quinta-feira, 2 de junho de 2011

Projeto ameniza impactos ambientais durante obras de transposição do Rio São Francisco.


Os animais que vivem na área onde estão sendo feitas as obras de transposição do Rio São Francisco ganharam um novo abrigo até que possam voltar para a natureza. O projeto foi criado para amenizar os impactos ambientais.

Frutas cultivadas no vale do São Francisco ganham mercado fora do país.



Lagoa Grande (PE), Jaíba (MG) e Casa Nova (BA) – O Rio São Francisco, “sangue que corre no corpo da terra”, como definiram Geraldo Azevedo e Clóvis Nunes na música Opara, muda a paisagem do semiárido do vale. Terras castigadas pelo sol se transformam em uma espécie de oásis da fruticultura e do vinho de boa qualidade, que cria empregos para famílias carentes e começa a fazer diferença nas exportações brasileiras. A irrigação garante a produtores de Pernambuco e da Bahia safras de uvas apreciadas fora do Brasil. A água levada em canais até o Norte de Minas, numa espécie de minitransposição, também abre caminho para que a manga e o limão conquistem mercados na Europa.

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A importância do São Francisco para a fruticultura e a produção de vinhos no país é o tema da quarta parte da série de reportagens publicada desde domingo pelo Estado de Minas sobre a economia ao longo do rio. No Norte de Minas, a engenharia que permitiu irrigação na região começou com o projeto Jaíba, implantado na década de 1970 na cidade de mesmo nome. Hoje, a fruticultura na área é garantida por 600 quilômetros de canais que levam a água do rio a centenas de produtores, sobretudo de limão, manga e banana. Duas das quatro etapas do Jaíba já foram implantadas pela parceria União e estado. “Apenas a primeira etapa (25 mil hectares) produz 150 mil toneladas de frutas, das quais 28 mil são de limão. Desses, 60% vão para o exterior”, relata Dimas Rodrigues, superintendente da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf) no estado.
O produtor Darcy da Silveira Glória começou a exportar limão para a Inglaterra há dois meses. Desde 2009, ele vende manga para Portugal e Espanha. Outros produtores mandam as frutas para a Holanda, de onde são distribuídas para países europeus. “O Velho Chico é a vida desta região, mas com potencial para alavancar a economia do país”, acredita Darcy, dono de 7 mil pés de manga e 9 mil de limão. Para desfrutar do serviço de irrigação vindo do rio, ele e os demais produtores desembolsam R$ 35 por metro cúbico de água retirada do São Francisco pelo canal. Atualmente, o Jaíba garante emprego a 40 mil pessoas.
O colhedor de mangas Selmo Lucas Miranda, de 19 anos, é um deles. Ele começou a trabalhar, no feriado de 1º de maio, quando um caminhão chegou à propriedade de Darcy da Silveira Glória para levar o produto para outras cidades mineiras. “Boa parte das famílias da região deve tudo à fruticultura”, diz Selmo, que recebe R$ 25 por dia. As frutas colhidas em todo o vale ajudaram o país a registrar, de 2006 a 2010, aumento de 25% na exportação nacional do setor, de US$ 700 milhões para US$ 875 milhões.

Clima favorável

Em casa nova (BA), maria aparecida bispo colhe uvas que são usadas no brasil na fabricação de vinhos e vendidas para o exterior principalmente para consumo in natura:
Em casa nova (BA), maria aparecida bispo colhe uvas que são usadas no brasil na fabricação de vinhos e vendidas para o exterior principalmente para consumo in natura: "é o que garante nosso emprego"
No sertão de Pernambuco e da Bahia, o carro-chefe da fruticultura é a uva. Para ter ideia do que o rio representa para essa cultura, basta recorrer a a estatística do governo federal: 99% das uvas exportadas pelo Brasil são cultivadas no vale, sobretudo em Petrolina, onde a produção anual chega a 250 mil toneladas, e nas vizinhas Santa Maria da Boa Vista e Lagoa Grande. O sucesso da fruta é explicado pelas condições climáticas da região, com pouca chuva e sol forte, combinação que estimula as parreiras a produzirem duas safras por ano.
A fartura de uva fomentou outro mercado, o de vinho. As vitivinícolas da região, segundo a Codevasf, respondem por 15% do mercado nacional. A produção anual é de 7 milhões de litros de vinho e deve alcançar os 20 milhões até 2014. Só a Ouro Verde, em Casa Nova, a 30 quilômetros de Petrolina, pretende dobrar a produção até 2020. “Nossa meta é fabricar, daqui a nove anos, 5 milhões de litros”, planeja Rafael Loura, coordenador de Enoturismo da Ouro Verde. Parte da produção é enviada para Inglaterra, Estados Unidos, Holanda, Alemanha, Canadá e França. O aumento da demanda, acredita Rafael, vai abrir mais postos de emprego na vinícola. Hoje, 160 pessoas trabalham na colheita da uva, na fabricação do vinho e em serviços administrativos.
“A uva e o vinho garantem nosso emprego”, diz Maria Aparecida Martins Bispo, de 23, que colhe uvas há sete meses em Casa Nova. Centenas de outros jovens aproveitam a fama da uva e ocupam as margens das rodovias para vender caixas do fruto por R$ 5. Como nas palavras de Geraldo Azevedo, que acaba de lançar o CD e DVD Salve São Francisco, o “Velho Chico traz o verde à caatinga”.
(Fonte: Estado de Minas - Paulo Henrique Lobato
 Distrito de Irrigação Senador Nilo Coelho - CODEVASF - Petrolina (PE)

(Por Leciane Lima)

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