Certificação vale por dois anos e valoriza o produto.
Proprietários ainda investem no bem-estar dos funcionários.
Nove fazendas de uva do Vale do São Francisco, na divisa de Pernambuco com a Bahia, receberam um selo de certificação internacional por adotarem práticas socioambientais responsáveis. Além de cuidar da preservação da natureza, os proprietários também investem no bem-estar dos funcionários.
Uma placa indica que, na área de 19 hectares, o bioma caatinga está protegido. Pode não parecer comum, mas a fazenda que fica no Vale do São Francisco tem uma área de 30 hectares onde são cultivadas uvas sem sementes para exportação. Além da área de reserva, a coleta do lixo é seletiva e placas indicam o perigo das embalagens de defensivos.
Por causa desses cuidados, pela primeira vez no Brasil, nove propriedades de uva da região foram certificadas pela rede de agricultura sustentável, que indica o cultivo de produtos agrícolas a partir de práticas socioambientais responsáveis.
“A gente fica credenciado a ter acesso a um mercado específico, reconhecido no exterior, principalmente nos Estados Unidos e na Europa, que reconhece esse certificado como uma fruta feita de uma maneira responsável tanto ambiental como social, o que nos garante, teoricamente, um preço um pouco diferenciado”, falou o agricultor Edis Ken Matsumoto.
Para conseguir a certificação, não foram adotadas apenas práticas de preservação ambiental. As nove fazendas que formam a cooperativa tiveram de investir em ações voltadas para o bem-estar social dos funcionários. “Se a gente quiser fazer exame de vista ou precisar ir ao dentista, eles têm um convênio”, contou o trabalhador rural Joaquim Severino.
Com o selo, os agricultores esperam conseguir vender a caixa da uva por um preço 5% acima do valor de mercado. A certificação vale por dois anos.
(Fonte: G1.globo.com )
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