quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Mensagem de Ano Novo



O Blog da Caatinga gostaria de agradecer a todos pelo ano de 2009. Foi um ano muito importante para o blog, onde procuramos mostrar notícias do bioma caatinga e do meio ambiente em geral, além das ações desenvolvidas pelo Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Caatinga - CERBCAA/PE no exercício de 2009. Divulgação das reuniões ordinárias e extraordinárias, o seminário para criação de RPPN em Caruaru, a comemoração do Dia Nacional da Caatinga , relaizado em Caruaru com a UFPE e em Serra Talhada com a UAST/UFRPE, a Mostra de Cinema Bela Caatinga, as apresentações dos estudos para reformular o ICMS Socioambiental, o Seminário Ecoambiental do Pajeú e tantas outras ações em prol da preservação deste bioma único no mundo. Destacamos também a indicação pelo segundo ano consecutivo no TOP BLOG, que nos indicou com um dos 100 melhores blogs brasileiros. Em 2010 esperamos organizar outros eventos e contar com a participação de eventuais colaboradores.
Feliz 2010 a todos os nossos leitores do Brasil e do Exterior.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

TNC cria site sobre ICMS Ecológico



A The Nature Conservancy (TNC), organização internacional de conservação ambiental, com apoio da Conservação Internacional e SOS Mata Atlântica e recursos da Tinker Foundation, lançaram, em Curitiba, o site www.icmsecologico.org.br, para divulgar a situação do ICMS Ecológico em cada estado brasileiro, iniciando pelos estados da Mata Atlântica. Ali estão as normas, os valores repassados aos municípios, casos de sucesso na gestão municipal desses recursos, artigos, estatísticas, links de interesse e o melhor conteúdo da internet sobre o tema. “O ICMS Ecológico é um instrumento de estímulo à conservação da biodiversidade quando compensa o município pelas áreas protegidas existentes e também quando incentiva a criação de outras áreas protegidas, já que considera em seus cálculos o percentual que os municípios possuem de unidades de conservação em seus territórios”, explica Flávio Ojidos, consultor jurídico do projeto.

Neste site você poderá consultar leis, os valores repassados aos municípios, conhecer melhor a experiência dos estados onde esse incentivo já vem funcionando ou está em fase de implementação. Poderá também pesquisar artigos, matérias, teses e monografias, e igualmente conhecer os mecanismos e arranjos institucionais para que os municípios repassem recursos às Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN).
O objetivo principal é que esse site se torne um ponto de encontro e uma fonte de informações àqueles que querem saber mais sobre ICMS-E e atuar em suas respectivas localidades, implementando e fazendo funcionar esse que é um dos mais importantes incentivos econômicos para a conservação da natureza no Brasil.
Por enquanto, o site disponibiliza informações sobre os estados do bioma Mata Atlântica. Em breve estarão disponíveis informações sobre todos os estados brasileiros!
Para acessar é só clicar em: http://www.icmsecologico.org.br/
(Fonte: Portal do Meio Ambiente - Vilmar Berna)

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Onça pintada é criticamente ameaçada na caatinga



A onça-pintada é o maior felino das Américas (Foto: Achetudoeregiao)

O Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), organizou em parceria com o Instituto Pró-Carnívoros e a instituição americana Panthera, workshop para conservação da onça-pintada, em Atibaia, São Paulo. A reunião aconteceu de 10 a 13 de novembro e ainda contou com o apoio da União Internacional de Conservação da Natureza (IUCN), através de grupos de especialistas de felinos (Cat SG) e de conservação e reprodução (CBSG-Brasil).

Durante o workshop, foram definidas metas e ações para o Plano de Ação Nacional da Onça-Pintada e um mapa das áreas prioritárias para sua conservação, que deverá ser editado até meados de 2010. Mais de 200 ações foram propostas, sendo priorizadas 10 para cada bioma do território nacional, resultando num quadro total de 50 ações prioritárias para a conservação da onça-pintada.
Os debates seguiram seis linhas temáticas que enfatizaram as políticas públicas, a caça, os conflitos, a educação e comunicação, a pesquisa e a perda e fragmentação de habitats. Junto a isso, foram gerados modelos estatísticos populacionais e de disponibilidade de habitats.
Segundo o chefe substituto do Cenap, Rogério Cunha de Paula, essas análises poderão direcionar esforços emergenciais às áreas onde a onça tem maior possibilidade de desaparecimento em curto e médio prazo. Para o biólogo, a região Nordeste, que tem hoje menos de 250 indivíduos, corre o risco de não possuir mais a onça-pintada em um prazo de 60 anos, por causa da perseguição por ataques à criação e pela transformação de habitats naturais.
“Uma solução para proteger a onça pintada é trabalhar na criação de novas unidades de conservação e corredores de conexão entre as já existentes que permitam a comunicação entre as populações isoladas”, salienta Rogério.
AMEAÇA – Foi definido também o grau de ameaça da espécie para cada bioma, utilizando-se os critérios da IUCN. Apesar de a onça-pintada ser observada mais abundantemente no Pantanal e Amazônia, resultando em um status de “quase ameaçada”, a situação nos outros biomas brasileiros é crítica. Definiu-se que como “vulnerável” no cerrado, “ameaçada” na Mata Atlântica e “criticamente ameaçada” na Caatinga.
A onça-pintada é o maior felino das Américas e vem sofrendo nas últimas décadas redução drástica de suas populações. Há o desaparecimento de várias áreas onde antes o animal habitava. A onça figura entre as listas de espécies ameaçadas estaduais, nacionais e mundiais. No Brasil é listada como “vulnerável” e segue em extremo declínio na maior parte do território nacional.
(Fonte: ORB)

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Turismo distante do Vale do Catimbau




Parque com uma área de 62 mil hectares e 23 sítios arqueológicos vem sendo
vítima de degradação e atos de vandalismo (Foto: Pernambuco de A-Z)



Segundo maior parque arqueológico do país, o Parque Nacional do Catimbau, no município de Buíque, distante 285 quilômetros do Recife, é considerado uma das sete maravilhas de Pernambuco. Mas o parque, com uma área de 62 mil hectares e 23 sítios arqueológicos, ainda não tem seu potencial turístico explorado de forma sustentável.
Ao contrário, vem sendo vítima constante de degradação por atos de vandalismo. Em janeiro deste ano, algumas das pinturas rupestres desenhadas nas cavernas por grupos que viveram há mais de seis mil anos no local foram cobertas com tinta a óleo.
O painel danificado mede dois metros de comprimento por três metros de altura. A tinta encobre a parte central, onde há desenhos de animais (tartaruga), duas mulheres grávidas juntas, uma fila indiana, sugerindo que o grupo de pessoas participava de um ritual sagrado, entre outros grafismos. Um trecho só com pinturas da tradição agreste, na parte mais alta da rocha, não chegou a ser atingido.
Dos 23 sítios arqueológicos catalogados na unidadede conservação, o Pedra da Concha é o mais visitado e também o de mais fácil acesso. Abriga as primeiras inscrições encontradas no Vale do Catimbau e é o único lugar do parque onde são observadas num mesmo painel as pinturas de tradições do Nordeste (aquelas que formam cenas e dão ideia de movimento) e do Agreste, representadas por figuras estáticas, com desenhos abstratos. Com extensos paredões de granito, o Vale do Catimbau abriga várias cavernas, "canyons" e sítios arqueológicos com inscrições rupestres. Trata-se de um importante patrimônio cultural e natural esculpido pela natureza há mais de 150 milhões de anos.
Apesar da riqueza natural e histórica, o município de Buíque ainda amarga um cenário de contrastes: de um lado, as potencialidades abertas ao turismo, de outro, uma das piores renda per capita do Agreste do estado de R$ 59,95, segundo pesquisa do IBGE em 2000.
Estudo - Natural de Buíque, a administradora de empresas Rosecleide Ferreira resolveu usar a tendência da cidade para o turismo como objeto de estudo do seu mestrado em gestão em desenvolvimento local sustentável pela Universidade de Pernambuco (UPE). Segundo ela, o ecoturismo é tido como um segmento da atividade turística que utiliza de forma sustentável o patrimônio natural e cultural. "O ecoturismo incentiva a conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista, através da interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações envolvidas", revela Rosecleide.
Em sua pesquisa, que durou 20 meses, ela conta que percebeu uma grande aceitação por parte da população local para o fomento da atividade do ecoturismo. "A transformação do vale em Parque Nacional até agora não trouxe os resultados esperados", afirma. Segundo ela, para a promoção do ecoturismo no município, é necessário que ocorram participações dos govenos, setor privado e dos moradores. "É importante que a população esteja envolvida. Do contrário, não haverá desenvolvimento sustentável", ressalta.
A pesquisadora elenca alguns passos que precisariam ser feitos:analisar a percepção da população residente e poder público a respeito do ecoturismo, enquanto ferramenta para o desenvolvimento local sustentável; avaliar o grau de participação da população residente, lideranças locais e representação municipal nas várias etapas de gestão de políticas publicas voltadas para o município e proporcionar informações que auxiliem o município a planejar adequadamente a atividade turística. Desde 1997, a Embratur identificou o município com potencial turístico e ele foi incluído em uma das rotas do programa Pernambuco Conhece Pernambuco, mas os resultados ainda são tímidos.
Vandalismo - As visitas ao vale estão suspensas. As polícias Federal e Civil e o Ministério Público Federal foram acionados para apurar as responsabilidades e a motivação do crime ocorrido no início do ano, ainda sem solução. Os técnicos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em Pernambuco (Iphan) estão buscando alternativas para remover a tinta. "Já fizemos alguns testes, mas vamos ainda avaliar outras técnicas para não haver perda do pigmento", diz o superintendente do Iphan, Frederico Almeida.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009



Está mais fácil criar uma reserva federal. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) está utilizando sistema informatizado que permite o interessado em transformar uma propriedade em Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) preencher o requerimento inicial on-line. Acesse aqui o sistema, em funcionamento desde novembro.

No Brasil há 532 RPPNs. Pernambuco é um dos Estados com menos reservas particulares do País: 11. Circundada por mangue e restinga, a de Nossa Senhora do Outeiro (foto), em Maracaípe, é uma delas.
Para ser transformada numa RPPN, a área deve ser significativa para a proteção da diversidade biológica, possuir paisagens de grande beleza ou reunir condições que justifiquem ações de recuperação ambiental capazes de promover a conservação de ecossistemas frágeis ou ameaçados. Pessoas físicas, empresas de todos os portes, assim como entidades civis e religiosas podem requerer a criação de uma RPPN.
Entre os benefícios assegurados com a criação da RPPN estão o direito de propriedade preservado, isenção do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) referente à área de RPPN e prioridade na análise dos projetos pelo Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA). O município que abriga uma reserva particular, em Pernambuco, também é beneficiado, aumentando sua cota no ICMS Verde.
(Fonte: Blog Cência e Meio Ambiente - Verônica Falcão)
Leia mais em: Sistema que permite criar RPPN já está no ar

domingo, 13 de dezembro de 2009

Um guia importante para conhecer a Caatinga


José Alves, coordenador do grupo: "É importante conhecer para preservar".
Foto: Edvaldo Rodrigues/DP/D.A/Press


Ela representa 80% da vegetação pernambucana, mas poucos conhecem sua extensão e beleza. Pensando nisso, um grupo liderado pelo professor José Alves de Siqueira, diretor do Centro de Referência para Recuperação de Áreas Degradadas da Caatinga (Crad), da Universidade do Vale do São Francisco (Univasf), em Petrolina, preparou o Guia de campo de árvores da caatinga. Didático e com linguagem acessível a estudantes, professores ou mesmo àqueles que gostam de ecoturismo, o livreto traz fotos e informações curiosas sobre esse tipo de vegetação tipicamente nordestina.
José Alves explica que normalmente as pessoas imaginam a caatinga como um cenário de pobreza, com solo seco e árvores com folhagens mortas. "A caatinga se recobre de belezas naturais com a chuva. As primeiras precipitações de dezembro, por exemplo, promovem uma explosão de flores", ressalta Alves.
Uma das curiosidades do guia é a tabela fenológica, que informa o período de floração e de frutificação da vegetação, que começa a ser registrada desde o Planalto da Borborema, subindo a Serra das Russas, passando pela Paraíba, Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Alagoas, Bahia e Sergipe. Ao todo, são 750 mil quilômetros de caatinga no Nordeste.

Risco de extinção - Segundo José Alves, uma das espécies mais comuns na caatinga é o umbuzeiro, usado pela população para o preparo de alimentos e também consumido pelos caprinos e ovinos. Apesar da grande ocorrência, a planta atualmente sofre ameaças, principalmente dos grandes criadores, que não controlam o consumo por parte dos animais. "Todos os umbuzeiros que temos hoje na região são idosos, centenários, ou seja, vão morrer um dia. É preciso mudar o manejo dos animais para conservar a espécie. Eles comem folhas, flores, tudo", destacou o professor. Outra planta muito comum na região e que também sofre ameaça é a arueira do Sertão, constituída de madeira de lei que foi muito usada para as obras das estradas de ferro que ligavam o litoral ao Sertão pernambucanos. "É importante conhecer para preservar", destaca JoséAlves.
Na opinião do pesquisador, uma das árvores mais belas da Caatinga é o Ipê Cascudo, também chamado Sete-cascas, Mulambá ou Pau-de-cascas. "Essa espécie só existe na caatinga e é raríssimo. Ele chama a atenção porque passa o ano sem folhas e na primeira chuva se enche de flores. O espetáculo só pode ser visto durante três dias", ressalta.
A pesquisa de campo e a preparação do livro aconteceram ao longo de três anos e foram feitas por estudantes de iniciação científica de engenharia agrícola da Univasf e de escolas estaduais da Bahia. O guia está à venda e pode ser adquirido através de uma ligação para o Centro de Referência para Recuperação de Áreas Degradadas da Caatinga (Crad), da Univasf. O telefone é 87 3986.3806.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Governo do Estado lançou programa de combate à desertificação em Triunfo (PE).



A Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente (Sectma), lançou, na manhã do dia 10, na cidade de Triunfo, Sertão do Estado, o Programa de Ação Estadual de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca de Pernambuco (PAE-PE). A iniciativa vai viabilizar condições de convivência com o problema para as populações do semiárido, promovendo o desenvolvimento socioambiental sustentável e a manutenção dos ecossistemas característicos da região. (Foto: MMA)

O Programa é resultado de um processo de articulação, mobilização e consulta da sociedade civil organizada e do segmento empresarial da região, com a participação das esferas federal, estadual e municipal. Desenvolvido ao longo de um ano pela Sectma durante a realização de cinco oficinas no Sertão e Agreste do Estado, o PAE-PE mobilizou representantes de 127 municípios.
O secretário executivo de Meio Ambiente da Sectma, Hélvio Polito, explicou que Pernambuco se tornou uma referência entre os estados do Nordeste por estar mais avançado nos estudos e na construção de um programa estadual de combate e convivência com o semiárido. “Esse programa é a oportunidade de participação direta no planejamento da questão da desertificação e da mitigação dos efeitos desse fenômeno”, ressaltou.
“O PAE-PE não é apenas um documento feito para o homem do Sertão, mas com a participação desse homem do campo, com sua sabedoria, seu conhecimento numa questão tão importante para o Estado”, completou o secretário executivo.
Localizado numa faixa de extrema vulnerabilidade ao processo de desertificação, Pernambuco possui cerca de 90% de seu território em área de semiárido e subúmido seco, que devido a práticas agrícolas não sustentáveis e gestão deficiente de recursos hídricos, vêm desenvolvendo porções de desertificação nessas regiões do Estado.
Segundo a coordenadora técnica do PAE-PE, Edneida Cavalcanti, a desertificação vem sendo apontada como uma das formas mais alarmantes de degradação ambiental, no território pernambucano. “Já é possível detectar algumas áreas de pressão, a exemplo da região do Araripe, por conta da matriz energética que ainda demanda uso e produção de carvão”, reforçou.
Ao todo, onze estados brasileiros possuem áreas suscetíveis à seca: os noves estados do Nordeste, Espírito Santo e Minas Gerais. Segundo o coordenador nacional do Programa de Combate à Desertificação do Ministério de Meio Ambiente (MMA), José Roberto Lima, Pernambuco é o 1º Estado a finalizar um programa de ação de combate à desertificação. “Temos ainda mais dez estados em fase de elaboração. O Ceará e o Rio Grande do Norte devem finalizar seus programas ainda no primeiro semestre de 2010”.
José Roberto explicou que o Ministério do Meio Ambiente (MMA) vai trabalhar para dar suporte aos programas estaduais, “seja com recursos financeiros, seja na promoção do diálogo através de capacitações e mobilizações sociais para implantar as ações do PAE-PE”.
Parcerias - Desde o lançamento do edital no final de 2008 (no valor de R$ 650 mil), visando apoiar projetos no combate à desertificação, o Governo de Pernambuco, através da Sectma, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente (MMA), e o Grupo de Cooperação Técnica Alemã (GTZ), destinou um total de R$ 1,5 milhão para a construção do PAE-PE. Também colaboraram na execução desse projeto o Instituto Interamericano de Cooperação para Agricultura (IICA), a Associação Municipalista de Pernambuco (AMUPE), a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) e a Articulação do Semiárido de Pernambuco (ASA-PE).

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Vem aí o Projeto Biomas: conciliação de preservação e crescimento na produção



Com o objetivo de conciliar a necessidade de o Brasil ter mecanismos de proteção ao meio ambiente com a possibilidade do País ampliar a oferta de alimentos, foi lançado, nesta quinta-feira (10/12) em Brasília, o Projeto Biomas.
Trata-se de uma ação em parceria entre a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para promover a proteção e o uso sustentável de paisagens dos biomas brasileiros, sem comprometer a produção agropecuária.
A presidente da CNA, senadora Kátia Abreu (DEM-TO), e o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, assinaram um termo de cooperação técnica, em cerimônia na sede da CNA, que viabiliza a execução do projeto. “Precisamos produzir mais alimentos, pois cerca de um bilhão de pessoas passam fome ao redor do mundo, até mesmo no Brasil Mas também não podemos abrir mão de nossas florestas, da nossa biodiversidade. O Projeto Biomas vai compatibilizar essas duas vocações do nosso País”, disse Kátia Abreu.
A parceria entre CNA, Mapa e Embrapa garante investimentos de R$ 20 milhões para o projeto, durante nove anos. Serão realizados estudos científicos para recuperar áreas de cobertura nativa em propriedades rurais, mas com mecanismos que garantam simultaneamente a geração de renda para o produtor rural. O objetivo não é apenas promover a pesquisa, mas construir soluções práticas que permitam ao homem do campo recuperar áreas frágeis das propriedades rurais. “A sustentabilidade será um requisito fundamental para que o agronegócio brasileiro conquiste novos mercados. É uma exigência do consumidor”, destacou a senadora.
Haverá estudos específicos para cada um dos seis biomas: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal. O trabalho envolverá diretamente mais de 200 pesquisadores. Segundo a presidente da CNA, as soluções apontadas também deverão levar em consideração as exigências das legislações estaduais e federais, o que é uma característica inédita da nova proposta.
Um dos objetivos do projeto é criar uma rede nacional de manejos de Áreas de Preservação Permanente (APPs), Áreas de Uso Alternativo (AUAs) e de Reserva Legal, além da adoção de parâmetros para definir a largura de APPs, principalmente as fluviais, levando em conta características locais de solo, clima, flora e fauna. Na etapa inicial, serão formadas parcerias para as áreas de experimentação do projeto, pulverizando as pesquisas por todo o País com diversas instituições.
“Vamos mobilizar cientistas de várias entidades de pesquisa do País”, destacou Kátia Abreu. O diagnóstico regionalizado permitirá identificar as potencialidades e fragilidades das paisagens rurais em cada bioma do Brasil para, em seguida, levar o Projeto Biomas para a terceira etapa, quando será implantada uma rede de experimentação nacional, em áreas que irão operar como projetos-piloto.

(Fonte e informações adicionais: Assessoria de Comunicação da CNA - (61) 2109-1419 / http://www.canaldoprodutor.com.br/)

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Aquecimento Global: Década de 2000 é a mais quente em 160 anos, afirmam cientistas.



Cientistas das Nações Unidas afirmaram que esta primeira década do século XXI é provavelmente a mais quente desde 1850, quando as temperaturas mundiais começaram a ser registradas.

Município de Floresta/PE sediou a XVII Reunião Ordinária do Comitê e o I Seminário Ecoambiental do Pajeú.




Com a presença estimada de 180 pessoas, entre autoridades, técnicos, estudantes e a sociedade em geral, o Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Caatinga - CERBCAA/PE e a ONG EMA, realizaram a XVII Reunião Ordinária e o I Seminário Ecoambiental do Pajeú nos últimos dias 03 e 04 de dezembro de 2009 na cidade de Floresta (PE). O evento realizado no  auditório da Câmara de Vereadores situado na Praça Cel. Fausto Ferraz em Floresta-PE contou com o patrocínio da Prefeitura Municipal e da Câmara de Vereadores de Floresta e apoio do Clube de Diretores Lojistas – CDL, Compare LOGÍSTICA, Supermercado Preço Justo e MAXIMUS Supermercado. De acordo com a programação, houve palestras do Juiz de Direito Alipio Carvalho sobre a Ong EMA, da Doutora em Botânica Rita de Cássia sobre as "Árvores da Caatinga" e do Coordenador Geral do Comitê, Elcio Barros sobre o "Bioma Caatinga e o Desenvolvimento Sustentável". O evento foi prestigiado pelo Sr. João Gomes, Prefeito de Jatobá/PE e alunos da Escola de Referência em Ensino Médio Cap. Nestor Valgueiro de Carvalho que criaram um Grupo em Defesa do Meio Ambiente. (Assista o vídeo de estudo do meio da Reserva Biológica Serra Negra em Floresta-PE). Participaram das reuniões os seguintes membros do CERBCAA/PE: Profª Lourinalda Silva (UAST/Serra Talhada), Rita de Cássia (IPA), Guaraci Cardoso (GDMA e Vice-Coordenador), Alipio Carvalho (EMA) e Elcio Barros (IPA e Coordenador Geral do CERBCAA/PE).




sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Recife sediou reunião preparatória do Encontro Nacional Contra Desertificação. O Comitê Estadual da Caatinga esteve presente no evento.


Mariana Prado(MI), Egon Krakhecke(MMA) e Helvio Polito(Sectma)



Com o objetivo de iniciar o pacto entre os órgãos federais, estaduais e sociedade civil para reunir decisões comprometidas com a agenda da desertificação e do desenvolvimento sustentável em suas regiões, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) realizou nessa sexta-feira (04), a primeira etapa de reuniões preparatórias do Encontro Nacional de Enfrentamento da Desertificação. O encontro aconteceu no auditório da Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente (Sectma).

A construção do Programa de Ação Estadual de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca de Pernambuco (PAE/PE), foi o destaque na reunião com a apresentação do modelo que será lançado na próxima quinta-feira (10), no município de Triunfo, Sertão pernambucano. O PAE/PE servirá de referência para outros estados no Nordeste suscetíveis à desertificação.
O secretário executivo de Meio Ambiente da Sectma, Hélvio Polito, afirmou que o combate à desertificação é um dos temas ambientais estratégicos das propostas do Estado na contribuição do Plano Nacional de Mudanças Climáticas, que será apresentado na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 15), em Copenhague.

A geógrafa Edneida Cavalcanti – Pesquisadora da Fundação Joaquim Nabuco e Coordenadora da Equipe Técnica de Elaboração do PAE/PE apresentou o modelo de Construção do PAE-PE, enfocando a participação social e integração interistitucional, o marco legal e institucional para a agenda de combate à desertificação. Esse processo de escuta da sociedade se deu através de cinco Oficinas Regionais, atingindo 127 municípios, estando afinado com a perspectiva de descentralização com a qual o governo vem trabalhando, juntamente com a estratégia de transparência da gestão e controle social das ações. As Oficinas aconteceram em Salgueiro, Petrolina, Triunfo, Garanhuns e Taquaritinga do Norte. Pernambuco largou na frente de todos os estados brasileiros na construção do Programa de Ação Estadual (PAE-PE). Edneida Cavalcanti, a convite do CERBCAA/PE,  fez esta apresentação aos membros do Comitê Estadual da Caatinga, por ocasião da XVI Reunião ordinária (08.10).
Em seguida o técnico Marco Bueno, do Ministério do Meio Ambiente - MMA,  apresentou o Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos das Secas - PAN Brasil e sua relação com os PAEs.

Na próxima semana o MMA realizará reuniões em Natal (8/12) e Salvador (11/12) para agregar os demais estados vulneráveis ao Processo climático: Rio Grande do Norte, Paraíba, Maranhão, Bahia, Ceará e Minas Gerais. O secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Egon Krakhecke, explicou que estas reuniões são "importantes para iniciar o processo de construção do pacto pelo desenvolvimento sustentável do Semiárido", que será firmado no Encontro Nacional de Enfrentamento da Desertificação com previsão de ser realizado em março de 2010, nas cidades de Petrolina (PE) e Juazeiro (BA).

Participaram do Encontro representantes da Sectma, BNB, Codevasf, Embrapa Semi-Árido, Dnocs, Sudene, Ministério do Meio Ambiente, Ministério da Integração Nacional, MDA, Governo dos Estados do Piauí, Alagoas e Sergipe,  ASA, INSA, ICMbio, Prorural, Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Caatinga - CERBCAA/PE, Programa Água Doce, GTZ, OCB, Associação dos Engenheiros Florestais, IICA entre outros.

A desertificação - a degradação das terras nas áreas áridas, semi-áridas e sub-úmidas secas - causa impactos significativos que podem ser medidos em termos de perda de área produtiva, solos, água e biodiversidade. No Brasil, este processo ocorre apenas no semi-árido, presente nos estados do Nordeste e no norte de Minas Gerais, e em áreas sub-úmidas localizadas no entorno da região semi-árida.
O processo de desertificação gera uma perda de 5 bilhões de dólares por ano ao Brasil (cerca de 1% do Produto Interno Bruto) e já atinge gravemente 66 milhões de hectares no semi-árido brasileiro e 15 milhões de pessoas em áreas dos Biomas Cerrado e Caatinga. No Brasil, 62% das áreas susceptíveis à desertificação estão em zonas originalmente ocupadas por Caatinga, sendo que muitas já estão bastante alteradas.
(Fonte: Sectma e MMA)



Cada período de chuva, revela a riqueza da vida na caatinga. Os gravetos dão lugar ao verde exuberante. Dentre as áreas semi-áridas do mundo, ela é a mais rica em plantas, animais e em diversidade. Entretanto, parte da Caatinga está em processo de desertificação.
Leia mais em: Debates buscam abordar o problema da desertificação no Brasil  e
Nordeste discute desertificação
 Programa de Ação Estadual de Combate à Desertificação - PAE/PE e
Programa de Ação Nacional - PAN-BRASIL
Atlas das Áreas Susceptíveis à Desertificação do Brasil
Governo do Estado lança programa de combate à desertificação
Ações precisam ser eficazes








quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Fósseis revelam o rastro de peixe no Sertão do Araripe



Chapada do Araripe - Foto: RoteiroCeará

Quando o Sertão era um imenso mar continental, entre 112 e 99 milhões de anos atrás, navegava pelas águas calmas do lugar um pequeno e delgado peixe desprovido de dentes, semelhante ao uma truta ou salmão. Mudanças climáticas levaram não só os oceanos mas também o animal a desaparecer da região, hoje conhecida como Chapada do Araripe, restando apenas registros fósseis do Cretáceo. Foi analisando um deles que pesquisadores não só descobriram o tamanho desse peixinho – 5,8 centímetros – como também deram um nome a ele: Santanasalmo elegans.

O primeiro nome, relativo ao gênero, fica por conta do lugar. É que o fóssil estava na Formação Santana, um dos setores geológicos da Bacia do Araripe mais ricos em peixes. Já o salmo é relativo a um conhecido gênero de peixes salmoniformes, que inclui a truta e o salmão. O segundo, que corresponde à espécie, faz referência à forma do animal. “Ele é fino, tem a cabeça alongada e o focinho proeminente. É elegante mesmo”, detalha a paleontóloga Valéria Gallo, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), principal autora do artigo científico que descreve o animal.
O estudo, publicado recentemente na revista Cretaceous Research, analisou dois exemplares coletados em fevereiro de 2001 na mina Pedra Branca, entre Santana do Cariri e Nova Olinda (CE). Os fósseis, encontrados pelo paleontólogo Sergio Azevedo, do Museu Nacional do Rio de Janeiro, que também assina o artigo, estavam depositados na coleção paleozoológica do Instituto de Biologia da Uerj. Foram oito anos sem que se soubesse que se tratava de uma nova espécie, até que Valéria decidisse estudá-los.
Autora de mais de dez descrições de espécies de peixes fósseis em bacias sedimentares de todo o Brasil, a pesquisadora viu que se enquadravam no grupo dos teleósteos, composto por mais de 17 mil espécies. É o grupo de peixes ósseos, informa Valéria, com mais espécies representadas. “Mas não se enquadrava em nenhum dos gêneros conhecidos. Por isso criamos, inclusive, um gênero para.”
“O gênero Salmo é representado por populações de peixes de água doce e anádromos, aqueles que realizam migrações reprodutivas, reproduzem-se em água doce mas se desenvolvem até a forma adulta no mar”, lembra.
A equipe, composta ainda por Francisco de J. de Figueiredo, também da Uerj, ainda não realizou estudos sobre a ecologia do animal. Analisando a ausência de dentes, entretanto, os pesquisadores acreditam que o Santanasalmo elegans era filtrador. Isso quer dizer que, assim como moluscos, ele sugava a água para microrganismos que vivam em suspensão.
A Formação Santana abriga dezenas de espécies de peixes mas esse é o primeiro descrito para a mina Pedra Branca, onde se extrai gipsita, minério usado na fabricação do gesso, uma das principais atividades econômicas da região.
(Fonte: Verônica Falcão - JC 29.11.2009)

A Universidade Federal Rural de Pernambuco e o Comitê Estadual celebram o Dia Nacional da Caatinga

Marcelo, Suassuna, Rita, Ednilza e Márcio (CERBCAA/PE) João Suassuna (Fundaj) Márcia Vanusa (UFPE) Francis Lacerda (IPA) e Jo...