em caverna de pedra. Hoje, tocando o pífano, a flauta típica do Nordeste, é considerada a rainha do pífano.
Na aridez do cenário, surgem personagens que só o sertão parece fazer brotar. É assim na região do Cariri Paraibano, no município de Monteiro. Na zona rural, há uma moradora ilustre conhecida como Zabé da Loca.A idade não tirou seu senso de humor da dona Zabé. Ela tem 86 anos e passa boa parte dos dias na varanda de casa azul, observando o movimento, que não é muito, e lembrando a sua história, que não é pouca. “Eu já trabalhei muito. Trabalhei tanto que fiquei velha no tempo. Pai gritava. Nós éramos quatro. Era um em casa mais a mãe e os outros no roçado mais ele. Me criei trabalhando, minha filha”, contou Isabel Marques da Silva.Zabé é nascida em Buíque, Pernambuco. Ainda adolescente foi para o município de Monteiro, na Paraíba, e há sete anos vive no assentamento Santa Catarina, em uma casa que ganhou do Incra no processo de reforma agrária. “Eu gosto da minha serra. Eu não vou porque a subida pra mim é ruim demais”.Ela prefere mostrar o lugar da antiga casa sem sair da atual e aponta para um grupo de pedras. Uma delas costumava ser sua morada. É daí que vem o apelido “Zabé da Loca”. Loca quer dizer gruta, caverna. “Eu morei 25 anos debaixo dela. Era eu e os filhos. Tinha um marido, mas o marido morreu. Daí ficou eu e os dois filhos. Fui feliz, graças a Deus”.A dona Zabé tem bronquite crônica. A audição também é bem prejudicada. “Eu fumo, mas é pouquinho”, disse. Fôlego e ouvido são essenciais para o pífano, a arte que deu fama a ela. Zabé é conhecida como a rainha do pífano. Ela aprendeu a tocar o instrumento com o irmão aos 10 anos. “To com vontade de parar com isso porque isso acaba com o fôlego, acaba com os pulmões. O cigarro eu fumo só um pouquinho”, acredita. Além do pífano, a vida passada na antiga loca define a figura de Zabé.
(Fonte: Globo Rural)

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Ossadas de animais gigantescos são descobertas na Caatinga no sertão do Piauí


Na região da caatinga já existiu uma grande floresta, povoada por animais gigantescos. Na Lagoa dos Porcos, máquinas e homens trabalham nas escavações para encontrar fósseis de animais pré-históricos.

domingo, 3 de abril de 2011

Reflorestar a caatinga.


Chapada do Araripe - Foto: MMA

A natureza brasileira foi concebida como um vasto depositário de diversidades ambientais. Nela, o bioma caatinga só cobre 10% do território nacional, mas constitui a mais rica biodiversidade encontrada nas regiões semiáridas do mundo. Em face da ação do homem, o Polígono das Secas, onde ela se localiza, vem sofrendo um secular processo de destruição de sua cobertura vegetal, provocando, em decorrência, o desaparecimento das matas ciliares, dos rios, córregos e riachos, com o esgotamento de seus recursos hídricos.
O desmonte desse bioma começou com o processo de ocupação do Nordeste Seco, expressão cunhada em oposição às manchas verdes da Zona da Mata, onde se iniciou a exploração econômica, na região, com a cultura da cana-de-açúcar, formando um vasto ciclo na economia colonial. O semiárido, por sua vez, usado para o criatório bovino, viu sucumbir a limitada vegetação regional para consolidar a expansão da pecuária e o consumo de madeira da rarefeita população sertaneja. As consequências se agravaram.
Na segunda metade do século XIX, quando mais se acentuavam as estiagens prolongadas pela região, o padre José Antonio Maria Ibiapina, " O Apóstolo do Nordeste", entregava-se à tarefa de socorrer os flagelados, ensinando, ao mesmo tempo, como preservar o meio ambiente: evitar o corte da cobertura vegetal, reservar as águas dos períodos chuvosos, proteger os mananciais e praticar um processo rudimentar de reflorestamento com o uso das espécies vegetais nativas.
Quem pôs em prática seus ensinamentos viu, posteriormente, os efeitos benéficos de sua pregação em favor do meio nordestino. O Padre Cícero Romão Batista, um de seus seguidores, se encarregou de prosseguir nessa tarefa, difundindo, entre os sertanejos, um decálogo pela preservação da riqueza natural.
Contudo, essa pregação foi insuficiente para inibir a cultura do corte das árvores, do uso da madeira como fonte de renda transformada em lenha e do esgotamento das fontes d´água.
A caatinga destaca-se como o mais ameaçada e desprotegido dentre os ecossistemas brasileiros, correndo o risco de desaparecer. O Ceará oferece sinais visíveis dessa ameaça de desastre ambiental, com 40% da vegetação nativa destruída.
No País, 20 municípios lideram o desmatamento de seus biomas nativos. Nessa corrida nefasta, o Ceará concorre com sete, onde o contínuo processo de derrubada de suas manchas verdes sinaliza para um futuro de redução do regime de chuvas, de secas mais intensas e da crescente desertificação. Já alcançaram esse estágio as regiões de Irauçuba, dos Inhamuns e do médio Jaguaribe.
Contudo, surge uma oportunidade de atenuar esse quadro com a execução do projeto "No Clima da Caatinga", prevendo o reflorestamento de áreas do entorno da Reserva Natural Serra das Almas, em Crateús. Considerada pelo Ministério do Meio Ambiente como de alta importância, a área, com 36 mil hectares, irá contribuir para reduzir a emissão de CO ² com a conservação de suas reservas ambientais. A preservação do verde está associada a novas tecnologias, educação ambiental, geração de renda e qualidade de vida.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Lançado projeto para preservar a caatinga.


Arthur Seyffarth, do Ministério do Meio Ambiente,
apresentou as ações para evitar a degradação FOTO: TUNO VIEIRA 


A caatinga, o mais desprotegido e ameaçado dos ecossistemas brasileiros corre o risco de desaparecer. No Ceará, por exemplo, 40% dessa vegetação está destruída. Esses dados preocupantes foram apresentados ontem, pela Associação Caatinga, durante o lançamento do projeto "No Clima da Caatinga", realizado no auditório da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec). O Estado possui sete dos 20 municípios campeões de desmatamento no País. A caatinga cobre cerca de 10% do território nacional e entre as regiões semiáridas do mundo, é a mais rica em biodiversidade.
O seu contínuo desmatamento aponta para um futuro de redução do regime de chuvas, secas mais intensas e crescimento da desertificação.
Hoje, o Ceará possui três áreas em risco de desertificação: Irauçuba, Inhamuns e o médio Jaguaribe, fazendo-se necessário a adoção de políticas públicas voltadas para conter este avanço da devastação da caatinga.

Projeto

O projeto "No Clima da Caatinga", patrocinado pela Petrobras, prevê a recomposição florestal de áreas no entorno da Reserva Natural Serra das Almas (RNSA), no Sertão do Crateús, incluindo quatro microbacias do Rio Poti, cujo principal objetivo é contribuir para reduzir a emissão de CO2 através da conservação da caatinga. Considerada pelo MMA como de alta importância, a RNSA tem uma área de 36.136 hectares.
Ela vai ser envolvida em suas 16 comunidades ocupantes no seu entorno com diversas ações, tais como: a adoção de novas tecnologias sustentáveis, de educação ambiental e de redução da emissão de CO2, principal responsável pelo aquecimento global.
No engajamento com o projeto, as comunidades terão a oportunidade de combinar a preservação ambiental com a geração de renda e melhoria da qualidade de vida local.
No encontro na Fiec, o coordenador do Ministério do Meio Ambiente (MMA), João Arthur Seyffarth, apresentou as ações que o Ministério têm executado tanto para evitar a degradação como para conservar o bioma caatinga.

A Universidade Federal Rural de Pernambuco e o Comitê Estadual celebram o Dia Nacional da Caatinga

Marcelo, Suassuna, Rita, Ednilza e Márcio (CERBCAA/PE) João Suassuna (Fundaj) Márcia Vanusa (UFPE) Francis Lacerda (IPA) e Jo...