sábado, 20 de março de 2010

Caatinga: Carvão ecológico


Na caatinga também tem carvão vegetal, 100% natural.
Solução inteligente de baixo custo.



A desertificação do semiárido vem contribuindo para a degradação do bioma Caatinga. Nesse desmonte acelerado da natureza, o Ceará teve, em seis anos, 4.132 quilômetros quadrados desmatados, colocando-se em segundo lugar na voragem contra seus parcos recursos de flora e fauna. Nesse quadro de destruição, o Estado só perde para a Bahia, onde foram desmatados nove mil quilômetros quadrados no período entre 2002 e 2008.
Essa lamentável realidade está contida no último relatório sobre o bioma Caatinga, realizado pelo Ministério do Meio Ambiente. A extensão da Caatinga, no País, era de 826 mil quilômetros quadrados, conforme mapeou o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Dessa imensa faixa territorial, 45,39% já não mais existem, afetados pela mão destruidora do homem.
A Caatinga, riqueza ambiental típica do Nordeste brasileiro, ocupa 11% do espaço nacional, sendo o ecossistema menos estudado e, por isso, menos conhecido, apesar de sua riqueza potencial. Sua história se caracteriza pela acentuada destruição dos recursos ambientais, ao longo do processo da formação brasileira. Nunca houve interesse do poder público em mobilizar seus pesquisadores para a identificação, em profundidade, do que ela representa para o semiárido.
Bahia e Ceará, os Estados mais afetados nessa configuração ambiental de grave crise, são os espaços territoriais do Nordeste onde há a maior presença do bioma. No Ceará, a Caatinga corresponde a 83% do território total do Estado. Qualquer baixa nela registrada repercute mais do que em qualquer outro Estado do semiárido. De positivo, ele possui, atualmente, o monitoramento das áreas degradadas, feito pela Funceme, com o emprego de sofisticados recursos tecnológicos, como os satélites, identificando especialmente as queimadas.
A desertificação ronda o entorno de Santa Quitéria, Crateús, Tauá, Saboeiro, Boa Viagem, Acopiara e Barro. A destruição da mata nativa para sua transformação em lenha foi uma das causas de tantos malefícios ao meio ambiente. A lenha ainda serve como insumo básico para atividades industriais exercidas pelas padarias e pizzarias, principalmente. A destruição da mata é completada para a produção de carvão.
Contudo, no município de Tejuçuoca, afetado pela desertificação em curso na região de Irauçuba, surgiu uma ideia simples, mas capaz de atenuar o processo destrutivo da mata em busca de lenha e carvão. Lá uma empresa de pequeno porte começou a produção, com sucesso, de um carvão ecológico, prensado em tabletes, sem vestígios de poluição, absorvendo a mão-de-obra local liberada das roças.
O briquete de carvão vegetal, 100% natural, resulta do aproveitamento dos resíduos da madeira queimada, da casca de coco e outros tipos de fibras, triturados, com a adição de um aglutinante à base de fécula de mandioca. Se houver empenho do poder público, esta poderá ser a saída para proteger o que resta de mata nativa e incentivar uma nova forma de empreendimento agroindustrial que tem mercado assegurado. Solução inteligente de baixo custo.
(Fonte: Diário do Nordeste)

terça-feira, 16 de março de 2010

Não há mais tempo a perder. É urgente preservar a caatinga.

Caatinga: Foto Hugo Macedo

Único bioma de ocorrência exclusiva no Brasil, que já ocupou 10% do território nacional, a caatinga experimenta um processo acelerado de desmatamento – que pode significar a desertificação do Semiárido nordestino. Com 510 espécies de aves e 148 de mamíferos, a caatinga padece da ausência de uma política clara de conservação, que estanque o processo de desflorestamento e ajude a impedir a formação de um deserto em pleno Nordeste, ameaça concreta diante do aquecimento global do clima no planeta. Quase dois terços da área sob risco de desertificação no Brasil estão na caatinga, que já teve, a exemplo do cerrado, aproximadamente metade de sua extensão, que é de 826 mil km², destruída.
Graças ao primeiro balanço resultante do monitoramento por satélite, foi detectado o sumiço, entre 2002 e 2008, de uma área com três vezes o tamanho do Distrito Federal – pouco mais de 16,5 mil km². O ritmo é semelhante ao do desmatamento da Amazônia, com consequências graves, já que nesse passo a caatinga, cinco vezes menor, será consumida muito mais rapidamente. Por ano, a vegetação equivalente a duas cidades de São Paulo, a maior do Brasil, some do mapa, atirando 25 milhões de toneladas de carbono na atmosfera – e apertando ainda mais o ciclo do aquecimento global. De acordo com as previsões sombrias baseadas nestes números, o aumento da temperatura levará à redução das chuvas e ao êxodo populacional, em direção aos centros urbanos. Se nada for feito para conter o processo, a vulnerabilidade da caatinga ameaça prejudicar a recuperação da economia nordestina verificada nos últimos anos. Segundo o coordenador da Campanha do Clima do Greenpeace, João Talocchi, somente o milho pode ter uma perda de 15% de sua área plantada no Brasil, gerando um prejuízo anual de R$ 1,5 bilhão.
Duas cidades pernambucanas integram a lista dos dez municípios campeões do desmatamento – Serra Talhada e São José do Belmonte. A mata está sendo comida, em grande parte, sob a forma de carvão e lenha, para levar energia para siderúrgicas e indústrias de gesso e cerâmica. Um motivo adicional para o governo dar incentivos à proteção, seja através da instituição de parques federais e estaduais, seja através do instrumento da Reserva Privada do Patrimônio Natural (RPPN), que impede o uso predatório de grandes terrenos privados, com o apoio do poder público. Do ponto de vista meramente econômico, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, tem parcialmente razão quando diz que o desmatamento irá continuar, se não forem adotadas fontes alternativas de energia, como o gás natural e a energia eólica. Mas a opção pela preservação, dos parques e das RPPN, já se mostrou eficaz e deve, sim, ser estimulada. Até porque a substituição da matriz energética no Semiárido nordestino não é uma medida que se tome da noite para o dia. Enquanto a Comissão Nacional de Combate à Desertificação, criada em julho de 2008, não diz a que veio – teve apenas uma reunião até agora – o avanço da destruição da caatinga aumenta na mesma proporção os limites potenciais do deserto brasileiro. Falta “fortalecer institucionalmente” a questão, na avaliação de um integrante do próprio governo federal, o secretário de extrativismo e desenvolvimento rural sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Egon Krakhecke. Esse fortalecimento passa pela urgente adoção de uma política de reflorestamento das áreas degradadas, e preservação da mata remanescente, que impeça a sua destruição.
Para preservar a caatinga, será preciso mais do que fiscalização – sempre de difícil execução no País – ou a declaração de boas intenções. Um dos caminhos viáveis parece ser seguir a fórmula adotada na Amazônia, que possui 20% de seu território protegido por lei. Na caatinga, esse percentual é de apenas 7%. A promessa do governo federal de utilizar metade do Fundo de Mudanças Climáticas para a recuperação do bioma, bem como a perspectiva de criação de um Fundo Caatinga pelo Banco do Nordeste, são notícias importantes, porém devem ultrapassar logo a fase dos discursos. A caatinga brasileira não tem mais tempo a perder.
(Fonte: Editorial do Jornal do Commercio 16.03.2010)

segunda-feira, 15 de março de 2010

Comitê Estadual da Caatinga realizou a sua XVIII Reunião Ordinária no IPA em Recife (PE).


O Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Caatinga (CERBCAA-PE) realizou  na última quarta-feira(10.03), na sede do Instituto Agronômico de Pernambuco -IPA, sua XVIII  reunião ordinária. Participaram da reunião representantes da Codevasf, IPA, Sectma, Sudene, CPRH, Ibama, IFPE, UPE -Universidade de Pernambuco, MMA/Programa Água Doce, Prefeitura de Floresta, e as ONGS GDMA (São Caetano), EMA de Floresta (PE), e APNE. Como tema central da pauta da reunião, a técnica Ana Virgínia Melo – do IBAMA/PE, fez uma apresentação aos membros do Comitê sobre os Agentes Ambientais Voluntários. A finalidade do programa é propiciar a participação da sociedade de forma a auxiliar o Ibama em atividades de educação ambiental, proteção, preservação e conservação dos recursos naturais em áreas protegidas e unidades de conservação federal.
Qualquer pessoa física poderá habilitar-se ao ingresso no Programa desde que seja alfabetizada, tenha mais que 18 anos, esteja vinculada a uma entidade civil ambientalista ou afim e tenha sido capacitada e credenciada pelo Ibama. De acordo com Ana Virgínia, “a norma amplia a capacidade de fiscalização do Ibama com a participação regulamentada da sociedade civil”.
Os Agentes Ambientais Voluntários serão preparados para orientar as pessoas sobre práticas de proteção, uso sustentável e preservação dos recursos naturais. Eles poderão atuar preventivamente em situações que possam causar danos ao meio ambiente, monitorar e avaliar as condições socioambientais locais, em conjunto com a comunidade e instituições afins, e contribuir com o Ibama em atividades diretas de apoio a emergências ambientais.
Também serão habilitados a lavrar Autos de Constatação. Sempre que for constatada infração prevista na legislação ambiental, o Agente poderá lavrar o Auto e encaminha-lo às Gerências Executivas do Ibama que adotarão as medidas administrativas pertinentes. O agente ambiental voluntário tem papel fundamental no desenvolvimento social da comunidade. Por encontrar-se mais próximo dos problemas locais ele tem condições de atuar de forma ágil e flexível, buscando alternativas viáveis para o enfrentamento dos problemas socioambientais, disse ela.
Durante a reunião foram discutidas as ações do Comitê pela reformulação do ICMS Socioambiental, a participação no Encontro Nacional de Desertificação realizada no período de 03 a 05 de março nas cidades de Petrolina/Juazeiro, a participação do CERBCAA/PE no Fórum Pernambucano de Mudanças Climáticas, instituído pelo Decreto nº 33.015/2009. Este Fórum tem a finalidade de promover a discussão no Estado sobre os fenômenos de mudanças climáticas para recolher subsídios à formulação de políticas públicas. Outro destaque na reunião foi a discussão para as comemorações do Dia Nacional da Caatinga (28.04), colhendo sugestões dos participantes. A comemoração é uma iniciativa do Comitê Estadual da Caatinga com o apoio da Sectma - Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente do Estado de Pernambuco.

sábado, 13 de março de 2010

Manejo florestal garante sobrevivência na caatinga o ano inteiro



No Sertão de Pernambuco, agricultores estão descobrindo que preservar a natureza é um bom negócio. Retirar madeira da caatinga sem destruir a vegetação tornou-se uma forma de garantir renda para a família nas épocas de estiagem.
Na comunidade rural da fazenda Pipocas, em Floresta, moram catorze famílias. Como a região é uma das mais secas do País, agricultura apenas não é suficiente para garantir o sustento. Foi nessas circunstâncias que o manejo florestal surgiu, ajudando a melhorar a vida de todos por lá.
Os homens se preparam para um dia de trabalho, aprontando o carro de boi, a carroça e as ferramentas indispensáveis: foice e machado. O destino é uma área de caatinga fechada e, no local definido, árvores começam a ser cortadas imediatamente.
À primeira vista, o corte das madeiras parece ser um desmatamento criminoso como outro qualquer, mas isso é só uma impressão. A retirada de cada galho de caatinga é planejada: espécies nativas, protegidas por lei, como a aroeira e a baraúna, por exemplo, não podem ser destruídas em hipótese alguma.
No manejo florestal, a área é dividida em lotes. Cada um é explorado por um ano e depois fica quinze anos preservado para a regeneração da mata. Os agricultores receberam orientações de engenheiros florestais do Ministério do Meio Ambiente.
“Essa é uma técnica utilizada para uma melhor utilização da caatinga, cortando de forma separada, em áreas separadas, onde uma é cortada e as outras preservadas. Favorecendo assim o homem do campo. Isso para que no período em que não haja chuva, eles possam utilizar esse bioma, a caatinga, de uma forma ordenada e sustentável, ajudando assim a natureza e o homem do campo”, explica o engenheiro florestal Danilo Soares (foto 3).
O manejo está ajudando a preservar a mata nativa e aumentando a renda da comunidade. “Significa uma média de quatrocentos reais por mês. Não é um valor muito alto, mas é o suficiente para a família aqui no campo ir sobrevivendo”, assegura o agricultor Jaílson de Lemos.
Em outra comunidade rural, no município de Serra Talhada, também no Sertão, os agricultores fazem o manejo da caatinga e, além de retirar a madeira, aprenderam a produzir carvão. Eles construíram fornos feitos de barro e tijolo (foto 4), tudo dentro da lei.
Num dos assentamentos foram construídos seis fornos para a produção de carvão. Cada um deles é administrado por seis famílias. A atividade se tornou fundamental para garantir o sustento de todos durante os longos períodos de estiagem.
“A gente vende o carvão e paga uma conta que estava devendo, compra uma roupa que o filho está precisando... Melhorou muito depois que começamos a fazer o manejo”, diz o agricultor Severino Nunes de Lima Filho.
(Fonte: Veja o vídeo em pe360graus)
Leia também: O desmatamento no semiárido nordestino


quarta-feira, 10 de março de 2010

Sociedade pede proteção para a caatinga.


CERBCAA/PE compõe o Fórum de Mudanças Climáticas
de Pernambuco. (Foto da Caatinga Maria Hsu Creative Commons)

Das 41 unidades de conservação de proteção integral, aquelas em que não é permitido o corte da vegetação, criadas pelo governo de Pernambuco, nenhuma está nos domínios da caatinga. Estender as ações estaduais para o bioma é uma das sugestões da sociedade civil incluídas ontem na minuta do projeto de lei que institui política de Enfrentamento às Mudanças Climáticas.
O documento foi discutido em reuniões no Recife, Caruaru (Agreste) e Araripina (Sertão). “Além da criação de unidades de conservação na caatinga, os participantes abordaram a necessidade de um instituto de pesquisa na área”, diz a coordenadora das consultas públicas, Adriane Mendes. Em relação ao instituto, ela acredita que poderá ser um braço da Agência Pernambucana de Águas e Clima, em fase de implantação.
“É preciso deter a devastação da caatinga. O desmatamento gera perda de biodiversidade e contribui para a emissão de gases do efeito estufa, que provocam o aquecimento global”, justifica a bióloga.
A nova minuta de projeto de lei será apresentada amanhã (11.03) em reunião do Conselho Estadual de Meio ambiente (Consema). O texto será formatado pelo Fórum de Mudanças Climáticas de Pernambuco, que promoveu o encontro de ontem, realizado no auditório da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente (Sectma), no Bairro do Recife. Essa foi a primeira reunião deste ano do fórum, instituído pelo decreto nº 33.015, de 16 de fevereiro de 2009. Nesta reunião o Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Caatinga - CERBCAA/PE recebeu certificado da SECTMA onde passa a compor o Fórum Pernambuco de Mudanças Climáticas, que tem a finalidade de promover a discussão no Estado sobre os fenômenos de mudanças climáticas para recolher subsídios à formulação de políticas públicas.
(Fonte: JC - Ciência & Meio Ambiente)

terça-feira, 9 de março de 2010

Aquário mostra espécies do Rio São Francisco


A Prefeitura Municipal de Belo Horizonte (MG) inaugurou no dia 5 de março o Aquário de Peixes da Bacia do Rio São Francisco da Fundação Zoobotânica de Belo Horizonte – FZB-BH. A Codevasf tem colaborado na implantação do aquário com o fornecimento de espécimes de peixes por parte do Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Três Marias, viabilizado por meio de um acordo de cooperação técnica assinado com a Fundação Zoobotânica.


A riqueza das espécies de peixes que vivem no Rio São Francisco poderá ser vista desde a sexta-feira (05.03) num aquário gigante construído dentro do zoológico de Belo Horizonte pela prefeitura da capital mineira. Esse é o primeiro aquário temático de água doce do Brasil.
O público poderá ver 1200 peixes de 40 espécies, expostos em 22 tanques, que contam com um total de mais de 1 milhão de litros de água. Muitas destas espécies nunca foram estudadas.
A vegetação de parte do aquário simula as margens do Rio São Francisco, propiciando as condições adequadas para exibição de espécies em cativeiro. O visitante pode conhecer uma cenografia que apresenta tanto a sua "margem", quanto o "fundo" do rio. Para receber os peixes, foi realizada uma sofisticada ambientação com pedras, areia e cascalho, pedaços de madeira curtidos, além de plantas aquáticas.
No Aquário São Francisco, a cenografia contou com peças moldadas em resina e em fibra de vidro, e pintadas com tinta especial. Tudo isso para que os visitantes tenham a impressão de ver a estrutura de níveis que compõem um leito de rio, como a gradação de cores e texturas. Segundo o biólogo Thiago da Motta Carvalho, os tanques foram feitos de acordo com a necessidade de cada espécie.
- Em alguns há plantas e em outros não. Tudo depende da biologia do peixe. Por exemplo, se vai comer ou não plantas, ou ainda da profundidade e luminosidade do aquário - explica.
Entre os peixes do "Velho Chico" que poderão ser vistos estão surubins, dourados, curimatãs, matrinxãs, piaus, pacamãs, cascudos, lambaris, mandis, piranhas, pacus, curimbas, piabas e pirambebas.
Além de ser um espaço para a realização de estudos e pesquisas, o novo aquário trata também da cultura das populações que ocupam as margens do Rio São Francisco. Por isso, estão sendo exibidos objetos característicos dessas comunidades como carrancas, redes de pesca, âncora, canoas, peças de cerâmica, esculturas, além de uma réplica, em tamanho reduzido, do barco a vapor “Benjamim Guimarães”.
A construção do aquário custou R$ 5,5 milhões e começou em 2006. O complexo do aquário ocupa uma área de aproximadamente 3.000 m², em dois pavimentos. A infraestrutura é composta ainda por auditório, espaços de exposição lúdicos, jardins, laboratório, lagoa marginal, lanchonete e loja.
(Fonte: Agência Globo e Blog Ciência e Meio Ambiente)
Leia também: NOVO CENTRO DE REFERÊNCIA EM AQUICULTURA NO RIO SÃO FRANCISCO

segunda-feira, 8 de março de 2010

Pacto marca encerramento de Encontro Nacional de Enfrentamento da Desertificação realizado em Petrolina e Juazeiro.

Combate à desertificação (Foto: MMA)

Representantes de 12 ministérios, dos governos estaduais e municipais, do setor produtivo, da comunidade científica e da sociedade civil encerraram nesta sexta-feira (5/3), em Petrolina (PE), o I Encontro Nacional de Enfrentamento da Desertificação com um balanço extremamente positivo. Depois de três dias de muitos debates em torno de temas como a revitalização da Caatinga; redução da pobreza e da desigualdade; conservação e manejo sustentável dos recursos naturais e ampliação da capacidade produtiva, o Encontro efetivou uma agenda político-institucional com 90 propostas que resultou em um documento denominado Pacto pelo Desenvolvimento Sustentável do Semiárido Brasileiro.
Promovido pelos Ministérios do Meio Ambiente e da Integração Nacional com execução do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura - IICA, o Encontro foi aberto em Juazeiro (BA) na noite da última quarta-feira pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc.
Segundo o Secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Egon Krakhecke, um dos destaques do evento foi o anúncio, pelo ministro Carlos Minc, da destinação de 50% dos recursos do Fundo Nacional de Mudanças Clímáticas para o Semiárido brasileiro e as áreas susceptíveis à desertificação. "Recursos na ordem de R$ 500 milhões anuais que vão fazer a diferença em todo o trabalho integrado da Comissão Nacional de Combate à Desertificação", destacou.
Egon Krakhecke também enfatizou a criação do Fundo Caatinga, que será operacionalizado pelo Banco do Nordeste e vai revitalizar o bioma a partir do repasse de recursos para as comunidades, principalmente de produtores rurais das áreas de sequeiro.
Ao final do Encontro, os representantes das entidades firmaram o compromisso com a Comissão Nacional de Combate à Desertificação para que ela cumpra seu papel de fiscalizadora das ações para o Semiárido. Presidida pelo ministro do Meio Ambiente, a comissão é integrada por 12 ministérios, sete órgãos federais, 11 governos estaduais, 11 representantes da sociedade civil, um da Anamma e dois representantes de entidades do setor empresarial.
(Fonte: ASCOM

A Universidade Federal Rural de Pernambuco e o Comitê Estadual celebram o Dia Nacional da Caatinga

Marcelo, Suassuna, Rita, Ednilza e Márcio (CERBCAA/PE) João Suassuna (Fundaj) Márcia Vanusa (UFPE) Francis Lacerda (IPA) e Jo...