domingo, 26 de junho de 2011

Mais caatinga, menos desertificação.


Raso da Catarina (Foto: MMA)

O bioma caatinga, uma exclusividade brasileira e quase todo nordestino, tem sido derrubado para a formação de lenha e carvão vegetal. Mas, entre 2008 e 2009, o Centro de Sensoriamento Remoto do Ibama registrou uma queda no ritmo de desmatamento na comparação com os anos de 2002 a 2008, passando a taxa anual de 0,28% para 0,23%. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, Bahia, Ceará e Piauí são os Estados com maior supressão da mata nativa. Uma maneira de brecar ainda mais a retirada da caatinga é o estímulo a projetos de uso sustentável. A Caixa Econômica Federal (CEF) disponibilizará R$ 6 milhões para projetos de manejo florestal comunitário e familiar; de eficiência energética para os polos gesseiro e cerâmico; de fogões eficiente para as famílias do árido e semiárido dispensarem o uso da lenha na cozinha. O edital para a seleção dos projetos será publicado ainda nesta semana. Para a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD) só o uso sustentável das florestas evitam o fenômeno da desertificação e garantem vida digna às populações que estão em áreas de caatinga, que correspondem a 11% do território nacional (Nordeste menos o Maranhão e mais Minas Gerais).
(Fonte: AcessePiauí)

quinta-feira, 23 de junho de 2011

É São João no Nordeste. Homenagem do Blog da Caatinga a Jackson do Pandeiro (TV Brasil).

Um gênio da música brasileira, porém os críticos da mídia só lhe deram reconhecimento muitos anos após a sua morte. Artista verdadeiro e original. Fazia percussão com a própria voz. Paraibano cabra-da-peste!

Nasceu em Alagoa Grande, Paraíba, em 31 de agosto de 1919, com o nome de José Gomes Filho. Filho de uma cantadora de coco, Flora Mourão, que deu a ele o seu primeiro instrumento: o pandeiro.
Seu nome artístico nasceu de um apelido que ele mesmo se dava: Jack, inspirado em um mocinho de filmes de faroeste, Jack Perry. A transformação para Jackson foi uma sugestão de um diretor de programa de rádio. Dizia que ficaria mais sonoro e causaria mais efeito quando fosse ser anunciado.
Somente em 1953, já com trinta e cinco anos, foi que Jackson gravou o seu primeiro grande sucesso: "Sebastiana", de Rosil Cavalcanti. Logo depois, emplacou outro grande hit: "Forró em Limoeiro", rojão composto por Edgar Ferreira.
Foi na rádio pernambucana que ele conheceu Almira Castilho de Alburquerque, com quem se casou em 1956 vivendo com ela até 1967. Depois doze anos de convivência, Jackson e Almira se separaram e ele casou com a baiana Neuza Flores dos Anjos, de quem também se separou pouco antes de falecer.
No Rio, já trabalhando na Rádio Nacional, Jackson alcançou grande sucesso com "O Canto da Ema", "Chiclete com Banana", "Um a Um" e "Xote de Copacabana". Os críticos ficavam abismados com a facilidade de Jackson em cantar os mais diversos gêneros musicais: baião, coco, samba-coco, rojão, além de marchinhas de carnaval.
O fato de ter tocado tanto tempo nos cabarés aprimorou sua capacidade jazzística. Também é famosa a sua maneira de dividir a música, e diz-se que o próprio João Gilberto aprendeu a dividir com ele.
Já com sessenta e três anos, sofrendo de diabetes, ao fazer um show em Santa Cruz de Capibaribe, sentiu-se mal, mas não quis deixar o palco. Já estava enfartado mas continuou cantando, tendo feito ainda mais dois shows nessas condições, apesar do companheiro Severo, que o acompanhou durante anos na sanfona, ter insistido com ele para cancelar os compromissos: ele não permitiu. Indo depois cumprir outros compromissos em Brasília passou mal, tendo desmaiado no aeroporto e sendo transferido para o hospital. Dias depois, faleceu de embolia cerebral, em 10 de julho de 1982.(Fonte: Tatiana Rocha).






quarta-feira, 22 de junho de 2011

Cai o ritmo de desmatamento do bioma Caatinga.


Cai o desmatamento do bioma Caatinga. Segundo o Centro de Sensoriamento Remoto do Ibama, o bioma perdeu 1.921 quilômetros quadrados de matas no período de 2008 a 2009. Enquanto de 2002 a 2008 a média anual era de 0,28% de área desmatada, entre 2008 e 2009 a taxa anual foi de 0,23%.
Os primeiros dados do monitoramento da Caatinga sobre as áreas desmatadas até 2008 foram divulgados no ano passado. No primeiro levantamento, em 2002, foi registrado um índice de desmate de 43,7%.
O número subiu para 45,4% em 2008. Uma das principais causas é a extração ilegal da mata nativa que é convertida em lenha e carvão vegetal.
"É um dado melhor porque diminuiu o ritmo comparando com o período 2002-2008. Mas ainda é importante que a gente tenha iniciativas de sustentabilidade, como de manejo adequado da Caatinga, para não perder esse bioma que é único e absolutamente estratégico para a qualidade de vida do nosso País, em particular nos seus Estados", destaca a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.
Os Estados que mais desmataram são Bahia (638 km²), Ceará (440 km²) e Piauí (408 km²), e os municípios que registraram as maiores áreas com supressão de floresta foram Mucugê e Ruy Barbosa (BA) e Cabrobó (PE).
Único bioma exclusivamente brasileiro, a Caatinga possui uma área original de 826.411 km² e está presente em cerca de 11% do País nos Estados da Bahia, Ceará, Piauí, Pernambuco, Paraíba, Maranhão, Alagoas, Sergipe, Rio Grande do Norte e Minas Gerais. A região sofre forte impacto das mudanças climáticas por apresentar muitas áreas suscetíveis à desertificação. (Fonte: Sociedade Sustentável).

Ceará entre os que mais desmatam

Entre dez estados com ocorrência da Caatinga, o Ceará continua sendo o segundo que mais destruiu o bioma, atrás apenas da Bahia, que devastou 638,35 km² entre 2008 a 2009. No Ceará, ficam quatro dos 20 municípios brasileiros que mais desmataram a Caatinga (veja no mapa abaixo a lista dos dez municípios cearenses que mais destruíram o bioma).
Para a coordenadora do projeto Mata Branca, Maria Tereza Farias, Bahia e Ceará são os que mais desmatam porque são os dois estados com maior área de Caatinga. “Se os outros desmataram tudo, não serve de referência”, avalia. De acordo com ela, o projeto do Governo do Estado já capacitou 1.069 pessoas em projetos de conservação da Caatinga.
Maria Tereza também questiona sobre quanto da perda vegetal registrada pelos satélites é clandestina e quanto é autorizada por manejo de áreas florestais.
O coordenador do Núcleo do Bioma Caatinga do Ministério do Meio Ambiente, João Seyffarth, confirma que os satélites não diferenciam áreas de manejo florestal de áreas desmatadas. “Existem muito poucos planos de manejo aprovados na Caatinga e isso representará pouco no quantitativo total”, defende.

Carvão, lenha e pasto

Na avaliação do presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetraece), Moisés Braz, tem havido maior conscientização por parte dos agricultores, mas ainda há derrubada. “Principalmente nos últimos três anos a gente tem identificado maior preservação. As queimadas diminuíram muito”, pontua. Para ele, porém, os grandes responsáveis pela destruição da Caatinga são as empresas carvoeiras e de retirada de lenha.
O prefeito de Boa Viagem, Fernando Assef, diz que a queima da vegetação para criação de gado é a principal causa dos desmatamentos na região do município. “Falta uma presença maior do governo federal e estadual. Do jeito que está o problema sério”, resume.


Quanto

O ritmo de destruição diminuiu de forma tímida: de 0,28% ao ano entre 2002 e 2008 para 0,23% em 2009. Apesar disso, sobram apenas 53,4% da Caatinga, que abrange áreas dos nove estados nordestinos e Minas Gerais.

Por Thiago Mendes - O Povo
thiagomendes@opovo.com.br







sábado, 18 de junho de 2011

Desmatamento já atingiu 48% da caatinga, diz MMA

Foto: MMA

 
Levantamento divulgado nesta sexta-feira (17) pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) mostra que 1.921 quilômetros quadrados de floresta de caatinga foram desmatados no período de 2008 a 2009, o que equivalente a uma taxa anual de 0,23%. O ritmo foi um pouco menor que o registrado no período de 2002 a 2008, quando a média anual de derrubada era de 0,28%.
Os Estados que mais desmataram no período 2008/2009 foram Bahia, com 638 quilômetros quadrados; Ceará, com 440 quilômetros quadrados; e Piauí, com 408 quilômetros quadrados. A área original de caatinga é de 826.411 quilômetros quadrados. De acordo com o ministério, 48% do bioma já foi destruído.
Uma das principais causas do desmatamento da região é a extração ilegal de mata nativa, para ser convertida em lenha e carvão vegetal.
O ministério também anunciou que vai destinar, em conjunto com o Fundo Socioambiental da Caixa Econômica Federal, R$ 6 milhões a projetos que promovam o uso sustentável de recursos naturais no bioma, como manejo florestal comunitário e familiar, eficiência energética para os polos gesseiros e cerâmico e fogões eficientes para famílias do árido e semiárido. O edital para a seleção dos projetos será publicado na próxima semana. (Fonte: Portal iG)



quarta-feira, 15 de junho de 2011

Inventário mostra a cultura do vale do Rio São Francisco.

A riqueza do patrimônio é um dos maiores atrativos turísticos da região. Não há outro passeio no mundo como o a bordo do vapor Benjamim Guimarães, que completa 100 anos e continua em plena atividade.

Em Pirapora (MG), há um museu que é dedicado à memória do povo do sertão. A riqueza do patrimônio é um dos maiores atrativos turísticos da região. A arte popular é um traço forte daquele povo.

Os aspectos culturais do Vale do São Francisco foram reunidos em um inventário pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

O Brasil que margeia o Rio São Francisco, da nascente até a foz, ganhou um registro minucioso do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Foi criado um inventário das características e das manifestações culturais dos moradores. A reportagem é de Ricardo Soares.
A casa simples onde viveu o vaqueiro Manuelzão, um dos personagens mais famosos de Guimarães Rosa, guarda um pedaço precioso da história do Brasil: um museu dedicado à memória do povo do sertão.
“O jeito de falar em Minas Gerais é do sertanejo”, diz um homem.
A riqueza do patrimônio é um dos maiores atrativos turísticos da região. Não há outro passeio no mundo, por exemplo, como o a bordo do vapor Benjamim Guimarães, que vai completar 100 anos, e que continua em plena atividade nas águas do São Francisco.
“A gente se sente orgulhado de ter uma embarcação que é a única a vapor no mundo. E também eu sou o único piloto do mundo, sou o único que estou pilotando ele”, conta o piloto.
Essa fartura de água atravessa todo o estado de Minas em direção ao Nordeste. É até curioso ver o rio nascendo na Serra da Canastra, no sul de Minas. No local, o Velho Chico é um pequeno riacho de água cristalina.
A fama de lugar sagrado ganha mais força diante de cenários como uma igreja inacabada, perto de completar 400 anos, que se mantém firme graças a uma árvore que brotou em cima dela e que conseguiu fincar raízes no chão. Hoje, é ela que ocupa o lugar do altar.
“Isso é passarinho, eles fazem o ninho e, como o material aqui tem areia, barro e cal, facilitou para que ela brotasse. Além de ser uma construção muito bela, uma construção bem antiga, ainda tem uma árvore para acabar de completar a sua beleza”, conta o auxiliar técnico Sebastião Alexandre.
Arte popular, um traço forte do povo. A culinária então: o cheirinho do engenho de rapadura busca as pessoas longe. O doce ainda é feito no forno de barro, em tachos tamanho-família.
O produtor rural Adelino Bueno, de 80 anos de idade, não reclama do trabalho pesado. Para ele é um prazer cuidar dessa tradição: “Eu já nasci os dentes ajudando a fazer rapadura, e faço rapadura até hoje e não sei quando vai parar não”, brinca.




segunda-feira, 13 de junho de 2011

Reserva de Sergipe dá tratamento vip a aves de rapina. Parque dos Falcões abriga aves na Serra de Itabaiana, em Sergipe, há 12 anos.

Aos 7 anos, o sergipano José Percílio Costa cismou que queria um falcão de presente. Ganhou um ovo do pai de um amigo e pôs uma galinha para chocá-lo. Tito, como foi batizado o carcará, nasceu no dia do aniversário de Percílio. Hoje, 27 anos depois, é a estrela do Parque dos Falcões, centro de preservação de aves de rapina no pé da Serra de Itabaiana, a 45 quilômetros de Aracaju.

O tratador Percílio e Tito, o carcará fêmea: parente distante dos falcões

Percílio é o idealizador e principal tratador do parque, autorizado pelo Ibama. Em 1999, ele comprou o terreno de 16 hectares com a mesada que recebia da mãe e abriu o local para visitação. No início, o lugar não tinha nem luz elétrica. Hoje, é referência no manejo, reprodução e reabilitação de cerca de 300 aves de 29 espécies, entre falcões, gaviões e corujas.
O sergipano não tem ensino superior. Diz ter aprendido tudo o que sabe sobre aves observando Tito, na verdade uma fêmea, como Percílio descobriu depois.
No parque, as aves adestradas vivem soltas, as que estão sendo treinadas, parcialmente soltas. Quando chegam mutiladas, são colocadas em viveiros, para que se recuperem com segurança.
Os animais têm uma rotina regrada. Tomam banho três vezes por semana e são alimentados com codornas, pintos e ratos. As aves em adestramento têm uma hora de voo por dia para “queimar gordura”, diz Percílio, que conta com a ajuda de um biólogo e um veterinário.
“O que eu faço não é falcoaria. Não treino minhas aves para a caça. Elas só precisam caçar para sobreviver. Aqui, elas não dependem disso”, explica.

Michael

Os animais chegam ao parque por meio do Ibama, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Ambiental. Quem conhece o tratador também colabora. Em agosto de 2009, ele soube por um amigo agricultor da região da existência de um urubu albino perambulando por ali.
O tratador encontrou a ave um mês depois, quase morta, em uma poça de lama. Levou o urubu branco de bico rosado ao seu sítio e batizou-o de Michael, em homenagem a Michael Jackson. Quando o animal estava bem de saúde, a imprensa noticiou sua presença no parque. A ave rara chamou a atenção de traficantes de animais silvestres, que furtaram Michael do sítio. Três homens foram presos na Paraíba, 17 dias depois. O urubu, que seria vendido por cerca de R$ 40 mil, já estava morto. “Foi como perder um filho.”
A fêmea Tito continua por lá, perto de seu tratador. E, como Percílio, nunca se casou. “Tentei colocá-la para reproduzir, mas não deu certo. Acho que ela está se guardando para mim”, brinca.
(Fonte: Carlos Lordelo - O Estado de S. Paulo)

sexta-feira, 10 de junho de 2011

O Rio São Francisco forma belas paisagens no encontro com o mar.

Depois de passar por três estados, o tranquilo rio se encontra com o agitado Oceano Atlântico. Além do refrescante mergulho, a região também oferece artesanatos e quitutes.


O rio São Francisco passa por cinco estados: Minas, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. São quase três mil quilômetros de extensão até se encontrar com o Oceano Atlântico.
Dos hotéis em Aracaju saem ônibus todos os dias. As operadoras de turismo cobram R$ 120 por pessoa e o pacote inclui transporte de ida e volta, passeio de barco e almoço.
Partindo da capital de Sergipe, a viagem é pela rodovia estadual SE-100. No caminho, fica a reserva biológica Santa Isabel, maior maternidade de tartarugas da espécie oliva do país.
Até as margens do rio São Francisco em Brejo Grande são 130 quilômetros. De lá sai o barco Catamarã. Quem quiser passar mais tempo na região, pode se hospedar em pousadas. A diária custa R$ 80, mas sem café da manhã.
Depois de quase uma hora navegando surgem as dunas douradas. O lado da margem do rio onde o barco atraca já pertence a Alagoas. As barracas espalhadas pela areia oferecem de artesanato a quitutes como cocadas e doces dos mais variados.
Caminhando pela faixa de areia é possível ver de um lado a tranquilidade do rio, do outro o mar agitado. Bem no meio, rio e mar se encontram e parecem divididos por uma linha natural, que é a foz do rio São Francisco.
A maior atração do passeio é também um convite a um refrescante mergulho, que pode ser no rio ou no mar. Bem no meio do rio existia um vilarejo. No Cabeço, como era chamado o vilarejo, havia dezenas de casas, escolas, igreja e há 17 anos tudo desapareceu, foi invadido pelo mar. Do lugar restou apenas o farol que orientava as embarcações.
“A gente vem conhecer pra poder falar bem do rio e pra cada vez mais incentivar as pessoas a cuidarem do que a gente tem", diz Douglas Eugenio, professor.

A Universidade Federal Rural de Pernambuco e o Comitê Estadual celebram o Dia Nacional da Caatinga

Marcelo, Suassuna, Rita, Ednilza e Márcio (CERBCAA/PE) João Suassuna (Fundaj) Márcia Vanusa (UFPE) Francis Lacerda (IPA) e Jo...